Marjorie 💎📍 Paraisópolis — São Paulo.
Foram 22 anos para eu encontrar meu filho, e estou a um passo para perde-lo.
O Denis e a Andreia mexiam com coisas grandes e meu maior receio hoje era eles terem colocado o Luan nisso.
Quando tudo aconteceu 22 anos atrás a Andreia me falou com todas as letras, que ela estava chamando as meninas de Paraisópolis e as mandavam para o Uruguai e Bélgica, mas que ela não sabia muito bem pois a parte dela era só selecionar as meninas, por que os homens pagavam tudo que fosse para ter uma mulher brasileira preta, quadril largo e seios medianos, só de pensar já me dá náusea.
Esse foi um dos motivos do Leandro pedir ao Denis sair do morro.
O Atlas havia tido parada cardíaca, o que me faz me desesperar absurdamente, o Leandro nem aqui estava, cada dia mais eu me decepcionava com ele, o Benício e a Akira não saíram daqui.
A enfermeira me disse que conseguiram normalizar o que me tranquilizou um pouco, mas eu queria vê-lo, toca-lo, e avisá-lo que pra aquela casa ele não volta nunca mais.
Médica: Pode ir vê-lo, mãezinha. — ela suspirou cansada.
Sorri preocupada seguindo-a para o quarto que ele estava, meu menino de branquinho estava com o peito todo roxo.
— Luan? — alisei o rosto dele com cuidado.
Atlas: Não toca em mim, eu não peguei o papel eu juro que não foi eu. — ele falou desesperado, se debatendo.
Senti meus olhos se encher de lágrima.
— Luan filho sou eu a Marjorie, se acalma, você não pegou nada — falei tentando acalma-lo.
Olho ele começar a ficar sem ar, coloco a máscara nele vendo ele se acalmar aos poucos, abrindo os olhos devagar.
— Sou eu meu amor, a sua mãe de verdade, tá me ouvindo aperta minha mão — falei pertinho do ouvido dele.
Sinto o aperto fraco na minha mão, momento algum ele soltando ela.
— Filho me ouve, você não volta pra aquela casa nunca mais, tá me ouvindo? — alisei a mão dele que tinha sido furada.
A respiração dele deu uma acelerada, dando certeza que ele estava ouvindo.
— Eu estou aqui e não vou sair daqui nenhum momento, nenhum momento, eu te amo filho e vou cuidar de você pra sempre — beijei a mão dele.
Atlas: e..eu te amo. — ele falou com dificuldade.
Sorri com as lágrimas descendo no meu rosto, ele me amava meu filho me amava.
— Eu e você pra sempre pra sempre — falei fungando com as lágrimas.
Ele apertou minha mão novamente e a médica entrou, me fazendo ver a insulina em sua mão.
Ela explicou que ele estava em choque de acordo com a situação que ele havia vivo, contamos que tinha sido um assalto, mas agora estava estável.
Ao passar das horas a falta de preocupação do Leandro me fazia ter ódio dele, cadê o Leandro que eu me apaixonei por ser carinhoso? Não existe mais, morreu quando se tornou chefe.
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Ligados Pelo Destino [M]
Fanfiction+16 | São Paulo, Paraisópolis. O meu destino nunca foi traçado em nenhum aspecto, mal eu sabia que era traçado do aspecto mais maluco dessa vida, traçado pelo aspecto do amor, aquele que eu só conheci uma vez.