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-victor, tem como você me ajudar aqui?- eu pergunto com uma caixa na mão

Nos tínhamos acabado de chegar do mercado.

-ae, como não consegue fazer essa merda sozinha? Eu tô levando uma coisa bem pior porra- meu irmão diz todo irritadinho

-espero que você morra engasgado algum dia, victor- eu digo e ele começa a rir

-ae, termina essa porra logo- meu pai diz entrando em casa com uma caixa

Ele é bem bravo e quase sempre não tá em casa.

-aonde você vai?- eu pergunto vendo meu pai sair

-já falei que não interessa aonde eu vou porra, só fica ai- ele diz

-mas você sempre sai sem avisar aonde vai, tô cansada disso- eu digo e ele me olha puto

-eu vou resolver negócios, Isabel- ele diz com cara de bravo, mas com uma voz calma

Eu não falei nada, apenas deixei ele sair.
O victor ficou me encarando sem saber o que dizer e eu fiz o mesmo com ele.

-vou ali- o victor diz indo até a porta.

-ei espera, não vou arrumar essas porras sozinha- eu digo e ele me olha de cima pra baixo

-então vem, vou fechar com um cara- o victor diz e eu vou atrás dele

Nos caminhamos em silêncio até uma casa de um quarteirão de distância.

Na frente dessa casa tinha um monte de homens e eles estavam suados, malhando e comendo churrasco.

-merda, nem sabia que hoje ia tá assim.
Desculpa se você tá desconfortável ou sei lá- o victor diz

-tô de boa- eu digo, mas na real aquilo era muito desconfortável

Ele começou o caminho até a porta da casa e eu fui atrás.

-posso ajudar?- um cara com tatuagem na cara diz

-eai, vim fechar- meu irmão diz

-suave. Entra aqui- o cara diz, nós entramos e sentamos no sofá.

Quando eu entrei tinha um garoto no sofá, ele tava atento em tudo o que nos estávamos fazendo.

-eai cara, quero saber se a gente ainda vai fechar- meu irmão diz e eu só fiquei prestando muita atenção neles dois

-claro po, nois se conhece desde menor-o cara diz, aquele cara parecia ser muito bravo

Eles ficaram conversando e entre essas conversas veio um monte de risadas, enquanto isso eu só ficava quietinha

-a garota é muito quieta, o que ela é?- o cara pergunta olhando pra mim

-minha irmã mais nova, ela só faz alguns trabalhos as vezes- o victor diz sorrindo e eu olho o moço confusa

-qual seu nome, irmãzinha?- o cara pergunta e

Eu não gostei do jeito que ele falou...

-não te interessa- eu digo e ele começa a rir

-bom, sou o oscar... ashtray, vem aqui- o cara diz chamando alguém e logo o menino que estava encarando aparece

-fala aí- ele diz olhando pro cara e depois me encarando de cima pra baixo

-apresenta a casa pra...- oscar diz esperando eu falar meu nome

-fala seu nome porra- o victor diz e eu viro os olhos

-Isabella, mas pode chamar de Isa- eu digo e o menino faz cara de nojo

-nem fudendo que eu vou fazer um tuor com essa garota- o ashtray diz e ele parecia irritado

-vai logo, karalho. Quem manda nessa porra sou eu, não você - Ele diz e o garoto sai andando, mas logo para

-ce não vai vim?- o ashtray diz

E ele parecia super puto.

Eu fui até ele e ele me olhou de cima pra baixo de novo... nós caminhamos pela casa deles.

-esse é os quartos, blá-blá-blá... aqui cozinha e tals- ele diz sem paciência nenhuma

-se você vai fazer essa porra mal feita então sai daqui e eu mesma conheço essa merda de casa- eu digo estressada pelo jeito que ele tava fazendo aquilo

-cala a porra da boca sua esquisita do karalho- ele diz

-vai se fuder seu merdinha, eu acabei de te conhecer e você me trata assim? Sai da porra da minha frente, eu não preciso disso- eu digo e saio de lá, mas o mesmo vem atrás de mim

-o que você é do victor?- Ele pergunta assim que me alcança

-irmã. O que você é do oscar?- eu pergunto

-filho- ele diz.. fiquei meio chocada

Nos ficamos andando por lá e quando acabou ele me levou de volta pra onde os meninos estavam.

Eu Sentei em uma poltrona e ele em outra que estava bem de frente pra mim.

Eu tentei não ficar nele, mas eu percebi que ele tava me encarando... então eu encarei também e nenhum de nós quebramos.

-vamos, isa- meu irmão diz se levantando e o oscar também levanta

-vamos- eu digo indo sair

-espera, quero te dizer uma coisa- o oscar diz e eu me viro pra olhar ele
-sempre que vier aqui, toma cuidado com os caras aí na frente

Tadinho, eu nunca mais vou voltar aqui kkkkkk

-ta..- eu digo

Vitor comprimentou o moço e saimos.

-como foi? Gostou?- ele pergunta enquanto entrávamos no carro

-não, o garoto me tratou super mal- eu digo e ele começa a rir

-Ele é assim, depois fica mais legal- o victor diz e eu viro os olhos

Ash on:

-eai como foi?- meu pai me pergunta

-chato pra karalho. Ae eu não sou babá- eu digo puto e ele começa a rir

-a garota é bonita- ele diz e me olha com um sorriso

-ae, oscar. Vai se fuder, eu não tô nem ai- eu digo puto

-ae, eu sei que você também achou... ela é legal?- ele pergunta

-ta bom... ele é bonita pra karalho, mas não é chata pra porra- eu digo e ele começa a rir então eu também começo a rir

Meu pai é a única pessoa que eu confio, embora ele seja meio ausente por sempre sair.

Ele sempre vai ser o único, ninguém vai mudar isso... embora eu não demonstre é lógico que eu amo ele.

-o que vocês conversaram?- ele pergunta curioso sobre o assunto

-nada, a gente só se xingou... eu conheço ela, mas ela não me conhece- eu digo e ele parece confuso

Eu não ia falar pra ele que sei que ela tem uma má fama, embora eu saiba que aquilo provavelmente é mentira.

-fodasse de qualquer forma, tenho que ir ali- ele diz e levantando e na real eu não queria que ele saísse

- ta bom, oscar- eu digo e ele me olha

-ei, eu já volto. Você vai ficar bem - ele diz e sai..

O oscar saiu e mais uma vez eu fiquei sozinho naquela casa.

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Oioi

I want you , ashtray...Onde histórias criam vida. Descubra agora