Cigarro

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Alex secava as lágrimas do Irmão mais velho com bastante pesar, odiava ver seu irmão triste doía mais do que qualquer golpe que pudesse receber.

- Eu sinto muito Alex...eu sinto muito...

- Você não é culpado pelos meu psicólogico fudido Cesar.

- Eu só queria poder cuidar de você, não deixar você ficar triste.

- Eu fico triste se você está triste por favor para de chorar!

- Eu não consigo.

Apertando mais ainda o irmão dentro de um abraço conseguia sentir as lágrimas dele descendo sem controle, o cabelo macio e cheiroso sempre lindo e arrumado exatamente como sempre se lembrava.

- Obrigado por ter me visto aquele dia... eu acho que nunca disse isso...

- O que?

- Se você não tivesse se aproximado de mim aquele dia, se você não tivesse me enxergado no meio daquelas crianças no orfanato, eu nunca teria sentido o que e ser amado de verdade.

- Alex....

- Eu te amo muito meu irmão...mais na verdade eu não te vejo só como meu irmão.

- Como assim?

- Quando eu olho pra você eu me sinto seguro, o seu colo é o melhor lugar do mundo, e mesmo você cozinhando mal e sendo bagunceiro, você era tudo que eu queria alcançar, eu queria que você tivesse orgulho de mim, porque na minha cabeça bizarra...você é minha mãe.

Cesar olhou com os olhos dilatados para o irmãozinho, claro que ninguém iria notar por causa dos olhos escuros mas estava muito impressionado de fato.

- Você me via como sua mãe? Por que?

- Você contava histórias pra eu dormir, me dava beijinho de boa noite, me ensinava coisas legais, cantava pra mim, sempre estava do meu lado, quando eu ficava com medo depois de assistir um filme de terror você deixava eu dormir com você....e...

- O pai também fazia tudo isso...

- Mas o pai e o pai....com aquele jeito bruto bobão dele, mas você sempre me tratou com delicadeza, na minha cabeça você era uma mãe.

- Aí Alex...você e tão inocente e bobo as vezes que eu esqueço que você é um homem adulto e não o garotinho que eu pegava no colo.

- Eu nunca vou ser grande o suficiente pra sair do seu colo Irmão.

Cesar sorriu vendo Alex se aconchegar nele e o calor da pele de Alex era sempre tão reconfortante quanto uma xícara de café em um dia frio.

- Eu ainda não acredito na audácia daquela mulher....

- A Elisse tem problema, ela... precisa de ajuda...

- Que procure ajuda longe de você, longe de nós!

- Eu nunca entendi o ódio dela por mim...eu não pedi pra nascer...

- Mas você nasceu, e é a luz da minha vida, e o amorzinho do papai, ela pode não ter amado você, mais eu e o pai vamos te amar sempre infinitamente mais do que qualquer outra pessoa nesse universo inteirinho.

Isso, perfeito, nada importava mais do que o sorriso de Alex nesse mundo decrépito e cometeria todas as atrocidades e crimes, mentiria e destruiria se fosse nescessário para que aquele sorriso continuasse no rosto do seu irmão.

- Cesar...se eu te contar uma coisa...você promete não surtar?

- Depende....

Alex respirou fundo e já preparou os olhos pidões fazendo Cesar juntar as sobrancelhas bem confuso.

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