Dangerous Game (Completo)

Cap. 49- My Dear Mom

Olá meus amores (:

este capitulo é um pouco maior, não muito, e vai ter muitas emoções.

Espero que gostem e que estejam a gostar da história. Adoro imenso receber as vossas opiniões e comentários. Melhora o meu dia. Pequenas coisas mudam o meu dia. Já sabem, continuem.

Boa leitura, love all

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Senti as minhas pernas ficarem sem força à medida que as lágrimas se acumulavam nos meus olhos, a raiva ia crescendo em mim de uma forma que nem dava para explicar. Toda eu estava gelada por dentro, sem mexer um único músculo. Nem me importei que o resto da sala estivesse a olhar para mim com ar assustado, e ignorei qualquer pergunta que me faziam. Como é que eu pude me esquecer de ligar á minha mãe durante 3 dias, 3 DIAS QUE ERAM O NATAL!

A culpa é minha, é minha. A minha mãe morreu e a culpa é minha.

Quando eu apanhar aquele filho da puta que me anda a torturar a vida, eu juro, que voou lutar, com todas as minhas forças para que ele tenha uma morte lenta e dolorosa. Ele não merece respirar!

'Katherine o que se passa?' Tess abanava-me de forma a que eu respondesse, mas eu limitei-me a ignorar. Não que estivesse zangada com ela, mas simplesmente não queria falar, não queria explicar, não queria chorar, não queria nada. Precisava de sair dali.

'KATHERINE ??' ouvi Hugo gritar ao meu lado, amarrando-me pelos braços. Ignorei.

'o que se passa, explica-nos' Filipe estava igualmente assustado.

'AHHHHHHH' mandei um berro para o ar e o meu telemóvel foi projetado para o outro lado da sala. Os nervos tinham-se apoderado de mim, tinha de sair dali antes que me vingasse em alguém. Caminhei até a porta em passo apressado.

'Katherine o que se passou? onde vais?' ouvi alguem gritar, penso que Nicole.

'Por favor, não me perguntem nada, apenas me deixem ir, deixem-me por favor' peguei no casaco que estava pendurado ao pé da porta, era o meu casaco de cabedal preto, o meu preferido, e nas chaves da mota. Voltei a encará-los, sentia-me mal por lhes ter estragado o Natal. Caroline! Lembrei-me da pequena, que assistira á cena. Estava encostada á porta da cozinha assustada. Lancei-lhe um olhar de pena. EU ESTAGUEI O NATAL DELA! ESTRAGUEI MESMO O NATAL DELA. estraguei o primeiro natal em familia da minha menina. Sou um monstro. Preciso de sair daqui. Preciso de sair daqui antes que me vingue em alguem.

'Ouçam, eu peço desculpa, imensa desculpa por vos ter estragado o Natal. Mas por favor, continuem a divertir-se, eu só preciso de apanhar ar, amanha explico o que aconteceu, não se preocupem. e desculpem' saí a correr antes que alguem me pedisse explicações já. Nem me importei de estar a chover, ou de sequer estar de saltos, apenas corri até a minha mota que estava na garagem e subi para cima dela andando o mais rapido que consegui, até não ver mais a minha casa, onde estavam os meus amigos com o natal arruinado, ou sequer a estrada. Cheguei ao descampado, o meu ponto de refúgio, o lugar onde agora era onde eu queria estar a pensar.

Desci da mota, estava a chover, não muito, mas nem me importei, deixei-me cair no chão de joelhos, completamente sem forças. A minha vida estava arruinada, o que num momento está bem, no outro a seguir está completamente errado.

Como é que a vida pode ser assim? qual é a merda do sentido de viver se estamos aqui de passagem e a maior parte do tempo é para sofrer? como é que há pessoas que nos fazem sofrer e nos tiram tudo o que temos? Tudo bem, não sou a melhor pessoa para julgar seja quem for, mas eu não faria isto assim do nada, não faria isto a estas dimensões como este psicopata anormal me está a fazer. Ele está-me a torturar a vida, e por mais que eu tente ignorar, por mais que eu tente não me preocupar e pensar que tudo vai ficar bem, que é apenas uma brincadeira, ele parece que sabe os meus passos, ele sabe tudo o que vou fazer, tudo o que estou a fazer, tudo! e o pior é que eu não sei quem o cabrão de merda é! eu preciso de descobrir, preciso de saber quem ele é, fazê-lo pagar pela morte de Stefan, da minha mãe, pela preocupação que ele me tem dado.