Amigos

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No outro dia Joui pediu uma reunião com todos os membros, era domingo então trabalhavam menos naquele dia, o círculo formado perto do palco mostrava um Cesar totalmente indiferente a sua pessoa, um Arthur confuso e apreensivo, uma Liz sem entender nada, Chris com sono, Alex com mais sono ainda, Thiago não se importando com nada, e um Daniel muito, muito bravo e até desapontado, as mãos suavam e a culpa lhe consumia, o Oliveira Cohen olhava sério pra ele um pouco a frente do gaúcho como se quisesse o proteger de alguma coisa.

- Ontem a noite eu fiz uma coisa muito errada, e eu quero pedir desculpas.

- Como assim Joui?

O bocejo de Alex ecoava na frase ele tinha passado a madrugada com um grupo de clientes, era visível ver mesmo que na pele escura algumas marcas e hematomas, o lábio tinha um pequeno corte e os pulsos estavam bastante marcados, até Thiago não conseguia entender o porquê de justo o mais novo do grupo ser o que era espancado como fetiche, Daniel também estava observando os machucados do negro e querendo ou não, todos ali estavam se perguntando se ele não estava sentindo dor.

- Ontem a noite....eu tentei matar o Arthur-san.....

Silêncio.

- Mah que caralho de novo Joui!!!! Rapaz você tem que parar de tentar matar as pessoas, qual seu problema meu!???

Arthur estranhou a alegações de Thiago, então não era a primeira vez que ele tentava matar alguém??? E ele tinha conseguido da outra vez???

- Arthur, se você quiser fazer o boletim de ocorrência eu vou com você, o Joui e minha responsabilidade eu devia ter feito alguma coisa.

Daniel falava com pesar, dava pra ver que se culpava, mas Arthur já tinha perdoado, não precisava de tudo aquilo.

- Não precisa....ele já se desculpou e tamb-

O tapa ecoou por todo a ambiente, foi preciso alguns segundos pra todos se tocarem o que tinha acontecido ali, Jouu tinha os olhos marejados a marca da mão de Liz na mesma bochecha da cicatriz, Liz também tinha os olhos marejados, se preparava pra dar outro tapa quando Arthur entrou na frente do raposinha a fazendo parar onde estava.

- Liz tá tudo bem, eu já perdoei ele, tá tudo bem...

A moça segurava o choro com todas as suas forças, mordia o lábio e não deixava as lágrimas descerem, segurou Arthur pela gola e saiu arrastando ele para os quartos no andar de cima deixando os outros membros confusos e apreensivos no andar da boate.

Dentro de um dos maiores quartos da boate Arthur encarava bastante confuso a morena se ajeitando na cama com lágrimas nos olhos.

- Liz, o que está fazendo????

Não obteve resposta, a mesma estava muito ocupada arrumando um travesseiro ao seu lado fazia algo muito parecido com um forte, era com toda certeza algo bem infantil.

- Vem cá.

Batendo fofamente na cama a mulher parecia realmente uma criança frágil, Arthur encarava aquela cena e do fundo do coração a achou a pessoa mais adorável que já tinha visto.

Se aconchegou no forte de travesseiros e cobertas, era quentinho e muito confortável, sentiu um toque em sua nuca e se deixou levar, quando percebeu usava as coxas macias e grandes da dançarina como travesseiro, ela fazia um carinho gostoso em seu cabelo enquanto soluçava e chorava, as lágrimas se encontraram no rosto do gaúcho, que por algum motivo queria chorar também a dor da amiga era palpável, não conseguiu se segurar.

- Por que você tá chorando Arthur??

- Por que você tá chorando?

- O Joui colocou uma faca na tua garganta, por minha culpa você podia ter morrido.

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