episódio 2.4

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— Por favor, senhor Kim, aceite essas flores como um pedido de desculpas por atrasar tanto as gravações. — Pede Jisoo. O homem ajeitou os óculos e pegou o buquê ornamentado de margaridas, sorrindo.

— Sem problemas, Jisoo. E está tudo bem agora?— Jisoo sorriu.

— Estou melhor. — Suspirou.

— Que bom! E quando poderá voltar a gravar? — Ele pergunta pousando o buquê na mesa.

— Amanhã! — Sorriu animado.

Kim Chang Wan, pai de Kim Jennie e padrasto de Jung Haein era dono da produtora responsável pelo drama que Jisoo estava gravando. Era um homem sereno, racional, não agia por impulso e mantinha sempre os pés no chão. O oposto de seu enteado e de sua filha, essa qualidade impulsiva e irracional devem ter vindo da finada mãe deles.

Uma batida na porta foi ouvida e Chang Wan autorizou a entrada, vendo o genro entrar e sorrir receptivo ao ver que Jisoo estava ali.

— Ah! Com licença. Eu ouvi dizer que Jisoo veio ver o senhor. Então eu quis dar a ela o roteiro final. — Jisoo se aproximou para pegar o envelope, Taehyung não a entregou. — Mas há algumas cenas que quero mudar. Podemos falar sobre isso na cafeteria aqui perto?

— Ok, tudo bem. — Ela diz sorrindo levemente. — Com licença, senhor Kim. — O homem assentiu, o sorriso sem sair de seus lábios.

— Tudo bem, vão em frente. — Se despediram e os dois saíram da sala.

Um caos estaria instaurado caso os irmãos tivessem visto a atriz e o diretor saírem juntos da produtora, mas talvez por sorte, ou apenas o destino adiando o inevitável, eles não se encontraram.

Jennie vinha explicando animadamente ao irmão que o pai gostaria de expandir as produções e negociar a exibição em outros países.

— Acho que será cansativo e complicado para você. — Ela diz apertando o botão do elevador e a porta se abriu instantaneamente.

— Eu não tenho medo de trabalho duro. — Diz enquanto entram na caixa metálica. — Quanto mais difícil, mas divertido, então pode vir. — Jennie riu. Ela adorava e admirava a determinação do irmão. — Assim que o elevador se fechou, saindo pela porta da escadaria, vinham Jisoo e Taehyung.

— Cenas de ação são boas para liberar o estresse. — Diz Jisoo enquanto o diretor a acompanhava. Ela parou e se virou em direção à ele. — É difícil, mas divertido, então pode vir.

Jennie e Haein saíram do elevador e seguiram em direção à sala do senhor Kim. Assumindo seu papel de filha mimada, ela sorriu abertamente e sua voz ficou mais aguda ao chamar pelo pai enquanto empurrava a porta de vidro.

— Um lindo advogado veio te ver. — Chang Wan riu. Quando Jennie se virou para puxar Haein, Ele retirou o buquê que havia recebido da mesa, colocando-o em uma bancada atrás de si, se sentando novamente na cadeira, voltando a sorrir. O que ele não percebeu, foi a queda do cartãozinho que acompanhou o buquê.

— Olá, pai. — Diz Haein o reverenciando e o homem se levantou indo até ele e o abraçando.

— Como está, filho? — Se afastou do abraço. — Está tudo bem? — Com um suspiro pesado, Haein assentiu.

— Estou melhor. — O homem assentiu.

— Se precisar de qualquer ajuda, pode me pedir. Sabe disso, não é? — Haein assentiu, sorrindo agradecido.

— Então que tal tirar a assassina da noiva dele da nossa produção? — A voz de Jennie era carregada de ironia e certo veneno.

— Ah, Jennie... — Ele estalou a boca e se voltou para Haein. — Está vendo? Sua irmã sabe como arruinar uma atmosfera.

Thorns of Life  [Haesoo]Onde histórias criam vida. Descubra agora