Ligados Pelo Destino [M]

Cinquenta

Akira ♟️

📍 Paraisópolis — São Paulo.

Os últimos 5 meses foram um inferno, tô perdida na bebida, basicamente bebo todo dia, e quando a saudade aperta muito grande do Atlas uso cocaína pra vê se eu consigo felizmente morrer mas até agora nada, o LD todo dia me perturba não um dia que não.

Já não aguento mais tanta perturbação quando não é o LD é o Luan Jr, única coisa que me acalma um pouco é ir visitar a tia margô, que tira um pouco do vazio que sinto.

Tinha encontrado algumas pistas do tráfico de mulheres do Denis e da Andreia, porém tinha encontrado coisa do LD também o que me confundia um pouco, nesse mesmo problema.

Se ele queria que eu buscasse provas para condenar o Denis não era para aparecer nada dele junto, tava tudo confuso na minha cabeça.

Minha cabeça está toda confusa e ficou mais com a foto repostada do Atlas, as vezes não consigo distinguir o que é realidade ou não, mas estou fazendo de tudo pra acabar com essa questão do Denis logo.

Ouço meu celular tocar com o nome da tia margô aparecendo na tela.

Ligação Tia Margô

— Oi tia
Tudo bem?
Margô: A Laura vai nascer, eu acho. — ela falou desesperada.
— Agora tia? Cadê o Benício? — falei levantando rápido da boca.
Margô: Ele está no trabalho, não me atendeu deu fora de área, eu não quero ter ela sem o Luan aqui, Akira.
— Já tô indo pra aí e eu ligo pra ele tia.
Margô: Obrigado, dindinha. — ela deu risada fraco, desligando a chamada.

Sorri ao ouvir o dindinha, será que eu seria uma boa madrinha eu não sou boa pra ninguém.

Sai da boca voando indo pra casa da tia margô, peguei o celular disquei o número do Atlas que chamou chamou chamou e até que atenderam.

Ligação Atlas

Xxx: Põe o berço da neném ali no canto, desse não, do outro.
Atlas: Aqui? — ouço a voz dele mais distante. — Está do agrado da princesinha do papai?
Xxx: Atlas, atendi sem querer seu telefone, não vi quem era.
Atlas: Alô?
— Atlas é a Akira — falei tentando esconder toda dor que senti ao ouvir aquilo, ele seguiu em frente como eu pedi.
Atlas: O que quer? — ele falou seco, totalmente diferente do inicio da chamada falando com a outra mulher.
— A Margô vai ganhar neném e queria que você estivesse — falei seca na mesma medida.
Atlas: Não da pra mim ir.
Xxx: A Akira está com vontade de comer pizza, vou pedir.
— Manda mensagem pra ela então Atlas.
Felicidades pra sua família.
Atlas: Vou mandar, obrigado por entrar em contato, boa noite.

Desliguei com a garganta fechada, entrei na casa da tia e ela estava sentada soprando pra fora.

— Tia vamos ? Laurinha quer nascer — falei tentando disfarçar minha angústia e tristeza.

Margô: Ele não vai vir né? — ela falou com voz de choro, levantando do sofá com cuidado e pegou a bolsa dela e da Laura no chão.

Fui até ela pegando as bolsas, pegando em sua mão.

— Ele vai ser pai tia e está com alguém — falei caminhando com ela pra fora.

Margô: Claro que não, ele contaria pra gente. — Ela entrou no carro, segurando a barriga.

— Tia eu ouvi ele falando no telefone "a princesinha do papai" — falei entrando no carro.

Margô: Não Akira, ele nem falou nome não postou nada não tem como. — ela fez careta de dor.

Comecei a dirigir com cautela coisa que era extremamente difícil pra mim.

Peguei meu celular e dei no colo dela.

— Ele postou sim tia, olha ai, uma família ele seguiu em frente — respirei fundo — Eu mandei né ?

Margô: Não Akira não daria tempo de ele ter filho. — ela negou várias vezes com a cabeça.

— São 5 meses tia daria sim — falei triste, dando a buzinada no carro da frente — Sai da frente caralho, mulher ganhando neném.

Margô: Aqui está muito grande Akira, não da. — ela gemeu de dor. — Tenta ligar pro Ben.

— Ou ele estava comigo tia e com ela, mas é isso, vida que segue ele seguiu ele tem família — tirei a aliança jogando ali no carro — Ligo tia — comecei a insistir a ligar pro Benício.

Margô: o bebê não é dele. — ela murmurou com dor.

Ligação BN

BN: Alô?
— Onde você tá caralho ?
A Laura tá nascendo e você tá onde porra?
BN: dando meu cu, caralho.
BN: Saindo do trampo.
— Estou indo pro hospital com ela já, otário do caralho.
— A Laurinha da titia vai chegar.

Desliguei o celular olhando a tia alisando a barriga respirando fundo.

— Segura um pouquinho que estamos neném da dindinha.