Dez

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Marjorie Macedo💎

📍 Paraisópolis, São Paulo — Sábado.

Sentir saudade de alguém que você não sabe se está vivo ou não é uma das piores desse mundo, meu coração de mãe sabia que ele tava vivo, mas o Leandro sempre dizia que eu tava louca.

O Luan foi o filho sonhado almejado idealizado na minha vida, ele era tudo que eu mais sonhava, foi algo muito planejado por mim e pelo Leandro.

Ele tava iniciando no tráfico eu tinha terminado a faculdade de letras e nosso Luan veio pra brilhar toda aquela coisa turbulenta que era minha família me por pra fora por conta dele e ele sofrer muito pelo tráfico.

Eu ganhei ele e com 2 meses levaram de mim sem mais nem menos, e essa dor eu sinto todo dia, todos os dias eu sofro, eu sonho eu penso nele.

Ele pode ter filhos ser casado ter uma família ou ser um estudante muito inteligente como eu sempre quis pra ele, não sei talvez nunca saberei mas eu vou atrás.

Meus pais faleceram recentemente e meu irmão não permitiu eu nem ao menos ir no velório e agora não quer permitir pegar o que é meu da herança.

Benício: Tia margô? — ele pareceu na porta. — Chegou essa carta aqui, eu tive que ler ordens do patrão tá dizendo que você não vai receber sua parte da herança.

O Benício era um dos meninos mais coração puro que eu tinha visto crescer.

— Rogério mais uma vez querendo proibir o que eu posso ou não posso, obrigada Bê preciso achar um advogado bem bom pra me ajudar nisso — respirei fundo guardando as fotos rápida.

Benício: Licença tia. — ele coçou a nuca. — Um amigo meu é, ele se formou recentemente nessa coisa de advogado, mais ele é bem bom.

Olhei pra ele interessada.

— Eu necessitava de alguém experiente mas não tô com tempo de ir atrás de um, você pode me passar o contato dele ou o lugar que ele tem escritório, eu vou na segunda logo cedo.

Benício: Ele estuda pra ser advogado desde os 7 anos tia, ele é capacitado. — ele sorriu pra mim, me mostrando no celular. — Esse aqui, Atlas Luan aqui perto.

Peguei o celular dele anotando o número do Atlas Luan.

— Só pelo nome já gostei, Luan — sorri fraco, esse era um dos sonhos que eu tinha sonhado pro meu filho ele ser um homem inteligente pra ser o que quisesse, mas por amor e não por dinheiro — Segunda você avisa ao seu amigo que eu vou lá?

Benício: Aviso tia. — ele beijou meu rosto. — Vou la, até mais tarde.

O final de semana passou normal como sempre e o Leandro não tava falando comigo, por essas e outras todos dizem o filho é sempre da mãe vivo ou morto.

📍 Alphaville, São Paulo - Segunda-feira.

Chego na frente do prédio, vendo o nome na frente, era um prédio não muito luxuoso mas bonito.

Tinha uma recepcionista muito atenciosa que pediu que eu aguardasse o advogado me chamar na sala dele, que eu seria a próxima.

Olho uma senhora sair da sala, toda feliz indicando que seria a próxima.

Recepcionista: Pode entrar senhora Marjorie. — ela sorriu para mim, me levando para a frente da porta.

Coisa que me ganhava era pessoas educadas que falavam bem.

— Licença — entrei na sala vendo o advogado mexendo no computador — Atlas? — falei confusa.

Atlas: Boa tarde senhora Marjorie. — ele levantou da cadeira, vindo ao meu encontro, estendendo a mão. — Atlas Luan, seu possível advogado. — ele sorriu.

Ligados Pelo Destino [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora