Dangerous Game (Completo)

Cap.2 - My Best Friend Does Not Cry

(para relembrar o último capitulo)

Já estava a andar há pelo menos umas 2 horas, de um lado para o outro. Já tinha pensado imenso, sobre nada em concreto, mas tinha tomado uma decisão.

Peguei no telemóvel e marquei um número. Alguém rapidamente me atendeu do outro lado.

-chamada on-

xx: sim?

Kat: mãe, amanha vou ter convosco.

Mae: asério querida?

Kat: sim, preciso de me afastar daqui durante uns tempos.

Mae: claro, fazes muito bem, mas está tudo bem?

Kat: sim, só estou farta que se metam na minha vida. Mas quando chegar aí, falamos melhor.

Mae: então eu vou já mandar-te os bilhetes por e-mail e..-interrompi-a

Kat: mãe, calma, eu sei como se faz, e não precisas, eu própria compro os bilhetes

Mãe: mas querida.. -interrompi-a de novo

Kat: nada de mas, está decidido, são os meus problemas eu resolvo-os. Agora vou desligar, até amanhã

Mãe: até amanha.

-chamada off-

Falar com a minha mãe, faz-me sempre tão bem, ela tem uma voz tão angelical e cada vez que a ouço fico mais calma. Deve ser das únicas pessoas de quem ouço os conselhos. Separar-me dela custou-me tanto, mas mesmo assim continuamos a manter o contacto diário, durante uns 2 anos, depois só falávamos de vez em quando.

Olhei para o ecrã do telemóvel e vi que já eram 14h30, como é que eu andei durante tanto tempo? Acho que vou voltar para casa, estou cheia de fome. Subi de novo para a minha mota e arranquei a toda a velocidade para casa.

Mal abri a porta, as minhas amigas Tess e Nicole, saltaram para cima de mim, literalmente.

Tess: onde é que estiveste até agora? Estávamos tão preocupados contigo. Nem atendias o telemóvel, tu e.. -interrompi-a

Kat: calma, estou bem, fui só dar umas voltas de mota. -acalmei-a enquanto pousei as chaves e o telemóvel na mesa do hall de entrada e a mala no sofá da sala.

Nicole: podias bem ter avisado, sei lá uma mensagem ou uma chamada não custava nada. -segui para a cozinha, onde já estava Matt e Brian encostados á bancada, e pelos passos percebi que as duas raparigas me seguiam.

Kat: poder podia, mas precisava de pensar. -olhei em volta - o que vamos comer? Estou cheia de fome.

A Tess ia começar a falar, mas antes que pudesse abrir a boca, o Matt começou a falar, fazendo com que virássemos as atenções para ele.

Matt: nós já comemos, e como és assim, tão urgg, não sabíamos se ias voltar, não deixamos nada para ti. -na sua cara não havia expressão, embora eu já o conhecesse demasiado bem e estivesse magoado e a tentar mostrar ser duro.

Kat: sempre tão queridos- a ironia era notável na minha voz.

Preparava-me para abandonar a cozinha quando o Matt, recomeça a falar.

Matt: isso, vai-te embora, e nunca mais voltes, não fazes cá falta nenhuma.

Poderia muito bem ter chegado ao pé dele, e pedido desculpa pela forma como lhe falei de manhã, ou simplesmente seguir o meu caminho, mas em vez disso, num ato brusco, cheguei-me bem perto dele e falei levantando a voz.

Kat: é por estas tuas atitudes, que eu cada vez me afasto mais de ti, e de vocês todos. Por isso, o aviso que ia dar logo á noite, dou agora, amanhã vou para Espanha e não sei quando volto.