No dia seguinte, na parte de trás do camarim Thiago, Daniel, Cesar e Alex apresentavam suas máscaras orgulhosos, uma das regras e que a máscara deve ser feita a mão pelo membro, mas existiam vários moldes e materiais disponíveis, assim como tintas e acessórios para personalizar os moldes, a intenção era deixar o objeto o mais próximo possível de como a pessoa se enxergava.
A máscara mais ridícula com toda certeza era de Chris, ela era em melhores termos, fofa de mais e ficava tão estranho no rosto do senhor que a palavra bizarro não era o suficiente para descrever, mas também combinava perfeitamente com o mesmo, realmente passava um ar de gentileza e carinho, e isso era basicamente tudo que o Cohen mais velho era...na maioria das vezes.
Alex tinha um óculos com Spikes que lembrava muito algum vilão de anime da década de 90, também combinava perfeitamente com ele, veio mostrar para Arthur super empolgado e saltitante, recebeu um elogio do gaúcho e pareceu ter ganhado na lotérica com um simples: "É muito legal Alex" o mais novo aproveitou a oportunidade pra chamar Arthur pra tomar um suco depois, Arthur aceitou o convite, voltando as máscaras, Daniel tinha a menor máscara, e essa lembrava muito a grande obra o Fantasma da ópera, bastante dramática de certa forma, a cara do dono.
Já tinha visto a máscara de Liz no ensaio e pela custura simples e a falta de detalhes de pra ver que ela realmente não tava ligando muito pra essa parte específica do trabalho, as de Joui e Thiago davam um pouco de medo por parecerem objetos tirados de um museu amaldiçoado, mas ambos ficavam lindos com elas, por último a mais assustada, a máscara de Cesar era uma clara declaração de que as pessoas ali não eram boas e talvez fosse esse o jeito dele colocar aquele sentimento pra fora.
- Gente não cabe todo mundo aqui dentro não, me deixa sozinho com o Arthur que eu ajudo ele a confeccionar a dele.
- Eu concordo com o Cesar, ele ajudou todo mundo a fazer a própria máscara é a tradição da ordem, Alex, Thiago vamos pra fora.
Alex saiu levando a cadeira de Daniel sem dificuldade mas um pouco apreensivo, olhou pra trás preocupado, Thiago encarava Cesar de forma estranha mas ao ouvir outro grito de Daniel para que deixasse os dois sozinhos acabou voltando pro salão principal, junto com Liz, Chris e Joui.
A variedade de moldes era enorme, não sabia qual escolher, queria algo mais simples, não gostava muito de chamar atenção, foi vendo cada molde com carinho enquanto Cesar usava o wi-fi para colocar uma música tocando para os colegas.
Ouviu a porta fazer "clik" mostrando que estava trancada agora.
- Relaxa, e só pra ninguém atrapalhar seu processo criativo.
Revirou os vários moldes, haviam máscaras completas, de pano, de plástico, de vidro, máscaras que se dividiam, algumas que cobriam só uma parte do rosto, era tanta variedade que ficou confuso, olhou pra Cesar pedindo socorro e recebeu um sorrisinho em troca enquanto o DJ se aproximava.
- Você pode trocar de máscara no futuro, se estiver muito difícil escolher hoje nós podemos fazer depois.
- Eu realmente quero fazer isso..... Tu tá até me ajudando.
O sorriso doce do motoqueiro em sua direção fez Cesar sentir um soco na cara, como um homem com aquela aparência podia ser tão doce e inocente? Será que não percebia o perigo que estava correndo sozinho ali com ele?
- Olha é só uma sugestão, mais que tal escolher alguma coisa que destaque seus olhos? Heterocromia é uma característica muito única e tenho certeza que os clientes iriam adorar observar esse traço seu.
Arthur pareceu ponderar e começou a procurar algumas máscaras com destaque na parte de cima do rosto, estava quase desistindo quando uma máscara totalmente branca sem boca, apenas com buraco nós olhos chamou sua atenção, ela tinha O queixo pontudo e provavelmente esconderia bem sua barba.
- Eu gostei dessa...
- Opa uma clássica, você tem bom gosto em...
A troca de sorrisos novamente fez Cesar questionar a ingenuidade do rapaz, talvez fosse por isso que Thiago estava tão interessado no gaúcho.
- Agora você tem que personalizar ela, tenho certeza que vai ficar melhor que a do meu pai nesse quesito, tem lantejoulas, glitter, tinta e Spikes, a pistola de cola quente demora um pouquinho pra aquecer se precisar.
O Abutre olhou o mar colorido de materiais e se sentiu novamente na aula de artes da terceira série, achava aquela máscara tão bonita, tinha medo de estragar, andou ao lado da mesinha e pegou um lápis começando a desenhar alguma linhas no buraco do olho onde o seu olho verde apareceria, fazendo alguns desenhos simples que preencheria com tinta.
Cesar ficou em silêncio na maioria do desenho a lápis, Arthur conseguiu entender que fosse pra ele se concentrar, mas tinha algo o incomodando um pouco, só não sabia dizer o que era.
Pequeno.... inocente.... frágil.... emocional... Essas eram as palavras que passavam na cabeça de Cesar enquanto observava o gaúcho, sua mente procurava brechas e possibilidades queria entender o que Thiago tanto queria ali.
Quieto de mais, estava ficando tenso, passava a tinha preta com o pincel delicadamente sobre a superfície da máscara, tinha que começar uma conversa ou morreria sufocado naquele silêncio.
- Cesar... O seu pai era amigo do pai do Thiago né? Vocês são amigos a muito tempo também?
Cesar respirou fundo indo em direção ao colega parando do seu lado e observando o trabalho com interesse agora.
- Desde que eu me conheço por gente, ele é mais velho também então posso dizer que ele me conhece desde quando eu era só um feto na barriga da minha mãe.
- Eu também tenho um amigo assim lá na minha cidade, o nome dele é Victor, sempre estávamos juntos, nossos pais queriam morrer quando a gente aprontava, mesmo ele sendo mais novo.
"Inocente, inocente, inocente... preciso quebrar" o cérebro de Cesar tinha entrado num Lupe estranho, agora conseguia ver algo interessante ali, talvez fosse hora de brincar com o novo brinquedo do melhor amigo.
- Ah você não fez ideia do cansaço que a gente dava nós nossos pais, nas babás e nos seguranças, o Alex nunca participou muito das nossas brincadeiras, ele era muito criança ainda, vivia grudado no meu pai, algumas vezes eu cheguei a pensar que eles eram a mesma pessoa, só que em corpos diferentes, sem contar que por ser muito criança era realmente melhor ele ficar com as outras crianças da idade dele mesmo ele sendo o único menino
- Eu é o Vic fazíamos tanta merda, a gente até se apagava dando mata leão, uma vez meu pai encontrou ele desmaiado no meu quarto, nunca levei uma bronca tão grande na minha vida.
Cesar riu com a historinha fofa, o riso era sincero e deixou Arthur mais leve enquanto pintava.
- O Thiago já me meteu em muita merda nessa vida, já me fez quebrar o joelho chutando uma porta, me fez beber gasolina, que por sinal tem um gosto horrível diga-se de passagem, já quase fomos presos por invadir um cemitério.
A última gota de tinta era passada pela máscara e o sorriso do mais novo iluminava o ambiente escuro de maneira que Cesar imaginou que o rapaz fosse um raio de sol perdido no mundo.
- Isso deve ter custado um excelente castigo pra vocês em...
- Eu nunca fiquei de castigo...
Arthur olhou pra trás confuso, já tinha pego castigos piores por coisas menores, será que Chris era tão coração mole assim?
- Ele sempre levava toda a culpa... sempre...
- Isso que é amigo
- Não exatamente... Ele sempre dizia que como era o mais velho, ele iria me proteger, cuidar de mim, e ele realmente fez isso, mesmo me metendo em altas roubadas.
Arthur tinha se levantado da cadeira e olhava Cesar, a máscara secava em cima da mesa então pra de distrair foi olhar as prateleiras com utensílios bem duvidosos de vestimenta enquanto o DJ continuava.
- Ele foi meu primeiro amigo, o primeiro a me dar bebida alcoólica, eu tinha doze anos na época ele tinha quinze, meu primeiro rolê de noite foi com ele também, meu primeiro arranhão no balanço, minha primeira festa do pijama foi na casa dele.
Arthur achou fofo a relação deles, quando chegasse em casa iria dar uma ligadinha pra Vic e jogar um papo fora, continuava ouvindo atento.
- Meu primeiro cigarro, foi pra ele que eu liguei quanto briguei a primeira vez com meu pai na adolescência, ele sempre deixava eu brincar com os brinquedos novos dele antes de todo mundo, isso depois virou até um karma pra outra pessoa..., e até na adolescência ele sempre era o primeiro rosto que eu procurava nós churrascos de fim de ano que a família dele dava.
A máscara secava lindamente, Arthur estava orgulhoso do seu trabalho, e sentia que aquela conversa o ligaria mais com Cesar, estava feliz.
- E mesmo assim ele sempre levava a culpa por mim, mesmo sendo meu primeiro em tudo, meu primeiro beijo num cara, minha primeira vez também...ele seeeeeempre me protegia, como se eu fosse feito de cristal, um anjo inocente que não podia ser tocado, sempre Full Hp.
Aquele frase saiu mais sombria do que poderia se imaginar, Arthur engoliu seco quando viu o mais velho se aproximar, o prensado contra a parede fazendo um kabedon, assim tão de perto o DJ parecia realmente um personagem de anime ou jogo, longos cabelos negros e olhos tão escuros que era impossível ver a pupila, ele tinha uma aparecida jovem mesmo com barba, a respiração dele era quente agora tão de perto e as palavras saiam com uma maldade que não parecia totalmente voltada pro gaúcho.
- Mas eu vou te contar um segredo.... Eu sou tão ruim quanto ele.
Achou que conseguia se livrar do mais alto facilmente, ele era muito magro certo, não devia ter tanta força, errado, Cesar com certeza era uma das pessoas mais fortes fisicamente que já tinha encontrado, os genes do Chris eram realmente bons.
- O-o que tu quer comigo Cesar?
Não obteve resposta, pelo menos não verbalmente, sentiu o mais velho se aproximar do seu pescoço e inalar seu perfume direto da pele, parecia querer reconhecer algum cheio.
- Você é muito fofo sabia disso? com toda essa pinta de badboy, jaqueta de couro e moto, quem passa na rua e te vê andando por aí deve achar que você é algum tipo de assassino, mais pra mim.... você e só muito, muito adorável.... já enfrentei coisa muito pior do que esse seu olhar intimidador, que vamos ser sinceros aqui... você sabe que não tá me afetando em nada.
Engoliu seco, se sentiu preso por um psicopata que o analisava cada movimento que fazia, agora entendi seus pacientes...bem pelo menos um pouco, queria negar mas estava bastante assustado.
- Eu não vou fazer nada que você não queira Arthur, nunca...
E simplesmente se afastou, mãos no bolso do suéter, olhava pra baixo vendo o Abutre confuso e perdido, se inclinou um pouco e deu um selinho singelo e sem realmente muita intensão ali, enquanto do outro lado Arthur tremia, a sensação era gostosa, estava bastante confuso, queria que algo acontecesse ou não? olhou pra cima e pode ver o moreno sorrindo em sua direção, um sorriso desafiador, queria mais daquele sorriso, queria mais daquele beijo.
A inércia do mais novo serviu como consentimento, dessa vez o beijo foi de verdade.
Se o beijo de Thiago era saboroso e envolvente, e o tinha o levado a lugares que não imaginaria, o beijo de Cesar era venenoso e podia ser comparado a uma droga porque o deixava fraco e com as pernas bambas e sempre que se separavam era ele que se inclinava pra pedir por mais, viciante era a palavra correta ali.
Sua camiseta do gus' estava no chão junto com a jaqueta de couro favorita, Cesar estava intacto, perfeito, nem parecia que tinha marcado todo o abdômen perfeito de Arthur com mordidas e arranhões, não mudava de expressão, soltava alguns gemidinhos aqui e ali no máximo, enquanto o gaúcho se controlava pra não gritar bem alto um "ME FODI LOGO!" Infelizmente pro gaúcho esses não eram os planos do dia.
Cesar aproveitou cada expressão cada gemido e respiração descompassada que o outro dava, apertou com força a bunda do colega de trabalho o fazendo gemer mais ainda, queria explorar o máximo possível daquele corpo perfeito na sua frente.
Se sentia patético! Não raciocinava direto a algum tempo, e isso que nem ao menos sinais de excitação o DJ mostrava, não conseguia entender o que estava acontecendo ali, mas seu corpo não parecia ligar os pontos, estava muito estimulado, sentia o pau sufocado na calça iria enlouquecer se não se aliviasse.
- Cesar...Cesar... Por favor, eu vou enlouquecer, faz alguma coisa.
Aquele sorriso maldoso era de tremer a base de qualquer um, assistiu o mais alto se distanciar alguns centímetros o deixando em total pânico, agora de joelhos o DJ abria o zíper da calça do novo amigo amarrando o cabelo com uma mecha do próprio se preparando.
Se segurou muito pra não gritar, a boca do mais velho subia e descia numa velocidade atordoante, olhos fechados se divertindo muito com o desespero do mais novo, não era muito bom em garganta profunda e realmente Arthur não era pequeno, mas estava adorando quebrar cada pedacinho de sanidade que o Abutre tinha.
O cabelo de Cesar era sedosos e macios, o rabo de cavalo improvisado era segurado com força incentivando ainda mais o DJ a continuar o trabalho, o motoqueiro se sentia no limite, suava frio e bombava na boca do amigo o máximo que conseguia.
Engoliu sem reclamar e com bastante gosto, Arthur se apoiava na parede tentando processar o que caralhos tinha acontecido ali, viu o mais alto de levantar com suas roupas na mão lambendo os beiços e o olhando divertido.
- Eu acho que sua máscara tá quase seca, e uma pena que não dá pra gente continuar.
Mãos no bolso, sorriso maldoso presente novamente o rabo de cavalo todo zuado, aquele homem era perigoso.
Cesar jogou um bom ar na sala e ficou quietinho enquanto Arthur se vestia morrendo de vergonha, tudo que passava na cabeça do DJ e que Arthur era muito fofo e que faria de tudo para destruir qualquer sanidade que o gaúcho tinha.
Arthur mostrava sua máscara orgulhoso, a última coisa que Cesar tinha falado na sala era "Se você contar pra alguém o que aconteceu..... não vai rolar outra vez... entendeu?" Só concordou não correria esse risco.
Thiago observava de longe, Cesar estava de rabo de cavalo, isso era mal sinal, quando o amigo olhou na sua direção mordeu o polegar ato que fez o mais velho arregalar os olhos e Alex que até agora estava meio alheio olhar prós dos balançando a cabeça negativamente, Thiago apontou pro teto e em segundos ambos subiam as escadas para os quartos particulares.
A cama do quarto era grande o suficiente pra caber até três pessoas sem problema, mas agora os dois homens se beijavam tão loucamente que mal cabiam nela, Thiago por cima mordia o lábio do melhor amigo com agressividade enquanto Cesar gemia manhoso de mais pro gosto do amigo.
- Você e louco Cesinha.
- Ele é uma gracinha, não acho justo só você querer brincar com ele.
- Seu maluco.
- Foi você que me fez ser assim Fritzz
O beijo voltou ainda mais agressivo, Thiago estava puto e iria mostrar que não tinha gostado nada de ter o brinquedo pego dessa vez.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Striptease
FanfictionArthur se muda pra São Paulo afim de realizar seu sonho de ser um grande músico, mas as coisas não saem como planejado e ele logo se vê endividado o fazendo tocar na rua para conseguir alguns trocados, uma noite quando voltava pra casa e abordado po...