episódio 9.5

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notinha: fiquei contente que a maioria chutou certo kaka vamo lá. 

já deixo aqui o desafio: posto o próximo quando alcançar 60 comentários.

fiquem agora com o capítulo de hoje e tenham uma boa leitura.

Era noite quando Jisoo finalmente pôde receber alta. Ela, Haein, Mingue e In Ah seguiram para a funerária.

O vento frio soprou em seu rosto, fazendo-a se encolher e parecendo ter congelado suas lágrimas, talvez até a natureza estivesse triste com a partida de Myung Shin. Ela e Mingue deram as mãos e entraram em uma das salas ali, a única ainda aberta, onde o caixão fechado estava. Havia apenas uma coroa de flor e uma foto de Myung Shin em um quadro. Poucos sabiam de sua partida, apenas seu neto e as duas crianças quem ajudou a criar.

Haein e In Ah ficaram para trás, ambos tristes, ouvindo as lamúrias e soluços dos irmãos que tentavam ter forças para dizer algo.

— Não imaginei que as coisas terminariam assim... — Diz Haein, sentindo uma leve pontada de culpa.

— Ninguém poderia imaginar. — Diz ela fungando e enxugando uma lágrima.

— Mingue, querido... — Myung Shin chamou o pequeno para mais perto. Min Kyu tinha apenas seis anos, não entendia muito da vida, e com toda certeza não entendeu quando teve que sair de sua casa enquanto sua mãe gritava de dor. Gritos tão altos que ele conseguia ouvir da casa de Myung Shin.

— Minha mãe vai morrer, tia? — Myung Shin negou. Deitada na cama, acariciando os cabelos do menino que se recusava a deitar.

— Não, querido. Ela está sentindo dor, porque seu irmão ou irmã está nascendo.

— É uma menina! — Comentou frustrado. — Queria que fosse um menino.

— Como você sabe, pequeno?

— Eu vi em meu sonho. — Ele sussurrou como se fosse o maior dos segredos. Myung Shin riu levemente.

— Bom... Sei que você queria um irmãozinho, mas uma irmãzinha é bom. Ela vai amar você e você será o herói dela. — Myung Shin sorria e falava com tanta certeza que parecia que ela conseguia prever o futuro. — Mas para isso, você terá que protegê-la e fazer de tudo para que ela fique bem. — Ela acariciou a bochecha do menino. — Você deve cuidar dela, Mingue. Promete? — Mingue assentiu.

— Eu prometo, titia! — Ele diz fechando os olhos e uma lágrima escorrendo. Estava ajoelhado, assim como Jisoo ao seu lado. — Prometo que cuidarei da Jisoo enquanto eu viver. — A hipótese de perder Mingue fez com que o coração de Jisoo falhasse e ela o agarrou pelo braço, deitando a cabeça em seu ombro.

— Não fala desse jeito, por favor. — Ela pediu sussurrando e chorando. — Titia, ele está certo. — Ela diz fungando. — Não se preocupe conosco. Descanse em paz, eu prometo que serei forte. Me desculpa por todas às vezes que disse que iria te ver e não fui. Até mesmo no seu último dia, eu não consegui ver você. — Jisoo soluçou com os lábios trêmulos. — Me desculpa, titia. Prometo ser uma boa pessoa e usar minha bondade para conquistar o amor das pessoas, como você me ensinou.

— Está tudo bem, Ji... — Mingue abraçou a irmã, tentando parecer forte. Ficaram assim por alguns minutos, apenas se acalentando e tentando, de alguma forma, fazer aquela dor dilacerante passar.

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Jisoo estava exausta. Mingue não deixou que ela nem mesmo se despedisse de Haein, a levou para o carro onde ela chorou no ombro de In Ah, que acariciava seu braço, um pouco desconfortada, mas tentando seu melhor.

Thorns of Life  [Haesoo]Onde histórias criam vida. Descubra agora