Akira ♟️
São Paulo 18 de Janeiro de 2023 - Capital Paulista ou conhecido como a favela de Paraisópolis.
13 anos se passaram do dia que minha vida acabou e tudo se tornou uma porcaria, sem felicidade alguma.
Desde do dia que meu avô morreu nos meus braços nada mais deu certo nesse caralho de vida, fui morar em ong por não ter uma puta pra chamar de mãe ou um filho da puta pra falar que era meu pai, a escola eu larguei na verdade fui expulsa e presa por vender maconha lá dentro, mas ninguém quis ouvir meu lado, eu só queria dinheiro pra abrir o bar do meu avô de novo, cai na fundação casa e só sai de lá quando completei 18 anos, foram os 5 piores anos da minha vida, sai e aprendi a me virar não era com a dignidade que meu avô me ensinou e eu sabia que tava envergonhando ele da onde ele estivesse, foda.
A única mão que esteve estendida pra mim foi o tráfico e eu agora seguro fortemente, não tenho nada a perder já são 8 anos nisso, se for pra morrer que morra pelo menos me junto do meu avô e volto a ser feliz, por que desde de 2010 nunca mais fui feliz, entendam felicidade momentânea todo mundo tem nesse caralho, com sexo, com droga, com dinheiro ou com bebida, mas felicidade real poucos tem e os que tem segura com toda a força, eu não tive essa chance e eu tentei.
Sou vapor aqui em Paraisópolis, mas também a mais próxima do chefe, não subi de posto na real porque não quis, curto a adrenalina de estar de frente nas invasões.
O LD é meu aliado embora eu fosse funcionária dele, ele me respeitava pra caralho coisa que todos os outros não, ele falava que eu tinha que ter nascido filha dele.
- LD me libera hoje? Tô sem cabeça pra fazer qualquer favor pra você - ele tava fumando a maconha dele olhando a favela da laje.
LD: Foda, tu vai ter que fazer um bagulho pra mim. - ele virou pra mim, com a maconha na boca.
- Porra cara me ajuda a te ajudar - tirei a arma da cintura deixando do meu lado me sentei na beira da laje - Tá qual a ideia da vez? - olhei pra ele.
LD: Tá ligada no Denis? - ele me olhou. - Aquele mermo da empresa grandona, passa na televisão e tudo.
- O Ferraz lá? o que você quer com ele ? - peguei minha arma mirando pra umas latas que tinha ali.
LD: Acabar com ele, ele tem um pivete meu filho pô, me liguei quando bati o olho nele quando era cria. - ele levou a maconha na boca. - Tu vai usar ele pra chegar no Denis.
Tirei o olhar da arma olhando pra ele.
- Você tem um filho LD caralho cara como assim - ri negando - Usar teu filho? paizão do caralho você ein, qual tua ideia fala e eu vejo o que consigo.
LD: A desgraçada da Andréia tirou o moleque de mim, deve ser igual o Denis, cresceu com ele. - ele apagou a maconha. - Faz ele se apaixonar por você, entra mermo na vida do moleque.
- Quero uma grana boa nisso mas eu topo, fazer playboy se apaixonar é minha especialidade LD, só depois não vale chorar pô, me fala o nome do filhinho de LD - peguei meu celular.
LD: Puxa a ficha do moleque. - ele estirou a língua. - Atlas Ferraz.
Cacei no Instagram de cara achei ele, bonitinho carinha de playboy insuportável que se acha o centro do mundo, adoro esses tipinho.
- Por que o BN segue ele? - olhei pro LD.
LD: Sei la porra, quero a ficha toda o que faz quando acorda, o que faz da vida. - ele segurou os dedos. - Quero tudo mermo pra agora, tô ciente que tu sabe fazer esses bagulho.
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Ligados Pelo Destino [M]
Fanfic+16 | São Paulo, Paraisópolis. O meu destino nunca foi traçado em nenhum aspecto, mal eu sabia que era traçado do aspecto mais maluco dessa vida, traçado pelo aspecto do amor, aquele que eu só conheci uma vez.