Liberdade

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🕸️☠️ Assombrados 🕸️☠️

Rodolfo desceu a rua segurando suas ferramentas na mão e com sua cara de malvado, geralmente por esse horário Guilherme já teria aparecido e lhe arrastado pra dentro de um carro onde ficariam uns bons minutos se beijando, será que tinha acontecido alguma coisa com o Rapaz?

Virou a esquina e viu um carro vindo correndo na sua direção em uma velocidade considerável, sabia exatamente quem estava dirigindo.

O carro parou do seu lado e abriu a porta para que o senhor entrasse, Rodolfo revirou os olhos mas no fundo estava feliz de ver o rapaz, obviamente não iria falar isso em voz alta.

Guilherme era muito bonito, bonito pra caralho e isso incomodava Rodolfo, quando andava pela comunidade era possível ouvir garotas de todas as idades iludidas com a possibilidade de ficar com o traficante afim de subirem na vida e/ou ganharem respeito, esse pensamento além de preocupante mesmo pra Rodolfo o deixava também inquieto e nervoso, Guilherme poderia ter a mulher que quisesse, por que caralhos estava atrás dele? Um idoso músculoso, mal humorado e baixinho? Na juventude foi um homem bonito admitia isso, não que a idade o tivesse desfavorecido tanto, mas não era mais um garanhão como antigamente, que caralhos de tão interessante ele tinha pro rapaz não largar do teu pé? Será que era só curiosidade? Até quando o rapaz aguentaria suas grosserias? Era muita coisa na sua cabeça.

Guilherme estava tão feliz que parecia uma criança, sorria de forma sapeca para Rodolfo em silêncio, já o senhor estava um pouco com o pé atrás em relação a esse sorriso.

- Hoje eu e o senhor vamos ter uma conversinha.

- Já estamos conversando Guilherme.

- Não, não, um outro tipo de conversa.

Rodolfo ergueu uma sobrancelha enquanto o carro estacionava na garagem da casa do mais novo, Guilherme desceu do carro correndo e foi abrir a porta para o senhor ainda sorridente.

Ser arrastado pelo mais alto tinha virado costume, olhou as mãos entrelaçadas e se sentiu esquisito, engoliu a saliva e olhou pra Guilherme com a cabeça fervendo horrores, o que será que Guilherme queria conversar.

- O senhor quer alguma coisa? Água? Café? Uma gelada?

- Tô bem pia.

- Acho sinceramente que o senhor vai precisar disso.

Guilherme veio com uma latinha de cerveja na mão e entregou pra Rodolfo já aberta, pra não fazer desfeita o idoso deu um golinho no líquido alcoólico enquanto Gui se sentava ao seu lado todo feliz.

- Sobre o que quer conversar Guilherme?

- Primeiro, desculpa pelo atraso.

- Tu não tem obrigação nenhuma comigo.

- Tenho sim... enfim...eu queria dar uma coisa pro senhor, e te mostrar uma coisa também.

- Me dar uma coisa?

- Presentes só no final da conversa... agora...eu tenho isso pra mostrar pro senhor.

Guilherme retirou a camiseta e Rodolfo disfarçou seu nervosismo, olhando pro sofá.

- Olha seu Rodolfo...

Sentiu uma gota de suor escorrendo pela tempora e bem lentamente foi subindo os olhos pelo tanquinho perfeito do rapaz, tinham algumas tatuagens pelo corpo, muito bonitas por sinal, engoliu a saliva chegando ao peitoral onde um plástico cobria uma tatuagem nova.

- Acho que longe assim o senhor não vai conseguir ver, chega mais perto.

Muito a contra gosto o senhor se aproximou mais olhando a tatuagem, quando a ficha foi caindo a expressão de confusão na sua cara era inevitável, também estava um pouco bravo e bastante desacreditado, olhou pra Gui de boca aberta recebendo um sorriso lindo, olhou a tatuagem escrito em uma fonte bem feia "Rodolfo" e sentiu o mundo parar.

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