Dangerous Game (Completo)

Cap.38 - Dangerous Warning

Estou a viver o momento mais feliz da minha vida, e nada nem ninguém o pode estragar.

Falei cedo de mais, no momento a seguir um alarme começou a soar. Não acredito, não pode ser.

Nicole: Kat? Hugo? DESCAM RÁPIDO E ESQUECAM O DINHEIRO, ACABAMOS DE SER DESCOBERTOS.

…

Olhei Hugo que me olhava igualmente assustado. Porra, anos de experiência nesta área e nunca me aconteceu uma coisa desta.

Hugo: vamos, ainda há tempo – ele puxou-me pelo braço.

Assenti, preparando-me para ir com ele, mas assim que olhei para baixo do enorme edifício onde estamos, vi um vulto correr para o interior do mesmo, fazendo com que um arrepio me percorresse o corpo. Algo não está bem, não era suposto isto acontecer. Nós planeamos isto ao pormenor, cada um tratou da sua parte e não dava hipótese para uma única falha, como é que alguém pode estar neste momento a entrar aqui?

Hugo: Kat, não vens? – ele estava um pouco mais á minha frente. Acho melhor ele não saber disto, vai ficar preocupado e provavelmente enervado, e eu bem sei como ele fica assim. Ia acabar por ser ele a ficar lixado.

Kat: sim, vou, vai que eu já te apanho.

A sua expressão não parecia muito convencida, mas sabia que eu não lhe ia dar hipótese.

Hugo: tudo bem, encontramo-nos na saída. – ele disse começando assim a correr, mas voltou para trás, fazendo com que eu o encarasse confusa. – amo-te , por isso cuida-te.

Dei um leve sorriso colando os nossos lábios, e ele retomou o seu caminho. Assim que o perdi de vista comecei a correr para o limite do chão, procurando pelo vulto que tinha visto anteriormente, mas nada encontrei. Fogo, perdi-o. Ou seja, tempo perdido á toa, o dia não me está a correr bem.

Recomecei o meu caminho de volta para o interior do edifício, voltando a passar pelas mesmas escadas onde passei a pouco, ainda sem namorado, ainda com o coração incompleto e ansiosa para ver para onde ele me levava, sem saber que ia ter o melhor momento da minha vida.

Passei pelo corredor que dava acesso ao cofre principal, vendo assim que o mesmo já estava praticamente vazio, ou seja o Hugo já tinha feito o trabalho, em questão de segundos. Um sorriso nasceu na minha cara, aquele rapaz é um orgulho, sempre rápido, sempre eficaz, sempre profissional, é o meu menino maravilha. Fez em segundos, o que muitos não faziam em horas. Mas ao mesmo tempo fiquei aziada pois normalmente esse é o meu trabalho, normalmente a profissional e a melhor sou eu, mas ele chegou e estragou a minha reputação. Mas bem, com ele eu não me importo de dividir o ‘trono’.

 ‘o que fazes aqui sozinha boneca?’ dei um pequeno pulo com a voz que falou assustando-me. Fodasse. Virei-me encarando um rapaz, não muito velho nem muito novo, e não muito feio, mas também nada de especial comparado ao Hugo. Mas o que está esta ave rara aqui a fazer a esta hora? E A ASSISTIR AO MEU ASSALTO??? AI MERDA, só agora é que eu caí em mim.

Kat: ora essa, então, vim ajudar a fazer a limpeza – dei de ombros

‘hmmm muito engraçada’ ele aproximou-se de mim, levando a mão á minha cara, mas eu rapidamente amarrei nela apertando-a a tirando-a de lá ‘aii, que agressividade’

Kat: quem és tu, e o que estás aqui a fazer a esta hora? – eu disse rápida, enquanto passava a sua mão por trás das suas costas, bastava um movimento meu, e o braço dele já era.

‘tem calma bonequinha, ainda me partes o braço’ ele soltou um riso estúpido, fazendo com que revirasse os olhos. Mas este ainda quer brincadeira?? Puxei um pouco mais o seu braço, fazendo-o gemer de dores.