Cinquenta e três

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Akira ♟️

📍 Morumbi — São Paulo.

O tanto que eu desandei nesses dois últimos meses não está escrito, estou vivendo como dá, mas estou sobrevivendo.

A Laurinha era a coisa mais linda desse mundo, sempre que eu ia vê ela, eu não bebia nem usava droga, por ela ser uma bebê de luz, e era a única coisa que me trazia paz.

— Cadê a gatinha da dindinha? — falei vendo a margô amamentando ela.

Margô: Está aqui, difícil deixar ela satisfeita. — ela sorriu pra mim. — A dinda veio te ver filha. — ela pegou o celular respirando fundo. — Quadragésima vez que ele desmarca de vir.

— Fala gatinha da dindinha eu sou filha do BN conhecido como morto de fome — ri de lado — Vida de pai tia, não é fácil você sabe disso como ninguém — falei tentando amenizar a tristeza ela.

Margô: É irmã dele, ele arrumaria um tempo. — ela tirou a Laurinha do peito, que estava com a boca cheia de leite. — Dorme com a dindinha filha, a mamãe tem que tomar um banho.

Levantei chamando ela com as mãos, a tia margô colocou ela no meu colo deixando eu por ela para arrotar.

— Eu tô com minha dindinha mamãe — falei andando com ela pelo quartinho todo rosa.

O cheirinho de bebê pela casa, dava um sensação tão boa uma leveza.

Ela era dengosa mas uma calmaria insana, ela tinha o poder de fazer eu não falar palavrão perto dela.

Peguei meu celular olhando o Instagram vendo um texto gigante do Atlas, me causando curiosidade para ele.

@AtlasLuan: Como começar a escrever para você, acho que nem tenho palavras para começar isso, foi um momento que eu sabia que chegaria mas não queria que chegasse ( eu diria que um pouco egoista da minha parte. ), vendo todo seu sofrimento nesses últimos dois meses pedir que você tentasse ficar pela nossa filha, eu estaria sendo egoísta.
Larissa, você sempre foi alto astral, faladeira e toda dengosa ( até demais. ) e ontem eu acordei sem você falando um bocado, sem ouvi você falar da Akira Vitória ( isso mesmo vitória, por tudo que ela está enfrentando agora. ) ela com toda certeza puxou a força e a garra da mãe, só queria agradecer por todos esses meses que passei com você, as conversas de madrugada, as pizzas três vezes na semana e esse nossos últimos dois meses com nossa princesa no forninho, espero ter feito pelo menos um terço do que você esperava, uma parte do que você merecia.
Obrigado por me tornar pai, obrigado por ser minha companhia e o principal por ter sido você todo esse tempo, por ter sido cheia de luz, digo com todas as letras, vou cuidar da nossa menina, como prometido, aliás nem era necessária essa promessa, que você esteja feliz aí no céu, sem dor alguma, nossa menina vai saber a mãe maravilhosa que teve.

Como todo nosso amor,

Atlas e Akira Vitória.

Atlas e Akira Vitória

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