Cap.42 - You Leave Me Breathless

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As mãos começaram a tremer bastante, e senti a minha respiração a um nível completamente descontrolado. Parecia que de um momento para o outro eu ia cair para o lado. Ok, no chão já eu estava, mas parecia que ia desmaiar.
E não eram daquelas mariquices só porque estou a ver sangue.

Era por estar no lenço do Stefan. Ser fresco, ou seja, foi feito á pouco. Pelas palavras antes daquele psicopata me entregar o lenço, e por eu saber que ele não foi usado para uma coisa boa.

Olhei para o Hugo que estava igualmente surpreendido.

Kat: o .. – a voz saia fraca – o que quer dizer isto?
Ele não respondeu.

Hugo: deve haver uma razão, não deve ter sido nada de mal..- ele tentava acalmar-me, mas eu sabia que nem ele estava convencido dessa resposta.

Kat: Hugo, tenho um lenço, por sinal, um lenço que dei ao Stefan, nas minhas mãos, coberto de sangue que não me parece ter vindo aqui parar há muito, um psicopata atrás de mim que me anda a fazer a vida num inferno. esta já não é a porra da primeira vez que ele me diz frases macabras deste género, e adivinha só? A seguir sempre acontece alguma coisa má. E sabes não me parece que este lenço tenha servido para ajudar alguma rapariga que estivesse com o período.

Ele soltou um risinho, provavelmente com o que eu disse, mas logo parou. Olhou serio e calado para o lenço por algum tempo. Acho que tal como eu, não encontrou uma resposta para aquele enigma.

Hugo: bem .. – ele parou para me encarar – tudo bem Kat, passou-se alguma coisa má para este lenço estar neste estado nas tuas mãos – ele disse e eu revirei os olhos. Isso já eu sabia – mas nós não sabemos o que é, não podemos fazer nada porque não sabemos quem é o tipo, por isso, está-me a querer parecer que a decisão mais acertada é irmos para casa.

Abanei negativamente com a cabeça. Ok, sei que não posso fazer nada, mas não me quero ir embora.

Kat: não, eu tenho de descobrir o que aconteceu Hugo. – levantei-me determinada a encontrar qualquer coisa que me ajudasse.

Ele levantou-se logo de seguida. Assim que me ia virar, ele puxou-me pelo braço, fazendo-nos ficar próximos um do outro.

Hugo: ouve Kat, eu sei que estás zangada comigo e este não é o momento certo para termos este tipo de conversas, mas eu amo-te e quero o teu bem – senti o meu coração aquecer e bater depressa. – e tu estás cansada e com umas olheiras horríveis, acho que devias ir dormir. – ele soltou um riso, fazendo com que eu batesse de leve no seu braço. – vamos.

Acabei por desistir. Ele tinha razão. Não ia a lado nenhum. Eu nem sabia quem era o psicopata que andava a fazer isto. Não ia conseguir nada, e a esta hora principalmente.

Kat: tudo bem, desisto. Mas digo já que posso me ir embora agora – falei mais alto para o caso de alguém me estar a ouvir – eu juro-te aqui e agora que não vou baixar os braços, enquanto não tiver o sangue daquele idiota que matou o Stefan e me anda a fazer isto nas minhas mãos. Juro

Ele sorriu vitorioso assentindo. E por este sorriso já valeu a pena fazer o esforço.

Ele foi andando e eu acabei por ficar para tras.

Hugo: não vens? - Ele disse virando-se para trás

Kat: vou já . – ele deu de ombros e subiu para a sua mota.
Peguei no lenço ensanguentado colocando-o no pulso.

Agora sim, posso dizer que tenho uma parte do Stefan em mim.

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