Oito

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Akira ♟️

📍 Vila Madalena, São Paulo — 23h00.

Esse garoto é muito bestinha a ruiva feia socou MD no copo e o idiota tomou.

Ele tava me olhando mas tava viajando outro plano quase.

— Ela te drogou — falei encostando ele no banco da rua de trás do bar.

Atlas: Não me leva pra casa. — ele falou todo lerdo.

— Você é muito bestinha meu, toma água vai — abri a garrafa de água levando na boca dele — Tu mora onde?

Atlas: Onde eu moro? — ele bebeu água.

— Ela te deu MD puro meu, vai demorar pra melhorar, consegue vomitar? — olhei ele suando pra caralho.

Atlas: Não consigo. — ele mexeu a mão. — Isso da cadeia, sabia?

— Ela é branquinha cara não dá nada pra ela, toma água e não fecha o olho não — a respiração dele tava ofegante — Olha pra mim.

O LD ia me pagar filho da puta, virei babá de playboy.

Atlas: Branco pega cadeia de qualquer forma, eles não tem dinheiro pra pagar pra ela sair. — ele falou, passando a camisa no rosto. — A não ser que meu pai pague pra tirar ela, quero meu advogado.

Será que essa menina era filha do Denis? Ou era só por que janta a mãe dela? isso que é foda eu não sei pra onde eu tô indo nessa caralho de situação.

— Tira essa camisa vai — tirei o whisky da mão dele — você tem que esculachar aquela sonsa e aprender a ser ligeiro.

Atlas: Eu não sou assim Akira. — ele falou se embaralhando nas palavras. — Você não conhece meu pai.

Tirei a camisa vendo que ele não tinha nenhuma tatuagem corpo.

— Eu nem sei quem é seu pai, só sei quem é você um carinha que tá passando mal e que não tem nenhuma tatuagem — ri molhando a camisa dele passando na nuca dele — tem chiclete aí?

Ele pegou o chiclete no bolso da calça, me estendendo.

Abri todos os chicletes socando na boca dele.

— Você precisa de açúcar pra voltar — falei molhando a nuca dele.

Atlas: Obrigado, Akira. — ele era muito educado, até drogado.

Ele demorou umas 2h30 pra voltar definitivamente pro estado normal dele.

— Tá melhor ? — olhei pra ele com os olhos fechados.

Atlas: Estou. — ele passou a camisa branca no pescoço. — Obrigado mesmo Akira, pela ajuda.

— Você emagreceu uns 10 kilos fácil pelo tanto que você suou sério — ri prendendo meu cabelo, eu odiava cabelo solto.

Atlas: Então eu sumi. — ele deu risada, negando.

— Vai ter que comer ovo e frango de novo pra ganhar sua massa muscular — ri olhando o povo tudo muito louco.

Ele concordou, pegando o celular, mudando a expressão na hora.

— Tudo bem? — olhei pro rosto dele fechado.

Atlas: Vou pra casa. — ele sorriu pra mim. — Nos vemos mais vezes?

— Quem sabe né talvez a gente se esbarre pela selva de pedra conhecida como capital paulista, se cuida playboy — sorri pra ele subindo na moto ele ficou parado olhando minha moto comigo em cima, me fazendo rir.

Atlas: Soube desde que bati o olho em você, que não era daqui. — ele riu. — Playboy.

— Só por que não ando de Uber ou carrinho do papai né? — ri negando — pilota playboy? — olhei pra ele jogando a camisa no ombro.

Atlas: O carro não é do meu pai, é meu. — ele deu risada. — Estudo pra ser empresário desde os 5 anos e advocacia desde os 7. — ele cruzou os braços com ar de riso. — As gírias te entregaram.

— Desculpa senhor crânio, você prefere que eu fale com vossa senhoria como ? — solto um sorriso de canto de boca.

Atlas: Como nome de livro de geografia. — ele gargalhou, negando. — respondendo sua pergunta, não tenho carta de moto.

Dou risada ouvindo ele replicando minha frase.

— Atlas de geografia, eu nunca vou esquecer teu nome, eu era fera em geografia — vi uns dois garotos passar me olhando fazendo eu fechar a cara rápido — Tá bom eu não tenho de carro, mas dirijo — falei olhando os garotos passar.

Atlas: Eu fiz reforço em geografia até aprender. — ele sorriu amargo. — Nos vemos por aí, Akira. — ele virou sorriu pro manobrista que trouxe o carro dele.

Liguei a moto dando a volta vendo ele já dentro do carro.

— Juízo viu playboy — falei na janela do carro dele.

Ele deu risada negando e ligou o carro buzinando duas vezes, saindo fora.

Ligados Pelo Destino [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora