Quarenta e quatro

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Atlas 🎓

A semana já não estava das melhores, todo dia uma discussão minha e do Benício diferente por não concordar com coisas do trabalho mesmo, já que dialogávamos somente sobre isso.

Estava complicado mesmo, muita coisa na cabeça e a mente uma bagunça, briga de sentimentos confusos.

Cheguei no hospital com ela desacordada, com algo branco saindo da boca.

Os médicos levaram ela lá pra dentro e não me deram notícia alguma, somente ficha dela que eu tinha que fazer e assim o fiz.

Ela já estava lá dentro a mais de horas e minha barriga estava começando a doer e acabei esquecendo de aplicar a insulina, clima totalmente propício para dar tudo errado, por sorte já estaria no hospital né.

Fazia quase 6 horas que ela tava lá e nada de notícia, até que a enfermeira apareceu chamando o nome dela.

Enfermeira: Familiar da paciente Akira Marques— ela falou olhando no corredor.

Me levanto da cadeira, indo até ela.

Estava exausto, mas preocupado demais pra me preocupar comigo.

— Como ela está? — olho pra enfermeira, vendo ela anotar algo no papel.

Enfermeira: Você vai ter que falar com os policiais, você é namorado dela? — ela me olhou séria.

— Sou o namorado dela, o que está acontecendo? — olho sério pra ela.

Enfermeira: Os policiais precisam falar com você, pois ela foi envenenada, como o senhor é o acompanhante é o primeiro a ser investigado — ela falou séria.

Respiro fundo, assentindo com a cabeça latejando.

— Onde encontro os policiais? — pergunto cansado.

Enfermeira: Final do corredor a direita — ela falou me olhando feio.

Sigo o que ela falou, entrando na sala, vendo dois policiais ali, me sento em frente aos dois.

Policial: Boa noite.
Me chamo Frederico
O senhor é o acompanhante da paciente Akira Marques? — ele falou me encarando.

— Sou sim, namorado dela. — me ajeito na cadeira.

Policial Frederico: Certo.
A paciente entrou aqui hoje com indícios de envenenamento de chumbinho, vocês tiveram alguma discussão?

— Não, não discutimos inclusive cheguei do trabalho ela estava passando mal. — olho pra ele.

Policial Frederico: O senhor trabalha do que ?

— Sou advogado e atuo em gestão empresarial.

Policial Frederico: O senhor pode escrever aqui o endereço do local do seu escritório — ele esticou o papel.

Anoto o endereço do meu escritório, entregando o papel e a caneta para ele.

Ele balançou a cabeça.

Policial Frederico: O senhor está liberado mas será investigado sobre o ocorrido — ele falou sério.

— Certo, sem problemas. — olho o horário, vendo ser o da insulina e nada de me liberarem pra ver ela.

Uma enfermeira mais velha parou do meu lado.

Enf.Rose : Você é o Atlas? — ela falou baixinho.

— Sim, sou eu. — passo a mão no cabelo.

Ligados Pelo Destino [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora