Seis

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Akira ♟️

📍 Vila Madalena, São Paulo. — 21h

Se tinha uma coisa que eu odiava era me maquiar, ser meiga e esconder minhas tatuagens.

Escondi algumas mas nem todas, alisei meu cabelo, passei essa porra de perfume doce e fui pro bar do burguês.

Olho o amontoado de gente e vários presentes ao lado da mesa, me ligando que o playboy estava ali.

Sentei no barzinho analisando todo o perímetro até que ele apareceu rindo igual um idiota.

Atlas: Só vai cantar parabéns quando o Benício chegar. — ele segurou a taça de vinho.

xxx: 22 dois anos em Atlas, nos envolvemos a 3 anos e nada do pedido de namoro. — a menina ruiva falou, com as mãos na cintura.

— Essas meninas gostam de passar vergonha, mas pelo menos me fazem rir — ri falando pra mim mesma mexendo a bebida de menininha, bagulho de gin.

xxx: Deixa o menino quieto, é aniversário dele Jadyane. — um outro falou. — Você já está com 27 anos nas costas, querendo o moleque.

Atlas: Vou pedir outro balde. — ele saiu rápido, negando com a cabeça.

Ele parou no balcão do meu lado.

— Você é o aniversariante da noite? — falei sem olhar pra ele.

Ele me olhou, depois de tirar o olhar do celular.

Atlas: Sou sim e você é? — ele perguntou, sem tirar o olhar do meu rosto.

Virei o olhar pro dele que tava parado no meu rosto.

— Akira, parabéns primeiramente né, vi teus amigos te parabenizando — bebi essa bebida ruim.

Atlas: Obrigado. — ele sorriu pra mim pedindo outro balde de bebida.

— Curta sua festa não sabia que era só de amigos, o bar não fechou — voltei a olhar pra frente sentindo ele olhar meu rosto.

Atlas: Não tenho muita gente. — ele falou passando a mão no cabelo. — não era necessário fechar o lugar, se quiser se juntar a nós.

Soltei um meio sorriso virando pra ele.

— Melhor não né? sua namorada não vai gostar — olhei pra ele, me fazendo de sonsa minha especialidade.

Ele me olhou balançando a cabeça.

Fácil como eu pensei ele não era, mas isso me fazia ficar empolgada.

Virei de frente pra ele ficando no campo de vista dele.

Uma coisinha que eu adorava era essa brincadeirinha de troca de olhar.

Ele voltou para os amigos vez ou outra olhava para cá, me chamando.

Ele me chamou uma dei um sorrisinho negando, ele me chamou duas fiz igual na terceira fui pra perto dele.

Atlas: Fica a vontade Akira. — ele sorriu pra mim.

— Obrigada aniversariante do dia, não se preocupe comigo, você sabe me dizer onde é o banheiro ? — falei perto do ouvido dele pelo barulho que tava e ele tocou no meu braço.

Atlas: Segue reto e vira à esquerda no corredor. — ele apontou.

Ele é fácil pra umas coisas e difícil pra outras, não vai ser facinho como achei.

Fui no banheiro rápido só pra respirar e mexer no celular.

LD ☠️
Teu filhinho não é facinho como pensei 😒

Voltei pra perto dele que tava com meu copo na mão.

Sinto o celular tocar e pego rápido vendo no visor.

" se vira, da teus pulos na feminilidade. "

Olho a ruiva a todo momento querendo grudar nele.

Chamei ele com a mão que fez sinal de esperar mas que logo veio.

— Pegou meu copo e não vai devolver? — olhei nos olhos dele pela primeira vez.

Atlas: Tá aqui. — ele me estendeu o copo rindo.

— Só por que é seu aniversário eu vou deixar passar — ri de volta pegando meu copo — A ruiva tá querendo seu corpinho né — intercalei o olhar, precisava saber se ele tava pegando nem que fosse no off.

Atlas: Ela está tentando a três anos. — ele riu sem graça. — Mas não gosto de pessoas iguais a ela, ja sou rodeado de gente igual. — ele negou. — Só querem dinheiro, se aproximar do meu pai e patrocínio e já peguei ela falando isso.

Neguei com a cabeça.

— Tem que se aproximar por você mesmo, se fosse feio tudo bem mas não é — ri vendo ele coçar a nuca — brincadeira, mas o mundo é interesseiro, já estou acostumada com isso, na hora que você mais precisa não tem ninguém — isso era uma verdade meu avô precisou e ninguém estendeu a mão.

Atlas: É isso mesmo. — ele passou a mão na cabeça. — Quando eu era menor e tinha que ler 5 livros com mais de 500 páginas e resumir todas elas, ninguém me ajudou. — ele riu com raiva. — Vou ver se o Benício vai vim mesmo, licença Akira e mais uma vez, fica a vontade. — ele saiu pegando o celular.

Ri vendo que a relação com a família não é tão boa mesmo, forçavam o playboyzinho a estudar, sorri vendo ele sair fui atrás como quem não quer nada.

Parei uns 5 passos distantes dele pegando meu celular, vendo que ele tava sendo um pouco sério na ligação que estava.

Ligados Pelo Destino [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora