Gonzalez se levantou feliz, e empolgado o resultado do exame deu negativo então por hora estava tranquilo, mais sabia que teria que fazer outra quando a criança nascesse, a notícia de que era uma menina o deixou meio balançado, sempre quis ser pai, ele e Dorotéia estavam planejando uma criança a alguns meses mais aparentemente não era pra ser mesmo, talvez ele precisasse encontrar um outro parceiro para ter seu filho.
Gonzalez não estava empolgado pelo exame dar negativo, estava empolgado porque quem deu a notícia foi Jhonny, e morria de saudades do latino maior.
Desceu as escadas ouvindo chris falar com alguém no escritório e decidiu entrar pra ver o que estava acontecendo.
- Sal, Sugar, Floquinho, Ice cream, chocolate e baunilha.
O senhor colocava lacinhos nos ratinhos para ser fácil de identificar, Gonzalez parou na porta e olhou o senhor com muito carinho, o idoso se virou abrindo um lindo sorriso e indo em direção ao seu menino.
- Bom dia Gon
- Bom dia tio Christopher
- Café tá pronto já, vamos comer?
- Sim senhor.
Arthur abriu o olho verde devagar e bocejou sentindo cheiro de café fresquinho, se levantou meio groge e caminhou preguiçoso pelo apartamento, na cozinha Brulio virava uma panqueca no ar cantarolando, fazia muito tempo que não via o pai feliz daquele jeito e tinha a teoria de que essa felicidade toda tinha nome.
- Bom dia papai.
- Bom dia filho.
Arthur se sentou na mesa e começou a mexer no celular, entrou na conversa de Alex e percebeu que o namorado tinha dormido em por cima do celular, riu sozinho.
- Pai...eu quero apresentar o Alex pra galera da guangue e pra Ivete.
Brulio pegou um pano de prato e secou a mão enquanto caminhava em direção ao filho na mesa, a preocupação era palpável.
- É algo bem complicado de se fazer, mas acho uma boa ideia
- O tio Gregório não tá falando com o senhor ainda?
Brulio suspirou pesadamente e jogou o cabelo pra trás balançando a cabeça negativamente e bastante triste, os olhos estavam cheios de lágrimas e estava bem óbvio o quanto aquilo machucava o líder.
- De um pouco de tempo pra ele pai
- Eu...eu não sei como tu aguentou tanto tempo com esse sentimento meu filho, eu sinto muito.
- Eu usei meu corpo pra esquecer da dor, me arrependo muito, eu devo ter rodado Carpazinha inteira e todas as cidades ao redor.
- Não sei se quero ouvir isso...
- O lado bom é que o seu Christopher gosta de você.
- Como assim Arthur?
- Quando eu me assumi pai, eu não tinha ninguém, só a mamãe, eu estava sozinho, eu só queria ter alguém do meu lado pra falar que ia ficar tudo bem, e que eu tinha um porto seguro.
- Eu sinto muito meu filho...
- É passado...o senhor tá aqui comigo agora e eu tenho alguém que me ama.
- Eu me sinto tão hipócrita...
- O Senhor estava confuso, eu fico feliz que tenha finalmente me aceitado, acho que nossas vidas seriam completamente diferentes hoje caso....
- Caso?
- Caso o Lúcio não tivesse me enganado...
- Como assim?
- Depois que a mãe e o Henrique morreram, eu te odiei tanto, pra mim você era a pior pessoa que existia, eu não queria ser associado ao senhor, eu tinha raiva do senhor, eu queria fugir pra bem longe e eu já tinha transado com toda cidade basicamente, aí eu fui dar uma volta na cidade do lado, entrei na primeira balada que eu vi, e o Lúcio tava lá, aos beijos com um cara, ele parecia tão livre e eu queria aquela liberdade.
- Arthur...
- Eu passei a ir naquela balada só pra ver ele, e ele me notou uma noite, ele achou que eu estava atrás de briga e veio pra cima de mim, sou forte e ganhei na porrada mais eu não queria brigar de verdade, nos fomos expulsos da balada e eu me ofereci pra ajudar ele, sem muita escolha ele aceitou, durante todo o percurso onde ele estava apoiado em mim, ele xingava o senhor, xingava os gaudérios, e eu achei aquilo o máximo, eu perguntei se eu podia ser um assombrado.
Brulio ficou totalmente travado no lugar, não conseguia acreditar nas palavras que saiam da boca do próprio filho, queria chorar e gritar de tanta raiva e tristeza.
- Por que?....
- Eu não queria mais ser seu filho naquela época, eu tinha 17 anos e não sabia lidar com luto nem com meus sentimentos, eu só queria fugir do senhor.
- Meu filho eu sinto muito...
- O senhor quer continuar ouvindo?
- Sim, eu preciso...
- Naquela noite o Lúcio riu da minha cara, mais quando viu que estava sério ele disse que ia falar com o Rodolfo, acho que foi aí que eles planejaram me matar, o Lúcio voltou e disse que sim, eu podia ser um assombrado mais só quando eu fizesse 18 anos, e era para eu manter segredo, e eu aceitei feliz, nos começamos a nós encontrar escondido e ele parecia tão...
- Tão?
- Ele parecia ter fé em mim, e eu me apaixonei, eu só queria alguém que me amasse, então nós começamos a ficar, fizemos planos pra depois da faculdade, iríamos criar uma clínica na cidade e viver felizes pelo resto das nossas vidas, eu planejava esquecer que um dia fui seu filho, já que eu te dava tanta vergonha...
- Tu nunca me envergonhou guri, eu que sou um idiota que não merece ter um filho com tu.
- Eu não sei o que fez o senhor despertar do seu preconceito, mas... quando eu tava quase apagando a ponto de morrer...eu fiquei feliz, eu achei que minha morte ia te deixar feliz, livre da vergonha de ter um filho invertido...
- Meu Deus Arthur...o que eu fiz contigo meu filho?
- quando eu abri os olhos e te vi segurando a minha mão, eu achei que tinha ido pro céu, porque o senhor tava do meu lado outra vez, eu só queria meu pai de volta.
- Meu filho...
Brulio levantou da cadeira quase caindo e foi em direção ao seu pequeno o envolvendo em um abraço carinhoso e cheio de carinho.
- Tá tudo bem pai, eu tô muito feliz de ter o senhor comigo, eu sei que o tio Gregório vai voltar a falar com o senhor.
Brulio deu um beijinho na testa do baixinho e fez uma nota mental de fazer uma lasanha bem gostosa e caprichada pra ele.
- O Lúcio é um merda...
- O que ele tem de bonito tem de manipulador, quando eu comecei a estudar eu percebi o quão tóxico era nosso relacionamento, e todos os meus relacionamentos depois dele eram...como posso dizer... péssimos...na faculdade eu me envolvi com tanta gente, mais não conseguia manter ninguém do meu lado, então aceitei a solidão e sexo casual, e aí eu cheguei em SP determinado e coloquei na minha cabeça que ia conseguir, e não consegui, aí veio a boate e de cara 3 homens lindos vieram dar em cima de mim, eu me senti tão foda, mas, logo eu percebi que novamente eu iria me meter em relacionamentos tóxicos, mais eu tava tão carente que só fui aceitando as coisas, hoje olhando meus primeiros dias na boate eu me acho um idiota, e vendo o Alex dentro das minhas memórias...era sempre ele o único...
- Como assim? Achei que tivesse dúvidas entre os 3 primeiros.
- O Alex sempre parecia genuíno quando falava comigo, não tentava me seduzir, ele só queria ficar perto de mim...sem segundas intenções e quando eu dancei com ele, o jeito que ele me tocava e como ele me olhava era... arrebatador, e ele é tão doce e fofo, mais aí aquele beijo, eu fiquei tão bravo achando que ele era igual a todo mundo, só querendo me comer, quando na verdade ele só queria ter certeza que eu sabia me defender, como eu poderia resistir aquele rosto lindo e sorriso perfeito, em um mês eu tava completamente apaixonado por ele, acho que antes disso até.
- Eu fico feliz que você tenha achado amor filho.
- Eu também estou feliz pelo senhor estar namorando pai, eu sempre quis que o senhor seguisse em frente depois da morte da mamãe.
- Só não imaginei que me apaixonaria por um cara...
- O seu Chris e muito bonito, o senhor tem bom gosto.
- Ele é meio doido... mais eu gosto dele...
- os senhores são fofos juntos.
- Ele é tão intenso com tudo, não sei lidar com as declarações dele nem com o tanto que ele me deixa sem graça.
- Que bonitinho
- Ele é totalmente diferente da sua mãe.
- E isso é bom ou ruim?
- A Amanda era dura e direta, e tu puxou o ciúmes dela inteirinho, o Chris também é ciumento, mais ele e bem passivo agressivo em relação a isso, sua mãe partia pra porrada.
- Sério?
- Quando a gente começou mesmo a namorar, se uma mulher me encarava tempo de mais ela já começava a brigar do nada, eu achava engraçado.
-.....
- Arthur?
- Me pareço mais com a mamãe do que imaginei.
- Tadinho do Alex.
Os dois Ceveros riram e tomaram café tranquilamente, e Arthur parecia muito mais leve de ter colocado tudo aquilo pra fora.
Alex se sentou no palco e abriu seu joguinho no celular, o som de todo mundo conversando era acolhedor, Samuel passou por ele e fez carinho na sua cabeça, Dante logo atrás se abaixou e lhe deu um beijinho na bochecha, Cesar lhe deu um abraço e Thiago lhe deu uma bala escondido, olhou ao redor e Daniel parecia entretido ensinando drinks pra Kennan, Bea e Erin, Mia apareceu carregando uma caixa de bebidas e Tristan as organizava de forma concentrada, Liz e Mari conversavam e Mariana parecia doente, ficou preocupado.
Joui e Gonzalez conversavam com Chris animados e só faltava o seu amor chegar pra tudo ficar bem.
- A-chan...
- Joui!
- O que você tá fazendo fofinho.
- Tô jogando tetris
- Tetris, aquele jogo de encaixar bloquinhos?
- Isso! O Sammy e o Cesar adoram também, eu não sou tão bom quanto eles mais eu me divirto jogando.
- Posso assistir.
- Claro que pode.
- Joui sentou no palco e encostou a cabeça no ombro de Alex assistindo ele jogar, o perfume dele era tão gostoso e ele era tão quentinho, conversar com ele era muito divertido, gostava muito de Alex queria cuidar dele pra sempre.
Cesar e Samuel ligaram o som e "slumber party - ashnikko feat Princess Nokia" começou a tocar.
Arthur chegou e tava tudo bem, foi dar oi pra pessoal pra não parecer antipático porque só queria agarrar Alex e ficar com ele o dia todo.
Joui viu Arthur chegar e sorriu maldoso, Arthur foi dando oi pra galera os olhos dos dois se encontraram e Arthur juntou as sobrancelhas encarando o asiático sem entender aquele sorriso lindo e meio bizarro na sua direção, até Joui começar a cantar junto da música.
- "I'm not shy, I'll say it
I've been picturing you naked
I'm a little faded
You look like a fuckin' paintin'
Big dough, ice, amazin'
She's everything I've been prayin'
My heart palpitation
She looks like the type to break it
Me and your girlfriend playin' dress up at my house
I gave your girlfriend cunnilingus on my couch
She cute, kawaii, hentai boobies, that excites me
I think she really likes me, asked politely, can I (woo-hoo)
(Ooh, woo-ooh, woo-ooh) slumber party"
A-chan~~~ você é tão fofinho~~~
Alex olhou pro amigo e sorriu doce como de costume, as aulas de inglês de Arthur começaram a fazer efeito e então o sentindo da música começou a deixar Arthur inquieto, Alex ainda sorria na direção de Joui quando o asiático deu outra olhadinha pra Arthur e colocou a mão no rosto de Alex e rápido como um raio deu um selinho nele.
O mundo parou, nada fazia sentido, seu corpo se movia sozinho, a raiva o deixou possuído e o ciúmes o tinha deixa cego.
- Jouiiiii!!!
- Eu não resisti, você é muito bonitinho.
Abraçou o negro com bastante carinho e Alex fazia uma carinha de inconformado tão grande que Joui precisou apertar aquelas bochechas, desceu do palco pra ir tirar uma com a cara de Arthur quando derrepente.
Os sentimentos voltaram e ele estava o puro ódio foi correndo na direção do asiático o derrubando no chão com violência, montou nele e ergueu o braço pronto pra dar o soco que provavelmente mataria o pobre asiático.
Todos ao redor pareciam só se tocar agora do perigo que o asiático estava correndo, Arthur parecia ligado no automático, em menos de três segundos todos começaram a correr em direção a Arthur, o pulso fechando no alto pronto pro soco acontecer.
- O que pensa que está fazendo Arthur?
Alex segurou o pulso do noivo que fazia força pra continuar o movimento, o gaúcho estava vermelho e parecia possuído.
- ME SOLTA ALEXANDER!
- Arthur...
- EU VOU QUEBRAR A SUA CARA JOUI!
- Ok, deu...
Alex puxou o namorado com toda sua força fazendo ele praticamente voar pra longe do amigo, pegou Arthur como se fosse um saco de batata e jogou no ombro levando um sequência de socos e ouvindo Arthur ameaçar Joui a cada passo que dava.
Todos se olharam assustados ninguém nunca tinha visto Arthur tão nervoso, Bea ajudou Joui a se levantar e o asiático parecia muito arrependido e assustado.
- Era só uma brincadeira...
- nunca vi o doutor tão puto.
No quarto Alex jogou o marido na cama ficando por cima dele o encarando com tanta intensidade que Arthur deu uma tremidinha na base.
- Mais calmo agora?
- O JOUI TI BEIJOU!
- eu sei, mais não foi nada sexual, você não viu que ele queria te provocar, era uma brincadeira Arthur!
- Ele ti beijou...ele ti beijou
- Arthur, calma
As lágrimas começaram a escorrer não conseguia controlar suas emoções, não suportaria ficar sem Alex e sentia que Joui podia facilmente tirar seu amado da sua vida.
- Não me deixa por favor!
- Arthur eu não vou te deixar!
- Alex...
Abraçou o namorado em desespero, não conseguia raciocinar direito, o perfume dele entrando nas suas narinas o deixava mais calmo, sentiu um carinho no rosto e o dedão de Alex secando uma lágrima que caia.
- Eu não vou te deixar...
Alex se deitou do lado do mais velho e o trouxe pra mais perto e Arthur grudou nele como cola ficando em silêncio por alguns segundos.
- O que aconteceu Arthur?
- Eu só... fiquei com medo...de você me deixar pelo Joui.
- Por que eu te deixaria pelo Joui?
- Ele é mais jovem, mais bonito, menos ciumento...
- Eu gosto do seu ciúmes, já falei isso, você é mais velho sim e a cada dia que passa você fica mais bonito, pra mim você é o homem mais bonito que existe.
- Eu tenho tanto medo de um dia tu acordar e pensar que cometeu um erro ficando comigo...
- Eu acho que o Problema sou eu então...
-.....que?
Alex olhou pra Arthur e estava sinceramente muito triste, enquanto isso Arthur entrava em Pânico achando que tinha magoado seu marido
- Se você se sente inseguro a culpa é minha...eu que não estou demonstrando o quanto eu te amo.
- Não! Não! Você é tudo que eu sempre quis, nem sonhando você não está mostrando o suficiente.
- Mais você ainda se sente inseguro, o que eu preciso fazer pra você entender que você é a pessoa que eu amo Arthur Cevero?
- Não é tu Alex...sou eu, eu sou muito inseguro.
- Quer conversar?
- Eu estava falando com meu pai hoje sobre o Lúcio...acho que eu não estava pronto pra lembrar das coisas que ele fazia comigo...
- Como assim Arthur? Ele fez alguma coisa com você? O que ele fez?
- Calma, não é isso que tu pensou...mas... Caralho...ele fudeu muito meu psicológico, eu era o brinquedo dele, ele me manipulou tanto e por tanto tempo que eu acreditava em cada mentira e ameaça...
- Ameaça?
- Ele sempre dizia:
"Ninguém além de mim vai ti amar Arthur, nem seu pai te ama, tu tá sozinho nesse mundo só tem eu pra ligar pra você"
Sendo um adolescente fragilizado, eu acreditava, ele me fazia acreditar que não era digno de amor ou carinho, e todas as vezes que ele me traiu... minha nossa...foram algumas das piores dores que eu já senti, e ele sempre jogava toda a culpa em mim, depois dele eu fiquei tão zuado, na faculdade eu tentava me relacionar mais eu ainda estava tão paranóico que muitos dos meus interesses amorosos me achavam controlador ou possessivo... mais...eu só não queria me machucar outra vez, então eu repita o comportamento do Lúcio... só percebi depois a merda que eu tava fazendo.
- Eu não te acho controlador ou possessivo, eu te acho carinhoso e amoroso, você me faz bem Arthur, ficar com você me faz feliz.
Alex fez carinho na cabeça do gaúcho e Arthur se agarrou mais no mais novo, estava se sentindo muito culpado.
- Me desculpa amor
- Não é pra mim que você tem que pedir desculpas.
- Eu...eu...
- Eu te ajudo a pedir desculpas pro Joui, e eu espero que você entenda que o Joui vai continuar fazendo essas coisas comigo, pelo menos até ele se resolver com...
Alex parou a frase no meio, era melhor ficar quieto por enquanto, se nem Joui estava se entendendo quem era ele pra falar alguma coisa.
No andar de baixo ainda tinha uma pequena comoção e Daniel dava uma bronca no irmão enquanto o resto do povo parecia tentar raciocinar o que tinha acontecido, Brulio e Chris conversavam sobre o comportamento do Cevero mais novo quando Mari se aproximou dos dois senhores.
A moça bonita estava levemente pálida e meio verde na realidade, Chris percebeu uma leve mudança de comportamento na sua pupilo mais achou que podia ser uma virose, mais ela já estava assim a quase uma semana.
- Dad... I'm not ok...
Chris virou no 220, Mari foi muito bem educada pelos pais biológicos, adorava eles, mais quando eles viajam pro exterior era muito mais fácil Mariana chamá-lo de pai pra não inventarem merda sobre a sua menina, então pra ela estar chamando ele de pai agora, era porque ela não estava nada bem.
- my child, what happened?
- I need to go to the doctor, you can go with me, I think I have dengue.
- Of course my princess
Chris pegou o celular e começou a marcar uma consulta de emergência, Brulio se aproximou da moça bonita e segurou a sua mão olhando as olheiras profundas e a palidez, fez um carinho na bochecha da moça e desejou que ela ficasse bem logo.
Arthur e Alex desceram e a cara de infelicidade do gaúcho era no mínimo engraçada, Alex foi puxado o noivo até Joui e o asiático e ele ficaram se encarando por uns bons minutos.
- Descu-
- Me descul-
Os dois deram uma risada e por alguns segundos parecia que a treta não tinha nem rolado, Alex sorriu um pouco involuntariamente.
- Você primeiro Arthur-san
- Me Desculpa Joui, não queria te assustar só perdi a cabeça.
- Eu que não devia ter te provocado...me desculpa...
Arthur sorriu e estendeu a mão para pra Joui apertar, os dois deram as mãos e parecia tudo bem quando Joui sentiu um puxão o fazendo se desequilibrar.
Arthur deu um selinho em Joui e encarou profundamente os olhos pequenos cor de amêndoa, Joui ficou vermelhinho e cobriu a boca com a mão ficando tímido de imediato.
- Todos os beijos do Alex são meus.
A cara de palmito velho que todo mundo tinha no momento era engraçada, Daniel conhecia aquela frase e Joui também, realmente, um casal como aquele era difícil de se encontrar.
Depois do drama o dia se seguiu normal.
- Mari você não tá legal
- Não acha melhor voltar pra casa?
Miguel e Kennan estavam preocupados com a namorada, ela parecia estar segurando as pontas muito bem mais também parecia que iria desmaiar a qualquer momento.
- Eu já pedi pro seu Chris me levar no médico.
- Ok então...
- Mais se você piorar é pra falar com a gente viu.
Mari sorriu e deu um beijinho na bochecha de cada um dos namorados, o perfume de Miguel com o pós barba de Kennan chegou no seu nariz e lhe deu uma terrível dor de cabeça, mais ainda sim continuou abraçada com eles.
Joui e olhava ao redor e seus pensamentos não eram a coisinha mais limpa do recinto, de longe não dava pra perceber mais ele encarava os peitos de Mia a um bom tempo, eles balançavam pra lá e pra cá enquanto ela colocava as bebidas no local correto e o decote de hoje estava caprichado.
No palco Bea ensaiava um pouco com "Beast - mia Martina" tocando no fundo, rodava no polidance com graça e elegância, mais seu foco todo estava no bar, especificamente em Mia e Daniel organizando as bebidas, o ruivo parecia estar se divertindo com a ruiva gostosa, em algum momento mia falou algo e Daniel deu um risada gostosa que terminou com um sorriso lindo e Bea quase caiu do polidance.
- Cuidado bonitinha, pode acabar se machucando assim.
- Elizabeth?
- O Daniel tá bancando o difícil é?
- oi? Que?
- o Daniel, você tá interessada nele né?
- Como?
- Conheço esse olhar perdido e apaixonado, o Daniel e realmente arrebatador, ainda me lembro da primeira vez que olhei dentro daqueles olhos verdes, parecia que todas as respostas do universo estavam ao meu alcance.
- Você...e ele??
A voz trêmula da moça sardenta indicava um leve nervoso e até ansiedade, Liz achou uma gracinha, o amor e lindo não é mesmo? Principalmente quando ele é inocente assim
- Eu já transei muito com o Daniel, mais não passou disso, sexo...e ele é muito bom nisso.
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Striptease
FanfictionArthur se muda pra São Paulo afim de realizar seu sonho de ser um grande músico, mas as coisas não saem como planejado e ele logo se vê endividado o fazendo tocar na rua para conseguir alguns trocados, uma noite quando voltava pra casa e abordado po...