Dezenove

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Marjorie 💎

📍 Paraisópolis, São Paulo — 11:30.

O Benício me ligou desesperado falando que o amigo dele estava passando mal com a diabetes, passei na farmácia levando a insulina.

— Benício cheguei — chamei no portão dele.

Benício: Ele desmaiou tia margô. — Ele me olhou desesperado. — Vomitou e tudo, ele tá se engasgando.

Entrei rápido na casa dele vendo que era o Luan.

— Filho — falei rápido, deitando dele de lado no meu colo — Benício me ajuda .

Ele me olhou estranho, mas veio me ajudar.

Benício: O que a gente faz tia? — ele me olhou desesperado vendo ele engasgar.

— Põe esse líquido na agulha, rápido — vi ele começa a fazer rápido.

Ajeitei o rosto de lado no meu colo fazendo ele desengasgar.

— ME DÁ RÁPIDO — peguei a agulha aplicando na barriga dele rápido.

Benício: A mãe dele não vai deixar ele me ver mais. — ele falou desesperado. — Ele tá bem?

— EU SOU A MÃE DELE — falei alto, abanando ele observando a cor da boca começar a voltar.

Benício: Não brinca com essas coisas tia margô. — ele olhou pro Luan. — Tia ele tá convulsionando, melhor levar ele no postinho. — ele falou desesperado, falando no radinho.

Ele se tremia no meu colo com os olhos virando me causou um desespero tão grande.

— CHAMA ALGUÉM BENÍCIO RÁPIDO — gritei colocando um paninho na boca dele pra ele não morder a língua.

Ele saiu correndo da casa dele, voltando em uns 5 minutos depois.

Com a Akira e com o LD.

Akira: O que aconteceu com ele tia? — ela veio pra perto me fazendo segurar ele mais forte.

Benício : Tia o carro tá aí vamos logo — ele falou pegando o Luan no colo sozinho, o LD só ficou parado olhando a situação.

— FAZ ALGUMA COISA — falei saindo atrás.

LD: Abre a porta do carro Akira. — ele me olhou, pegando o Luan do colo do Benício.

Benício: Pega a insulina tia? — ele falou rápido.

A Akira abriu a porta rápido indo pra direção.

Akira: Tia entra — ela falou segurando o volante.

Entro no carro, vendo o Benício arrumando ele pelo outro lado.

O LD segurou ele no colo com o Benício do lado fazendo a Akira arrancar com o carro.

Milésimos de 5 minutos ela chegou na UPA que tinha aqui na favela, o LD apareceu com ele no colo fazendo ser atendido rapidamente.

— Eu faço a ficha dele só socorre meu filho — falei entre lágrimas.

Ele foi levado para sala, me fazendo sentar ali com a ficha já pronta.

Akira: O que aconteceu tia? Da pra ajudar em algo?

— Eu não sei kira, acho que a diabete dele desregulou, ele passou mal e convulsionou, mas pode voltar minha menina — sorri preocupada.

Akira: Da notícias tia. — ela sorriu fraco pra mim, saindo meio estranha.

Benício: Tia eu vou ficar tá — ele sentou do meu lado.

Assenti vendo o LD parar do meu lado.

LD: O que o moleque está fazendo aqui? — ele falou baixo.

— Eu não sei Leandro o Benício que me ligou dizendo que tinha um amigo passando mal e eu fui ajudar — falei seca.

LD: Melhorar ele tem que ir embora. — ele falou seco.

Enfermeira: Ele acordou chamando a mãe. — a enfermeira apareceu, desesperada. — mãe Marjorie..

O LD me olhou sério dei ombros indo atrás da enfermeira, vendo ele deitado na maca.

— Meu amor o que aconteceu — alisei o rosto dele que aparentava cansaço.

Atlas: Eu não gosto de hospital. — ele murmurou tímido.

Peguei na mão dele alisando com carinho.

— Mamãe tá aqui — ri falando, notando que ele não é mais uma criança — Desculpa você é um homem, mas eu estou aqui, sua diabete está descontrolada.

Atlas: A senhora já fez muito que a mãe que me criou. — ele sorriu fraco, olho pra porta, vendo o LD ali de braços cruzados, o Luan estava vejo sonolento. — Faz pouco tempo, mas já amo a senhora. — ele murmurou fechando o olho.

Sorri ouvindo ele dizer que me amava, fiquei alisando o cabelo dele com carinho vendo ele adormecer.

O olhar do LD ficava dividido no Leandro que eu amava e no que ele tinha se tornado.

Ligados Pelo Destino [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora