Todos entraram em alerta, Cesar tentou rastrear o número novamente mas o resultado da busca foi basicamente o mesmo, os assombrados estavam muito próximos agora e todo mundo ficou preocupado com o Arthur, até Daniel, esse inclusive parecia uma labareda de fogo, parecia que seu cérebro maquinava mais e mais possibilidades para separar o casal.
- Filho eu nunca imaginei que fosse te pedir isso, mais e melhor você não sair de casa por um tempo, Infelizmente vai ter que ser de casa para o Trabalho e do trabalho pra casa.
- Eu queria retrucar o senhor...mas o senhor tá certo...eu não tô com muitas opções no momento.
Pai e filho tomavam café bastante preocupados a Augusta era muito próxima da paulista os assombrados podiam muito bem achar Arthur agora e não só ele como também o resto da equipe da boate, e tudo que os Ceveros menos queriam era envolver o pessoal.
Chegaram no trabalho e Arthur foi direto para os braços de Alex, deu oi pro pessoal e ainda abraçadinhos foram ver a escala para começar seu trabalho felizes, Arthur fez questão de beijar Alex bem gostoso quando viu Daniel na cozinha, atitude que fez o ruivo soltar fumaça e ficar com ainda mais ciúmes do casal.
- Eu não vou poder sair por um tempo amor.
- Tá tudo bem, a gente da um jeito.
Os beijinhos apaixonados continuaram entre o casal, enquanto isso Thiago arrumava algumas coisas nos quartos, nada de muito importante mesmo tendo perdido a liderança o surdo era o mais determinado a ter o gaúcho pra si.
- Thiago... posso falar com você?
Daniel apareceu com Joe atrás, os irmãos Hartmann pareciam bastante macabros com aquele olhar meio morto.
- Pode claro....
- Eu quero fazer uma aliança com você....
- Aliança?
- Para separar o Arthur do Alexander....
Thiago arregalou os olhos e pareceu entrar em um conflito emocional terrível, olhou pra Joe que também parecia meio mal ouvindo aquela frase e tudo pareceu ficar ainda mais confuso.
- Desculpa, o que?
- Você tinha razão... você quase sempre tem Razão...eu gosto do Alex...eu tô apaixonado por ele, e precisou o Arthur e ele começarem esse maldito relacionamento para que eu percebesse isso, e agora eu não consigo olhar prós dois, que eu morro de inveja e ciúmes, você quer o Arthur, eu quero o Alex, se trabalharmos juntos acho que eles terminam.
- Daniel, com todo respeito, isso é doentio!
- Eu sei...eu me odeio por pensar assim... mais aquele sorriso do Alex, ele costumava sorrir assim pra mim, eu tô enlouquecendo eu só queria ele de volta.
O ruivo se abraçava e tremia um pouco, Joe colocou a mão no ombro do irmão e fez um carinho com um semblante triste e um olhar preocupado na direção do outro dançarino.
- Você teve mais de um ano para perceber seus sentimentos meu amigo, e agora o Alex tá muito feliz, eu acho que é o primeiro relacionamento saudável que ele tem na vida e até eu tenho medo de me intrometer nele, você conhece o Alex a meses, eu conheço ele a vida inteira se você está assim, você não faz ideia de como eu estou me sentindo.
- Eu sou um idiota! Eu admito isso! Mas eu não quero ser mais, eu prometo fazer o Alex o mais feliz que eu puder.
- Você tá esquecendo de um detalhe Daniel...
- Qual?
- E se o Alex não quiser mais estar com você?
O mundo do ruivo se quebrou em mil pedaços, não tinha pensado nisso, era realmente egoísta a esse ponto? Mesmo que Alex e Arthur terminassem, não tinha garantia nenhuma de que o negro voltaria pra ele, sentiu uma lágrima escorrer dolorido, era definitivamente muito idiota.
- Vocês dois são muito burros....
Joe parecia pela primeira vez, realmente bravo com os dois mais velhos.
- Joe?
- Nii-san, o Alex-senpai não vai voltar pra você e Thiago-sensei...o Arthur pode até sentir algo por você, mas ele tá totalmente apaixonado pelo namorado.
- Joe...o que deu em você?
Joe passou a mão no cabelo olhando os dois mais velhos meio puto e meio triste, já tinha percebido a um tempo mais tentou engolir o sapo sozinho, nesses dias que ficou mais próximo de Alex ele reparou em algumas coisas e isso o quebrou bastante e baixou muito suas espectativas.
- O Alex finalmente tá realizando o sonho dele.
- Que sonho Joe?
- De viver uma história de amor....
Thiago lembrou de Alex lendo histórias e contos de amor, assistindo shoujo e shippando personagens, realmente ele era alguém movido a emoção, não movido ao sexo.
- O Joe tem razão...o Alex e quase a personificação de um príncipe encantado...ele esperou a vida toda pra amar alguém desse jeito...
- Esse alguém deveria ser eu....
- Mais não é! E se eu pudesse não chegaria nem perto de ser...
Cesar entrou no quarto com as mãos no bolso do moletom amarelo do Irmão, cabelo despenteado e uma terrível cara de tédio, olhava para Daniel com bastante desdém mais ainda parecia calmo.
- O que quer dizer com isso Cesar-kun? Meu irmão não é bom o suficiente pro seu?
A tensão no ar era palpável, esse dois numa briga seria algo muito perigoso e agressivo principalmente sabendo que ambos andam armados e não tem muita noção de forma.
- Pra mim ninguém e bom o suficiente pro Alex, não é nada pessoal...
Os ânimos pareciam se acalmar um pouco e o clima deu uma esfriada considerável, as coisas estavam muito confusas na cabeça de todo mundo que estava naquele quarto.
- Vamos ser sinceros... ninguém aqui tem a mínima chance de separar aqueles dois...
- Por que diz isso Cesar-kun?
- Eu sou cunhado do Arthur, eu tô vendo eles sendo a porra do casal mais meloso, doce, adorável e apaixonado do mundo a quatro meses, e as coisas só aumentam a cada dia! E ri-di-cu-lo o tanto que eles estão apaixonados e o Alex já me falou que AMA o Arthur e disse isso pra ele, e o pior é que o anão corespondeu!
Os outros três homens no quarto se olharam meio tristes e Joe apoiou a mão no ombro do irmão novamente, esse parecia um pouco puto.
- Pessoas dizem "eu te amo" da boca pra fora Cesar...
-.... Daniel....eu não sei quem machucou você meu amigo... mais...aqueles dois ali são muito idiotas para magoarem um ao outro dessa forma.
- Cesar está certo meninos, eu já provei desse amor...
Liz apareceu trazendo uma garrafinha de água na mão e totalmente em paz, ela era talvez a pessoa mais estável entre os amigos.
- Como assim Liz-senpai?
- Sabe por que eu terminei com o Alex?
Daniel e Joe fizeram uma cara chocada, não sabiam do caso deles, o ruivo tinha uma leve ideia mais nunca tinha tido uma confirmação, já o asiático foi pego de surpresa.
- Eu terminei com ele...por que ele disse que me amava... mais eu não conseguia dizer de volta, eu não nasci pra estar num relacionamento.
- Liz-senpai....
- Eu quebrei o coração do Alex...e continuei transando com ele porque achava que ele não ligava... só fiz mais mal pra ele ainda... E agora eu me apaixonei pelo Arthur...e o Alex também.... irônico não é?...eu tive meu coração arrancado por quem eu tratei feito lixo... sendo que a única coisa que o Alex sempre quis foi alguém pra amar.
O silêncio na sala se fez presente novamente e ele era terrível, todos ali se analisavam e percebiam suas falhas no momento e isso os deixava inseguros.
- O Arthur fez a escolha certa ficando com o Alex...
- Como pode dizer isso tão tranquila Liz?
- Simples Thiago...eu já transei com todos vocês e com o Alex...em relação ao sexo ele não tá perdendo nada, agora emocionalmente falando...o Alex e a melhor opção, ele está disposto a dar o mundo pra quem ele gosta....
- Nossa Liz, como você é amarga...
- Daniel eu só estou sendo sincera, Arthur e Alex são um casal muito ligado emocionalmente, não é só sexo.
- Infelizmente eu concordo com ela, eu já vi eles brigando, já vi eles fazendo as pazes, já vi eles sendo fofos e safados um com o outro, eles estão muito ligados emocionante pra se separarem, acho que a única opção que nos temos se realmente quisermos separar esses dois....e fazendo um deles se aproximar pro outra pessoa...
- O Alex se apaixonou por mim sem eu fazer nada, acho que consigo fazer ele gostar de mim outra vez...
- Daniel com todo respeito...meu irmão e burro e sentimental as vezes... mais ele também é muito MUITO rancoroso o mínimo que você pode fazer pra tentar algo...e pedir desculpas pra ele.
- Não se preocupa, eu já planejo fazer isso...
O conselho se olhava bastante abalado, eles tinham percebido algumas coisas e para alguns essa era a primeira vez que não conseguiam o que tanto queriam, Liz estava ainda mais triste, e Joe notou que ela não parecia muito no seu normal, se aproximando e olhando dentro da garrafinha colorida de forma discreta o asiático fez uma caretinha engraçada.
- Isso aí não é água né Liz-senpai?
- Não é não.... é whisky....
- MEU WHISKY!
- Calma Daniel e só um pouquinho.
- Não é atoa que tem acabado rápido! Porra Elizabeth!!!
Uma discussão meio idiota começou e parecia que tudo estava certo novamente, era engraçado que mesmo que todo mundo ali já tivesse ido pra cama em algum momento eles ainda se viam como família.
- Mano eu faço drinks direto pra vocês não precisam pegar sem pedir.
- Falando em Drinks... que porra você colocou nos que você deu pro seu Brulio? Mano você desmaiou um elefante.
- Ele tomou três de uma vez!! Três Thiago!!! Ninguém iria resistir...
- O Brulio-oji-san e bem bonito....
- Se eu não tivesse amor pela minha vida até arriscava viu...
- Nossa Liz...
- Cesar eu só não tentei algo com seu pai porque ele me dá medo, se eu tentar algo com esses dois senhores eu vou ser empalada!
- Aí.. aí... Eu imaginei meu pai transando mds que coisa horrível! Liz por que você falou isso??
- Será que todo Cevero é bonito assim mesmo? Genética boa né rapaziada...
- Arthur e muito gostoso, e o pai dele literalmente é uma montanha musculosa, isso que é ganhar na lotérica genética...tô com um pouco de inveja...
- Lotérica genética? Daniel você é ruivo!
- E magro...
O riso dos amigos se fez presente novamente, era bom estar com pessoas que se importavam realmente com você.
- Falando nisso nos vamos mesmo ignorar o fato de que a Liz-senpai deve ter um ranking de melhor pra pior no sexo entre nós?
- Eita...
Liz se fez de desentendida e tentou sair da sala meio rindo enquanto os meninos chamavam por ela também rindo, pelo menos por agora, Arthur e Alex continuariam juntos, até porque a segurança do gaúcho era a prioridade no momento.
Enquanto os outros membros discutiam no andar dos quartos o HB20 azuj de Chris estava se mexendo nas docas, vidros embasados e gemidos soltos pelo ar, um casal estava arriscando bastante levar a bronca da vida deles.
- Seu pai vai matar a gente...
- Você não pode ir dormir lá em casa por um tempo, eu tenho que me virar com que a gente tem...
Arthur no colo do namorado rebolava sentindo a ereção dele endurecer cada vez mais, as marcas no pescoço do mais novo eram bem visíveis e Arthur tinha um certo orgulho delas.
Os gemidos pelo ar eram amplificador por estarem dentro no carro, Arthur sentiu a cintura ser segurada com força e ser deitado no banco com um pouco de dificuldade, Alex atacou seu lábios com violência enquanto o gaúcho abria a sua calça e a dele.
Agora virado de barriga pra baixo e com o namorado roçando entre as duas pernas era impossível não se sentir num filme pornô, estava com muita pena do carro do sogro, mais ainda não o suficiente para parar.
- Mete logo...
- Tá com apressado hoje...
- Não é iss-ah!
A mordida no pescoço foi gostosa, fez seu sistema dar uma pequena pane e o pau gotejar, sentiu Alex abaixando sua calça e prendeu a respiração.
- Foi você que pediu...
Puxou todo ar que conseguiu com a boca, os olhos reviraram e a dor lhe rasgando em dois, segurou o banco com todas as suas forças, o carro balançando junto com as estocadas e o medo de ser pego pelo sogro, estava se divertindo muito!
Arthur conseguiu com um pouco de dificuldade se erguer um pouco e se segurar no vidro todo embaçado, Alex colocou a sua sobre a dele e aumentou a velocidade fazendo o gaúcho gritar desesperado.
- CARALHO!
O mais novo deu uma risada maldosa no seu ouvido enquanto saia por completo e entrava tão forte quanto conseguia.
Arthur explodiu, o golpe na próstata o destruiu qualquer dignidade que ele poderia ter o fazendo gemer manhoso e chamar o nome do namorado enquanto gozava.
- Acho que a gente sujou o banco....
Alex meteu mais um pouquinho e gozou também colocando a mão no rosto e lambendo os beiços, viu o gaúcho largado no banco e o ajudou a se levantar.
- Nossa mais eu vou levar uma puta bronca...
Já do lado de fora do carro os rapazes faziam de tudo para não parecerem roupas que tinham saído de uma máquina de lavar, Alex limpava o banco do carro o melhor que podia, e diga-se de passagem, não tinha ficado nada bom, o carro agora tinha mais uma mancha para a coleção.
Os dois se olharam, riram deram as mãos e andaram de volta para dentro enquanto conversavam animadamente, era muito bom estar um com o outro.
Minutos antes Christopher andava carregando uma caixa de papelão para jogar no lixo, passou o portão e viu seu carro balançando num ritmo que ele conhecia muito bem, sentiu o estômago dar cambalhotas e saiu correndo quando viu a mão do genro no vidro.
Brulio estava com a pior ressaca da sua vida, mais não era uma ressaca de álcool, mais sim uma moral! Lembrava vagamente das coisas que tinha feito e falado e queria muito se enterrar num buraco, viu Chris vindo meio tonto e meio correndo com uma cara péssima e quis virar fumaça ou se esconder.
O os olhos se encontraram e o gaúcho nunca quis tanto fugir na vida sentiu as bochechas esquentarem e perdeu qualquer coordenação motora que um dia pudesse ter tido.
- Não vai na doca...
- Que????
- Nossos filhos estão usando meu carro de hotel outra vez...
Brulio fez careta e entendeu o desespero do americano e mudou seu caminho novamente, sentiu os olhos escuros do gringo o seguirem e começou a suar bastante.
- Vai fugir mesmo?
Brulio travou no lugar, estava sendo irracional tinha que assumir as bostas que tinha feito e tomar vergonha na cara.
- Desculpa por ontem...
E saiu andando, Christopher virou a cabeça e abriu um sorriso tão maldoso que era possível ver o veneno pingando enquanto falava.
- Dormiu bem?
Chega! CHEGA! tem um momento na vida que você tem que encarar seus medos e esse momento chegou para Brulio, o americano percebeu na hora o que iria acontecer e seu lindo sorriso só aumentou, iria se divertir muito!
O soco veio com bastante raiva e muita agressividade, os olhos do americano brilharam com a demostração de violência seria mais incrível ainda ver o gaúcho derrotado na cama.
Brulio é forte e rápido mesmo com aquele tamanho todo, porém Chris não é nada fraco e muito menos despreparado, desviou fácil da chuva de socos e investidas e levou alguns também, Brulio soltava fogo pelos olhos e tinha as veias saltadas, o americano ainda sorria muito maldoso.
- Para de se mexer! Covarde!
Novamente o sorriso do gringo cresceu, nossa iria quebrar totalmente o espírito do gaúcho e colocar ele no seu devido lugar, que era na sua cama amarrado e gemendo.
Chris viu uma abertura depois de levar um soco na costela, usou o braço mecânico e segurou o braço do mais alto, como esperado nessa situação o gaúcho se preparou para dar um soco com a mão livre abrindo mais ainda sua guarda, e Chris aproveitou dando uma joelhada no estômago fazendo o mais alto desarmar o soco e se curvar.
- Filho da puta.
- Muito fofo você, mais não temos tempo pra flertar agora.
O soco do gringo era pesado e poderoso, sentiu o cérebro balançar na cabeça e ficar tonto, sentiu o braço ser liberado mais acabou cambaleando pra trás se encostando na parede.
Medo, muito medo, estava apavorado, a prótese segurando seu pescoço e a mão normal prendendo seus pulsos com vontade, aquele sorriso lindo na sua direção, o ar não passava para os pulmões começava a ficar com um pouco de dor de cabeça, estava quase desmaiando quando foi liberado e caiu de joelhos puxando o ar.
- Mais calmo agora?
Tinha feito um bom estrago no americano, via o lábio sangrando e sabia que onde acertou os socos marcas roxas ficariam presentes, mas o gringo não parecia ligar.
Estendendo a mão para o companheiro o amputado soltou um suspiro de reprovação quando o gaúcho deu um tapa na sua mão a afastado tentando levantar sozinho.
- Se é assim que você quer brincar...
Nunca imaginou que seria erguido pela gola, e Chris ainda era mais baixo do que ele, porém estar com os pés suspensos no ar e o americano sorrindo pra ele daquele jeito era algo muito interessante.
- Vamos deixar algo claro Brulio...eu gosto de você e gosto muito do Arthur, mas eu não sou tão bonzinho quanto você pensa, eu não vou aceitar seus socos calados muito menos ficar quieto enquanto você tenta esconder sua atração por mim atrás de violência.
Chris colocou o gaúcho no chão novamente, Brulio queria muito sumir, tudo isso tinha acontecido porque não sabia lidar com a atração que estava sentindo.
- E-eu...
- Calado... não terminei.
Brulio mordeu a língua, novamente estava assustado.
- Você é uma gracinha, tenho vontade de fazer muitas coisas com você...
- C-coisas???
- Não me lembro de ter te dado permissão pra falar.
O puxão no cabelo ardeu de forma bastante gostosa, não sabia exatamente o que seu corpo estava querendo dizer com aquilo.
- Mais você não está pronto....nem um pouquinho....
Soltando o cabelo do gaúcho e fazendo um carinho na cabeça enquanto colocava uma mecha do cabelo atrás da orelha do mesmo, observando o maxilar meio roxo por causa do soco, encostou a mão e Brulio deu uma tremida por causa da dor.
- Tá doendo?
Silêncio.
- Você pode falar agora.
- Sua mão e pesada...
Chris rui pelo nariz, analisando bem aonde tinha machucado o amigo, podia dar um jeito nisso bem fácil.
- Vem comigo...
E saiu andando pelo corredor sendo seguido de forma meio desconfiada pelo gaúcho.
Entraram em um quarto mais ao fundo, o americano guiou o motoqueiro até a cama e puxou as coisas que iria precisar de dentro da cômoda do lado da cama.
- Tira a camisa...
A alma de Brulio saiu pela boca e sua expressão era de total desespero, Chris se segurou muito para não rolar de rir mais talvez sua frase tenha saído estranha.
- Eu preciso cuidar da parte que eu machuquei.
- Posso só erguer a camisa?
- Se você se sente melhor assim, claro...
Parecia uma barra de chocolate, minha nossa que corpo do caralho, entendeu na hora a genética boa de Arthur, queria muito ficar ali admirando o Six pack do gaúcho mais não tinha muito tempo.
O contato que a pomada fazia na sua pele era bem gelado, a área do estômago ainda dói um pouco mais não tanto.
- Isso vai te ajudar um pouco com a dor.
O americano pegou umas gases e começou a envolver o gaúcho todo, Brulio prendeu a respiração e evitava olhar pra baixo, sentia as mãos suando e não conseguia manter o foco, o gringo estava muito perto.
- Você tem um corpo bonito...
O gaúcho tentava muito não fazer nenhum movimento brusco, conseguia sentir o perfume do americano, o calor da sua mão e o gelado da sua prótese mecânica, estava entrando em total desespero tinha que responder, fazer alguma coisa! Falar alguma coisa!
- Eu ajudava com as vacas numa fazenda...
Incrível... Minha nossa que vontade de se enfiar na terra e não sair até o sol se apagar.
- Arthur falou! Seu menino e de ouro.
Brulio estava tão vermelho! agradeceu muito o americano estar concentrado no curativo e não olhando para o seu rosto.
- Os seus também...
- Consigo ver de onde ele puxou a boa genética...
Curativo da barriga terminando, os olhos se encontraram e o motoqueiro quase desmaiou com a intensidade que os olhos o encaravam, sentiu uma pontada no meio das pernas e se sentiu miserável, era só um olhar...como podia o afetar tanto?
- Ainda bem que você e forte, eu não iria me perder se tivesse deixado cicatriz.
Com muito cuidado Chris passava um algodão com álcool no pequeno corte que seu soco tinha deixado vendo o gaúcho fazer uma caretinha e sofrer em silêncio.
- Acho que isso resolve...
Colocou um curativo no cortezinho e se levantou tirando a camisa e o motoqueiro teve o maior gay panic que qualquer ser humano poderia ter, porém internamente, já que o gaúcho simplesmente travou.
Chris começou a analisar o estrago no seu corpo e não percebeu que o amigo tinha virado uma estátua sentado na cama o olhando por traz.
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Striptease
FanfictionArthur se muda pra São Paulo afim de realizar seu sonho de ser um grande músico, mas as coisas não saem como planejado e ele logo se vê endividado o fazendo tocar na rua para conseguir alguns trocados, uma noite quando voltava pra casa e abordado po...