episódio 10.3

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Passando as mãos trêmulas nos cabelos, o rosto ficando vermelho e o coração aflito. Jisoo continuava a tentar contato com Haein. O telefone tocava, mas ninguém atendia, ela começava a se desesperar. As lágrimas rolavam incontrolavelmente, secando com o vento frio que atingia seu rosto.

— Haein... Por favor... — Sua voz não passou de um silvo. Ela abaixou a mão, olhando ao redor, nenhum sinal de que ele estava ali por perto a fez soluçar.

— Jisoo? — Estranhamente, ouvir a voz de Haein a acalmou. Ela o encarou com um misto de calmaria e raiva. Haein se preocupou ao vê-la chorando e se aproximou com o cenho franzido. — O que aconteceu? Por que você está chorando?

— Onde você foi? — Ela conseguiu reunir forças para perguntá-lo.

— Um cliente veio visitar alguém e me viu estacionando. Ele quis conversar comigo, então fomos à lanchonete do hospital. — Ela olhou para o chão.

— De quem é esse sangue? — Ele se aproximou ainda mais, vendo o estado da mulher.

— Eu não sei... O que aconteceu? Por que está assim? — Ela o socou no ombro.

— Você foi ver um cliente? — O socou outra vez, começando a gritar. — Sabe que está correndo perigo? — Outro soco. — Você tem um alvo em sua testa, Haein! — Ela deu socos contínuos até Haein segurar seu pulso, Jisoo os sacudiu, tentando socá-lo. — Você sabe que as pessoas estão preocupadas com você? Por que saiu sem avisar? Huh?

Mais uma vez, Haein conseguiu lê-la. Desespero... Era isso que ele via em sua voz, olhar e lágrimas que continuavam a rolar. Jisoo estava desesperada, chorando, consumida pelo tormento que seu breve desaparecimento a causou.

— Você está chorando porque está preocupada comigo? — Ele perguntou calmo. Jisoo o encarou por alguns segundos, mais calma e sem saber o que responder. Estar perto de Haein estava lhe causando tamanhas sensações que ela jamais sentira por alguém em toda a sua vida. Sensações que iam de paz e tranquilidade à medo e desespero pela possibilidade de perdê-lo.

Um farol se fez presente no estacionamento pouco iluminado. Ela espremeu os olhos e em seguida os arregalou, reconhecendo os homens que estavam na moto, já havia os vistos na empresa de Deok Hwa e aos arredores da mansão.

— Haein... — Ela o puxou pela jaqueta. — Vem. — Ela segurou-o pela mão e o puxou para longe dali, estavam um pouco longe da entrada do hospital e poderiam ser pegos, por isso, Jisoo o puxou para trás de um carro, abaixando-se entre o veículo e um canteiro de plantas.

— O que aconteceu?

— São os homens de Deok Hwa. — Diz aflita, espiando pelo vidro do carro, a moto com dois homens rondar o estacionamento. Franziu a testa ao ver Haein se levantando e o puxou pelo pulso para abaixá-lo outra vez. — Você quer que atirem em você?

— Vou capturá-los como testemunhas. — Ele diz como se fosse simples e Jisoo o encarou como se ele tivesse dito o maior dos absurdos.

— Eles irão te matar. — Diz desesperada, forçando as mãos aos ombros dele.

— Você sabe que não tenho medo e que prefiro lutar a me esconder assim. — Ele fez menção de se levantar, mas Jisoo se jogou em seus braços, o derrubando sentado enquanto o abraçava.

— Mas eu não quero que você morra! — Declarou por fim. Os rostos colados deu a Jisoo a visão do olhar confuso e ao mesmo tempo surpreso de Haein em sua direção. — Não quero que a tia Kyung perca você. Você é tudo que ela tem... — Ela fala em seguida, tentando disfarçar o que disse da primeira vez. — Vamos nos preparar para lutar, se Deok Hwa está mandando lhe matar, significa que você está perto de algo. Então se arriscar assim é estupidez.

Thorns of Life  [Haesoo]Onde histórias criam vida. Descubra agora