Ligados Pelo Destino [M]

Dezessete

Marjorie 💎

📍Morumbi, São Paulo — 14h30.

Minha cabeça só pensava uma única coisa "Luan" era indescritível a sensação de saber que meu filho estava vivo.

Tenho dormido separada do Leandro, eu estava muito ferida ainda com a ideia dele saber que meu filho estava vivo e nunca ter compartilhado isso comigo, talvez eu nunca o perdoaria.

O Luan me mandou mensagem dizendo que tinha algumas informações novas do processo, o que me trouxe uma sensação de alegria em meio a tanta tristeza que eu sentia por essa mentira de tantos anos.

Fui pro escritório dele rápido que não era distante daqui de Paraisópolis.

A recepcionista dele sempre tão simpática e receptiva, disse que ele me aguardava na sua sala.

Bati na porta ouvindo ele sussurrar algo que deduzi ser "pode entrar".

— Licença fil... Luan — sorri entrando na sua sala, vendo ele com um semblante de cansado — Tudo bem meu querido?

Ele sorriu fraco pra mim, concordando.

Atlas: Tudo ótimo e com a senhora? Fique a vontade, café, água ? — ele apontou, passando a outra mão na testa. — Mil desculpas por não levantar para receber a senhora, não estou muito bem.

Neguei com a cabeça referente as coisas oferecidas sorri fraco.

— Você comeu algo que não te caiu bem? Já foi ao médico ? — meu coração de mãe já estava preocupado angustiado, só pela feição dele.

Atlas: Não precisa se preocupar, logo passa. — ele sorriu. — Consegui realizar um acordo com o advogado do senhor Rogério. — ele afrouxou a gravata. — E ele está de acordo em te entregar toda a sua parte da herança, desde que a senhora nunca mais procure a família para nada.

— Claro que preciso você as vezes pode está com uma indisposição, precisa de cuidados — sorri tentando não assusta-lo — Que ótimo, por mim tudo bem, meu bem maior já foi que era meus falecidos pais — sorri triste vendo ele respirar fundo — Luan você está passando mal?

Ele me olhou, suando enquanto piscava várias vezes, desmaiando em seguida.

Fui pra perto dele rápido lembrando que ele tinha refluxo quando nasceu, foi só eu virar a cabeça dele pro lado que ele vomitou em mim todinha.

— Filho acorda — falei passando a mão no rosto dele que suava bastante, abaixei o tronco dele um pouco fazendo ele vomitar muito mais.

Meu coração tava desesperado mas eu tava ali pra cuidar dele, quantas vezes isso pode ter acontecido e eu não estava presente para cuida-lo.

Balancei ele com cuidado, vendo que ele não acordava por nada, só suava mais e estava aparecendo algumas manchinhas vermelhas no pescoço dele, como se fosse alergia.

Gritei o segurança do escritório dele e pedi que me ajudasse a coloca-lo no meu carro, iria levar ele ao hospital.

Chegamos no hospital e levaram ele para a emergência enquanto eu fazia a ficha dele, eu sabia todos os dados dele, aliás nunca esqueci.

A enfermeira me disse que ele teve intoxicação alimentar e o refluxo por ter ingerido mais do que necessitava de algo.

Fiquei na observação junto a ele o vendo tomar soro e algumas medicações por conta da intoxicação.

Médica: Acompanhante do paciente Atlas Luan? — ela apareceu segurando a prancheta.

— Sou eu mesma — levantei rápido indo para perto dela.