Cap.24 - Meet The Partners (Parte II)

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Depois de receber aquela surpreendente noticia, que eu menos esperava, fomos jantar, onde estámos agora. Como assim os nossos vizinhos são os nossos sócios? Então quer dizer que eles também andam nestes negócios? Mas .. eu nunca pensei.. A Jéssica, uma das minhas melhores amigas, de quem eu sabia tudo, pensava. O Hugo, de quem eu não sei nada, mas nunca pensei que ele fosse capaz sequer de pegar numa arma. Tudo bem que tem aquele ar todo rebelde e tal, mas daí a traficar drogas e armas, vai uma grande diferença. E por falar nele, estou sentada mesmo em frente a ele, ironia do destino ou não, isso já não sei.

Desviei o olhar da minha comida para o Hugo por uma fração de segundos, e ele estava a olhar para mim. Assim que percebi isso voltei a encarar o prato. Não ia aguentar olhá-lo nos olhos e não o puder beijar ou abraçar. Ahh? Que raio de pensamentos são estes Katherine Marie? Bem, talvez seja a realidade. Uma realidade a que eu não consigo fugir: tenho vontade de o beijar e abraçar, de estar junto a ele a ver um filme, ou de passear com ele pela praia de mão dada. Muito cliché, mas é o que sinto.

Tomás: então quer dizer que vocês também traficam? – fez com o encarássemos.

Brian: parece que sim. – voltei a olhar o meu prato, que neste momento, parecia a coisa mais interessante da sala, e mexi a comida com o garfo.

Ramos: e há quanto tempo fazem isto? – desta vez foi ele a captar as atenções.

Tess: desde a uns bons anos atrás – pausou para pensar – há quanto tempo estás aqui Katherine?

Eu que estava meia aérea ainda com esta informação toda para processar olhei a rapariga. Boa pergunta.

Kat: não sei, uns 5 ou 6 anos, não me lembro – dei de ombros.

Hugo: tu não és daqui? – olhei-o.

Kat: não. –pausei. Não sei, mas sentia o coração a acelarar. Porque? – nasci em Barcelona.

Hugo: por isso é que estavas lá daquela vez. – assenti.

Raul: então e se nos fossemos sentar na sala de estar? – sugeriu.

Todos concordaram, até porque já tínhamos todos acabado de jantar, e acho que um sofá ia ser bom para relaxar agora as costas. Dirigimo-nos para lá, e sentou-se Raul e Fábio numas poltronas individuais que tinham lá, depois num sofá, eu, Tess, Filipe, Brian com Nicole no seu colo, e Matt. E no outro perpendicular ao nosso, Hugo, Ramos e Raquel, Tomás e Jéssica. Olhei Hugo. Ele realmente estava adorável. Ah não viajes Katherine. O meu subconsciente adicionou, bem visto. Encarei as mãos de novo.

Raquel: então e como vai ser com os negócios daqui em diante? – fez a pergunta que a maioria de nós devia ter em mente desde que nos conhecemos. Como ia acontecer agora que o grupo era maior?

Fábio: bem – pausou, tomando agora uma expressão mais séria, típica expressão que ganha quando está a falar de assuntos sérios. Entretanto Rosete, a empregada tinha lhe vindo entregar um copo de whisky, e ele agradeceu dando-lhe um sorriso. Estranho, tenho de falar com ele sobre isso.- agora que todos somos um grupo, é muito importante que todos trabalhemos em conjunto. – pausou para ingerir um pouco do liquido que estava no interior do copo e logo o pousou na mesa de centro. – Sempre que houver um trabalho, chamo-vos a todos, e todos em conjunto planeamos o que fazer e o que faz cada um. Como sempre trabalhamos até agora, só quem em vez de sermos 8, somos 14. Somos mais, e assim podemos agir em maiores áreas. Ou seja, maior lucro vamos ter e maior poder.

Assenti tal como os outros, dando um sorrisinho de lado. Só em saber que ia ganhar mais dinheiro, até ficava com os olhos em bico. E a palavra ‘poder’ ainda soava melhor, se até agora as pessoas me respeitavam, a partir de agora até me veneram.

Dangerous Game (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora