Akira ♟️
📍 Vila Madalena, São Paulo — 23h00.
Esse garoto é muito bestinha a ruiva feia socou MD no copo e o idiota tomou.
Ele tava me olhando mas tava viajando outro plano quase.
— Ela te drogou — falei encostando ele no banco da rua de trás do bar.
Atlas: Não me leva pra casa. — ele falou todo lerdo.
— Você é muito bestinha meu, toma água vai — abri a garrafa de água levando na boca dele — Tu mora onde?
Atlas: Onde eu moro? — ele bebeu água.
— Ela te deu MD puro meu, vai demorar pra melhorar, consegue vomitar? — olhei ele suando pra caralho.
Atlas: Não consigo. — ele mexeu a mão. — Isso da cadeia, sabia?
— Ela é branquinha cara não dá nada pra ela, toma água e não fecha o olho não — a respiração dele tava ofegante — Olha pra mim.
O LD ia me pagar filho da puta, virei babá de playboy.
Atlas: Branco pega cadeia de qualquer forma, eles não tem dinheiro pra pagar pra ela sair. — ele falou, passando a camisa no rosto. — A não ser que meu pai pague pra tirar ela, quero meu advogado.
Será que essa menina era filha do Denis? Ou era só por que janta a mãe dela? isso que é foda eu não sei pra onde eu tô indo nessa caralho de situação.
— Tira essa camisa vai — tirei o whisky da mão dele — você tem que esculachar aquela sonsa e aprender a ser ligeiro.
Atlas: Eu não sou assim Akira. — ele falou se embaralhando nas palavras. — Você não conhece meu pai.
Tirei a camisa vendo que ele não tinha nenhuma tatuagem corpo.
— Eu nem sei quem é seu pai, só sei quem é você um carinha que tá passando mal e que não tem nenhuma tatuagem — ri molhando a camisa dele passando na nuca dele — tem chiclete aí?
Ele pegou o chiclete no bolso da calça, me estendendo.
Abri todos os chicletes socando na boca dele.
— Você precisa de açúcar pra voltar — falei molhando a nuca dele.
Atlas: Obrigado, Akira. — ele era muito educado, até drogado.
Ele demorou umas 2h30 pra voltar definitivamente pro estado normal dele.
— Tá melhor ? — olhei pra ele com os olhos fechados.
Atlas: Estou. — ele passou a camisa branca no pescoço. — Obrigado mesmo Akira, pela ajuda.
— Você emagreceu uns 10 kilos fácil pelo tanto que você suou sério — ri prendendo meu cabelo, eu odiava cabelo solto.
Atlas: Então eu sumi. — ele deu risada, negando.
— Vai ter que comer ovo e frango de novo pra ganhar sua massa muscular — ri olhando o povo tudo muito louco.
Ele concordou, pegando o celular, mudando a expressão na hora.
— Tudo bem? — olhei pro rosto dele fechado.
Atlas: Vou pra casa. — ele sorriu pra mim. — Nos vemos mais vezes?
— Quem sabe né talvez a gente se esbarre pela selva de pedra conhecida como capital paulista, se cuida playboy — sorri pra ele subindo na moto ele ficou parado olhando minha moto comigo em cima, me fazendo rir.
Atlas: Soube desde que bati o olho em você, que não era daqui. — ele riu. — Playboy.
— Só por que não ando de Uber ou carrinho do papai né? — ri negando — pilota playboy? — olhei pra ele jogando a camisa no ombro.
Atlas: O carro não é do meu pai, é meu. — ele deu risada. — Estudo pra ser empresário desde os 5 anos e advocacia desde os 7. — ele cruzou os braços com ar de riso. — As gírias te entregaram.
— Desculpa senhor crânio, você prefere que eu fale com vossa senhoria como ? — solto um sorriso de canto de boca.
Atlas: Como nome de livro de geografia. — ele gargalhou, negando. — respondendo sua pergunta, não tenho carta de moto.
Dou risada ouvindo ele replicando minha frase.
— Atlas de geografia, eu nunca vou esquecer teu nome, eu era fera em geografia — vi uns dois garotos passar me olhando fazendo eu fechar a cara rápido — Tá bom eu não tenho de carro, mas dirijo — falei olhando os garotos passar.
Atlas: Eu fiz reforço em geografia até aprender. — ele sorriu amargo. — Nos vemos por aí, Akira. — ele virou sorriu pro manobrista que trouxe o carro dele.
Liguei a moto dando a volta vendo ele já dentro do carro.
— Juízo viu playboy — falei na janela do carro dele.
Ele deu risada negando e ligou o carro buzinando duas vezes, saindo fora.
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Ligados Pelo Destino [M]
Fanfiction+16 | São Paulo, Paraisópolis. O meu destino nunca foi traçado em nenhum aspecto, mal eu sabia que era traçado do aspecto mais maluco dessa vida, traçado pelo aspecto do amor, aquele que eu só conheci uma vez.