invisível

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O animal pingava sangue de forma grotesca e balançava lentamente de um lado para o outro, Daniel se pois a frente do Irmão em uma tentativa meio instintiva de protegê-lo de algo ou alguém que ainda pudesse estar dentro da boate, mas foi surpreendido com o trisal discutindo.

- MAS DE NOVO ESSA MERDA?

- Então isso também tá acontecendo em outras unidades...

- Não gosto nada disso...

Daniel virou a cadeira e encarou os três mais altos com olhos esbugalhados e uma cara séria ao extremo.

- Expliquem essa merda direito...

Os três olharam e ficaram chocados com a seriedade da voz que Daniel tinha no momento, eles nunca tinham reparado verdadeiramente no cadeirante até o momento mas ele realmente era o ruivo mais bonito que já tinham colocado os olhos.

- Tem algum doente deixando bichos com notas de sangue na unidade da liberdade a meses, já falamos com os luzidios e eles não sabem de nada.

- Isso tá passando do limite já...

Ao final da frase de Daniel a corda que segurava o animal se rompeu o fazendo cair no chão e explodir sangue pra todo lado, cena desagradável.

Daniel estava frio no momento, olhava o trisal e o irmãozinho preocupado, se aquilo não era exclusivo da unidade deles talvez estivessem correndo perigos maiores do que imaginava.

Foi mais ou menos aí que Brulio e Arthur entraram no salão sendo seguidos por Cesar e Thiago.

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

Arthur abriu a porta e o chão estava completamente coberto de sangue e tinha um animal selvagem morto no meio da pista de dança, o medo veio quase rasgando seu interior, parecia que sua pele descascava e coçava em uma dor aguda e desesperadora, só queria fugir dali o mais rápido possível, sentiu os braços do pai o envolvendo em um abraço protetor cobrindo sua visão mas a Imagem ainda estava ao seu alcance o fazendo tremer e lacrimejar desesperado.

- ARTHUR!!!

Daniel veio o mais rápido que conseguiu na direção do gaúcho que usava o pai como porto seguro no momento, Brulio tinha uma expressão raivosa e terrivelmente amarga no momento.

- Seu Brulio tira o Arthur daqui!!

E foi isso que o homem fez levando ele o mais longe possível da cena grotesca e nojenta.

Thiago e Cesar viram o caminho que o senhor fez e guardaram o quarto que eles entraram por motivos diferentes.

- Nii-san...tem...um papel aqui...

Joui se aproximou da carcaça e de dentro da boca do pobre animal puxou um papel todo ensanguentado e tinha claramente algo escrito nele também com sangue.

- que coisa nojenta...

Thiago afirmou meio perdido em pensamentos enquanto Cesar mandava uma mensagem no celular, apertou em enviar bem na hora que Gonzalez chegava cantando.

- Não...no otra vez!

O mini polícial parecia possuído em ódio e muita raiva, olhou ao redor encarando os rosto das pessoas que conheciam dês de a infância procurando respostas e depois para os irmãos Hartmann que também não pareciam felizes.

- Cadê o doutor?

- Calma filhão...

Arthur se tremia e balançava pra lá e pra cá tentando tirar a imagem da cabeça mas pra onde olhava a imagem se repetia diversas vezes, a porta se escancarou e o baixinho de olhos amarelos apareceu preocupado.

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