Thorns of Life [Haesoo]

episódio 14.4

Haein passeava aos redores da casa de Mi Kyung, chegando a área que ela usava para dar aulas às crianças. Ao longe, viu Jisoo se aproximando da salinha aberta e se escondeu atrás de uma das árvores, a observando.

Vê-la naquele momento não o incomodava ou machucava. Em sua visão, ela estava linda com o vestido longo, folgado e florido e tinha um ar tranquilo e inocente.

Jisoo subiu para a sala, por ser aberta, Haein conseguiu vê-la colocar a bandeja em uma das mesas e seguir para os baldes repletos de flores de lótus. Jisoo as cheirou, sentindo o aroma penetrar suas narinas e agradá-la, ela sentiu o forte desejo de comer a flor e não resistiu, pegou uma delas, lambendo os lábios e dando uma generosa mordida, gemendo satisfeita e fechando os olhos.

Haein sorriu com o ato, achou fofo como ela devorava a flor como se fosse a refeição mais saborosa que ela tinha em anos.

Distraído, Haein não viu duas das crianças se aproximarem curiosas. A menina pediu silêncio ao menino e os dois olharam de Jisoo, que procurava e analisava outra flor para comer, para Haein, que encarava a cena bobamente.

A menina sorriu, enquanto o menino estava confuso.

— Haein, você está espionando a Jisoo secretamente? — A menina perguntou alto demais. Jisoo arregalou os olhos, encarou Haein, um pouco envergonhada.

— Sim. Estou espionando a Jisoo. — Ele diz a encarando intensamente. Jisoo engoliu em seco.

— E por que você está a espionando secretamente? Você e a Jisoo brigaram? — Indaga o menino. Haein suspirou e se aproximou e as crianças o seguiram. Jisoo ainda estava parada, sem saber ao certo o que fazer.

— Porque fui uma pessoa ruim com ela. Então não ouso me aproximar. — Diz ainda a encarando. Jisoo desviou o olhar e respirou fundo. Caminhou para fora da sala e parou ficando de lado para ele, se recusando a encará-lo.

— Sinto muito por vir aqui. Eu queria devolver a bandeja para a tia Mi Kyung e dizer adeus. — Ela o encarou rapidamente. — Depois disso não virei aqui novamente.

— Se a tia Mi Kyung quer que você venha, então você pode vir. Eu sou quem está fazendo todos desconfortáveis aqui.

— Mas a tia Mi Kyung não está aqui, então estou indo. — Ela se retirou rapidamente, Haein então respirou fundo, observando-a se afastar.

— Parece que a Jisoo não vai te perdoar tão fácil. — Diz a menina. Haein não disse nada. Seguiu até a sala onde antes Jisoo estava e observou o lótus mordido, sorriu tendo uma ideia.

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O advogado da agência de Haein se retirou com o advogado de Young Nam. A mulher, que usava as roupas do hospital, se levantou observando-os se afastar. Hyejun organizava as suas coisas e olhou para trás, vendo os advogados se afastarem.

— O que aconteceu naquela noite? — Ela pergunta se virando para Young Nam que franziu a testa.

— O quê?

— A noite que Han Jimin morreu. — Ela se levanta. — Tenho alguns documentos e declarações de testemunhas que não batem, e é muito estranho as câmeras de segurança não estarem funcionando àquele dia, justamente no estacionamento e no local onde aconteceu o acidente.

— Por que de repente Haein está me ajudando? — Ela pergunta calma, insatisfeita, Hyejun suspirou.

— Ele sabe que você também foi uma vítima do seu marido. Agora responda a minha pergunta.

— Diga ao Haein que se ele realmente quer me ajudar, então que ele ajude a Jisoo. Realizei tudo sozinha, a real vítima nessa história é a Jisoo. — Hyejun franziu a testa. — Diga à ele que eu não quero e nem preciso lutar contra o caso, quero e preciso que ele entenda a Jisoo e o que aconteceu.