Dezesseis

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Atlas Ferraz 🎓

📍 Alphaville, São Paulo.

A noite foi incrível, a Akira é uma pessoa boa de se ter companhia e pela primeira vez na vida fiquei até tarde na rua e sem camisa.

A experiência de experimentar algo novo, igual aquele lanche e o doce foi muito boa, inclusive já estou querendo comer mais vezes.

Passo a mão no meu cabelo em frente à porta de casa, sentindo grudar do doce.

O relógio marcava 02:30 da manhã entrei em casa lembrando da Akira discutindo com aquele cara.

Andreia: Posso saber onde você tava? — a luz do abajur da sala acendeu, minha mãe tava sentada de pijama.

— Eu sai mãe, fui comer. — olho ela de braços cruzados, com os cabelos loiros pintados todo pro alto.

Ela levantou acendendo todas as luzes da sala de uma vez.

Andreia: Cadê sua camisa? Isso são horas Atlas Ferraz — ela chegou perto do mim olhando meu cabelo — Isso é doce ?

— É mãe, doce de leite, muito gostoso, não sei como não experimentei antes. — olho a cara de raiva dela.

Andreia: Por que eu tive bom senso como uma mãe que se importa com seu filho de não deixar você ingerir isso — ela negou com o rosto vermelho — Estava com quem? boa companhia não era certamente, duas da manhã de uma segunda feira.

— Mãe foi só hoje... eu sou maior de idade. — cruzo os braços, segurando a camisa.

Andreia: Não interessa Atlas Ferraz se você tem tudo que tem, foi por uma boa educação da por mim, se é esse homem é por conta de mim, então você não vai estragar tudo que eu fiz até hoje por que quer aventuras, tá ouvindo — ela falou séria — Quer comer doce pois bem você vai comer doce.

— Não quero mãe, obrigado. — me viro para subir as escadas.

Ela sumiu da minha visão tão rápido que eu achei que ela tinha se teletransportado.

Subi pro meu quarto, tomei um banho quando sai do banho ela tava sentada na minha cama.

Andreia: Seu doce, come — ela falou séria.

Olho os quatro potes de doce de leite na minha cama e ela estendendo a colher.

— Não mãe, obrigado. — passo a toalha no cabelo.

Ela riu debochando abrindo os potes.

Andreia: Eu não te perguntei Atlas, eu te mandei comer — ela falou com uma colher cheia de doce — Para você não querer comer mais na rua.

Como o doce da colher que ela enfiou na minha boca.

— Esse é muito doce, já estou satisfeito mãe.

Andreia: Você vai comer Atlas não estou perguntando — ela falou grossa me encarando.

— eu já não tenho 9 anos. — nego com a cabeça.

Andreia: Eu continuo sendo sua mãe você pode ter a idade que for consegue entender isso, come garoto — ela gritou.

— eu não vou comer. — falo firme.

Ela riu se levantando da minha cama.

Andreia: Então se despede do seu amiguinho favelado, filho — ela estendeu o celular — Por sua falta de obediência ele vai ver o solzinho nascer quadrado — ela sorrio falso.

— Esquece ele, esquece que ele existe e eu como mãe. — pego o pote, com a colher dentro, dando uma colherada.

Andreia: Combinado meu lindo, agora come e aprende que você não deve se envolver com esse tipo de pessoa nunca mais — ela falou olhando eu comer o doce.

Respiro fundo enchendo a colher de doce de leite enfiando na boca pra acabar logo.

Olho no meu relógio do quarto serem quatro da manhã e eu só tinha terminado dois potes.

— Não aguento mais mãe.

Andreia: Claro que aguenta, se aguenta comer essas porcarias na rua — ela falou alto empurrando o outro pote.

Nego com a cabeça, como o terceiro e o quarto pote.

Olho pra porta vendo meu pai parado com a roupa de trabalho.

Denis: Tá louca Andréia, porra. — ele falou bravo. — Vai tomar banho e escovar os dentes atlas.

Andreia: Ele precisa aprender as coisas Denis — ela falou saindo do quarto brava.

Denis: Dando problema de saúde pra ele? — ele saíram do quarto gritando um com o outro.

Sinto o doce querer voltar e respiro fundo.

" se vomitar você vai lamber Atlas "

Tomo banho rápido da forma que deu, vestindo a roupa social, passo perfume e pego a chave do carro saindo de casa sem falar com ninguém, indo direto pro escritório.

Ligados Pelo Destino [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora