Vinte e dois

762 81 36
                                    


Akira ♟️

📍 Paraisópolis — São Paulo.

Hoje tudo tinha dado errado nesse expediente, sumiu dinheiro, tive que dar conta do meu cu e pra fechar o dia virei pombo correio levando o salário do BN.

O Atlas não tinha me respondido direito, que se foda também, tenho paciência nem saco pra adular marmanjo, eu tento ser simpática mas é foda.

Cheguei no portão do BN que tava aberto.

— BN tô entrando — falei entrando ouvindo umas risadas na sala.

BN: Fala matadora, o que te trás aqui? — ele falou rindo, me fazendo reparar no Atlas no sofá do lado.

— Teu salário — joguei nele o pacote — Boa noite Atlas — vi que eles tavam jogando vídeo game.

Atlas: Boa noite Akira. — ele sorriu pra mim, voltando a olhar para televisão.

Playboy sendo playboy querendo ser a última bolacha do pacote, que se foda também.

— Já vou é isso, flw — falei ouvindo o BN falar algo.

BN: Bora jogar Akira. — ele falou alto.

Dei risada, voltando pra porta vendo eles jogando.

— Você adora apanhar né, meu pato oficial — ri de braços cruzados.

BN: O Atlas não sabe jogar, tô ganhando muito fácil. — o Atlas fez careta, negando. — A gente pede uma pizz... — ele parou de falar. — faz algo pra comer.

— Vou te bater tanto que você vai preferir jogar com ele — entrei, sentando do lado do BN — Faz pipoca BN, pipoca diabético pode comer — falei séria.

Atlas: Eu já vou ir embora. — ele levantou, olhando o celular.

Olhei rápido pro Atlas, neguei com a cabeça.

Sem saco pra essas frescuras.

Peguei o controle do vídeo game.

— Vai querer jogar BN? — falei séria pro Benício.

BN: Porque? — ele olhou pra ele.

Atlas: Meus pais chegaram, Beni. — ele falou todo afobado.

BN : Eu tô sem carro cara pra te levar e é complicado você ir agora — ele olhou no relógio — 00h30.

Larguei o controle encostando no sofá, observando os dois.

Atlas: Não tenho opção, vou andando sem problemas. — ele gesticulou com a mão. — Só me ajuda a achar a insulina pra eu injetar antes.

O BN levantou procurando com ele, passei o olhar na sala vendo a insulina no sofá do outro lado.

— A insulina tá ali — apontei, levantando do sofá — Quer carona Atlas? — falei saindo.

BN: Eu deixo você ir, vai lá, não quero que sua mãe tente te matar de novo. — ele empurrou o atlas pra fora.

Vi ele falar alguma coisa com o BN vindo atrás de mim.

— Tô de moto — falei de costas pra ele, subindo na moto.

Ele coçou a cabeça injetando a insulina e me olhou, ficando parado.

Atlas: Como funciona? Já li sobre mas nunca subi em uma. — ele falou todo tímido.

— Sobe aqui atrás e segura aqui nas laterais ou na minha cintura onde você achar, mais seguro — falei segurando o riso, mas mantendo a feição séria.

Ligados Pelo Destino [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora