Cap. 55- The End

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último capitulo da fic, preparem os lenços ahah

Boa leitura

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A porta abriu-se, revelando mais uma vez a figura que eu menos prezava, a última pessoa que eu queria ver no mundo e ao mesmo tempo a pessoa que eu mais queria ver á frente para que sentisse o seu sangue correr por entre os meus dedos. Mas não conseguia, não conseguia pois estava toda amarrada, com as pernas demasiado magoadas devido aos tiros que levei, e para além disso o meu corpo estava negro da quantidade de vezes que este ser já me tinha espancado.

'olá meu doce' ele aproximou-se de mim com um sorriso nojento na cara 'como passaste sem mim mais um dia?'

ele passou-me a mão na cara, e eu afastei a mesma da sua mão. As lágrimas cobriam toda a minha face, sentia-me horrivel, doia-me cada parte do corpo e sentia nojo dele, por o Piti me ter tocado.

'larga-a seu monstro' ouvi o meu avô gritar do outro lado. ele já tinha várias vezes impedido Piti de me tocar, de me espancar, mas não conseguia, estava demasiado fraco para o impedir, e estava acorrentado como se fosse um cão.

Piti largou-me e aproximou-se do meu avô. Não podia permitir que ele lhe fizesse mal, o meu avô estava a ser impecável comigo, apesar de no passado ele me ter feito horrores, ele estava a dar tudo por tudo para me proteger.

'então o velhote quer proteger a netinha preferida?' parou assim que alcançou o meu avô e baixou-me á sua altura, no chão 'sempre foi o teu costume' e assim que disse estas palavras com desdém, um murro certeiro foi depositado sobre a cara do meu avô que gritou de dor. 'pára! ainda não percebeste que não a podes defender desta vez? pára de uma vez por todas e deixa-me acabar a minha vingança' desta vez acertou o corpo do senhor com uma joelhada no estômago.

De novo se aproximou de mim, e baixou-se.

'Katherine meu anjo, o que vou eu fazer contigo?' ele passou a mão por o meu cabelo, á medida que um sorriso asqueroso surgia na sua face 'esperei anos, esperei tanto tempo para que isto acontecesse, para que tivesse a minha vingança' aproximou a sua cara da minha. Não me tentei debater desta vez, sabia que ia levar, que ia ser espancada até a morte e nada o iria impedir disso. Estava demasiado fraca para protestar.

Depositou um beijo no canto da minha boca, e nesse momento senti o meu estômago embrulhar, senti um nojo nunca antes sentido.

'LARGA-ME' gritei-lhe.

Ele soltou um riso irónico e logo depois espetou-me um murro no meio da cara, fazendo com que começasse a sentir sangue escorrer do meu nariz. Depois levantou-se e pontapeou-me imenso, pontapeou-me até eu não sentir mais qualquer parte do meu corpo. Eu estava a viver um pesadelo, estava fraca, não conseguia me mexer, e o que me deixava pior era pensar a aflição em que estavam os meus amigos, a aflição em que estava Hugo, sabia que ele desesperaria, e não queria sequer pensar como estava caroline em pensar que perderia de novo a sua mãe. Custava imenso ter este sentimento de impotência.

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«POV HUGO»

Mais uma vez um vaso dos que estavam no jardim voou na direção á estrada, e um carro fez soar um apito. Mas não me importei, estava capaz de matar quem fosse que me subisse a voz.

Estava em desespero, em desespero por estar á quase uma semana sem saber nada da pessoa que eu amava, quase uma semana, só sabia que ela estaria a sofrer, e eu nem sei por quem. Isto dói, dói querer fazer alguma coisa por alguem que amamos e sentirmos este sentimento de impotência, de sabermos que não vamos conseguir. Mais um vaso foi projetado para á estrada enquanto um grito saia pela minha boca.

Dangerous Game (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora