Quem atendeu foi uma moça que automaticamente o identificou como "senhor Veríssimo" Arthur demorou um pouco para explicar o que queria, e algo nessa ligação o deixava inquieto, a moça lhe deu um endereço após responder uma série de perguntas, anotou sem muita cerimônia o horário que deveria aparecer na tal boate no dia seguinte e simplesmente levou o resto do seu dia o mais normal que conseguiu, inclusive ligou pra Brulio pra falar da entrevista, ambos se falaram por mais de três horas naquela tarde.
O lugar era estranho, ainda ventava um pouco o que passava a impressão de que estar ali era mal sinal, a porta lateral de uma boate normal, parecia qualquer outra "casa das primas" daquela região, a diferença era que tinha uma rapa de acesso e um pequeno elevador que era visível pela porta preta, não sabia quantos minutos haviam se passado desde que começou a encarar aquela entrada, a guitarra nas costas parecia mais pesada, talvez por causa do ar frio que entrava em seus pulmões, não tinha certeza se queria entrar ali, estava em dilema até ouvir uma voz familiar.
- Opa meu querido, chegou na hora.
A mulher que havia lhe dado o cartão vestida com roupas bastante simples e sem nenhuma maquiagem sorria bonito pra ele novamente, em sua mão ela carregava sacolas com várias marmitas um refrigerante grande e algumas garrafas d'água, assim ela nem parecia aquela mulher intimidadora de dois dias atrás.
- Vamo subir....?
- Arthur...meu nome é Arthur.
- Vamo subir Arthur.
O sorriso dela era bastante agradável no final das contas, o silêncio no elevador era um pouco desconfortável mas já não tinha tanto medo da moça assim.O elevador abriu e Liz segurou a porta com o pé para que Arthur saísse primeiro, indicando pra ele uma única porta no fim do corredor e uma escada que parecia levar a vários outros pequenos quartos no andar de cima, o lugar era tão limpo que dava agonia, era diferente do que imaginou de um prostíbulo, acompanhou Liz até a porta e ouviu gritar enquanto entrava no grande salão com várias mesas e um grande palco com uma caixa de vidro onde provavelmente o DJ ficava, o ambiente era bem escuro mesmo sendo quase uma da tarde, as mesas nas paredes tinham poltronas acolchoadas enquanto as mesas no meio cadeiras simples, um grande polidance se encontrava no canto mais a direita do palco que era bifurcado, provavelmente para dar lugar a duas performances ao mesmo tempo, também tinha um grande bar com bebidas de todos os lugares do mundo e super bem organizado ao lado esquerdo do palco, o ambiente realmente trazia um ar de proibido, mas seus pensamentos foram interrompidos quando novamente a mulher gritou.
- MENINOS EU CHEGUEI CARALHO, NINGUÉM QUE COMER NÃO?
E de uma porta atrás do palco Arthur pode ouvir uma grande comoção e de repente um estrondo e então a porta se abrindo e na direção dos dois um rapaz negro e bastante alto saiu com a mão no nariz claramente segurando um sangramento, atrás dele um outro rapaz asiático com uma grande cicatriz na bochecha trazia em uma cadeira de rodas um moço ruivo com uma grande barba e lindos olhos verdes que parecia claramente irritado.
- QUANTAS VEZES EU VOU TER QUE DIZER??? NÃO É NÃO CARA!
- Eu não vou desistir, eu ainda te deu o beijo da sua vida Daniel.
- Alex-senpai eu acho melhor você ficar longe do meu irmão por enquanto, ou o próximo soco vai ser meu.
- Foi mal Joui, pega lá um papel pra eu limpar meu nariz.
Liz olhava com uma cara meio brava, talvez um pouco enciumada, mais nada muito sério, olhou novamente pro trio e viu o rapaz asiático dando o papel pro negro alto, o mesmo olhou pra traz lhe encarando com um sorriso tímido, os olhos dele eram de um vermelho terroso, sentiu um arrepio na espinha, não gostava de vermelho, o cadeirante veio na direção dos dois.
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Striptease
FanficArthur se muda pra São Paulo afim de realizar seu sonho de ser um grande músico, mas as coisas não saem como planejado e ele logo se vê endividado o fazendo tocar na rua para conseguir alguns trocados, uma noite quando voltava pra casa e abordado po...