Atlas Ferraz 🎓📍 Morumbi, São Paulo — 21h35
Arrumo a roupa no corpo sem ser social, depois de ter escutado um monte da minha mãe.
Motivo, Jadyane!
Não entendo que fissura tem na menina, completamente sem graça e sem princípios algum a não ser gastar dinheiro e ser bancada.
Totalmente fora dos meus planos ter qualquer envolvimento com ela.
A Akira me enviou a localização onde era para eu a encontrar, e eu cheguei era uma praça cheia de trailer.
Estaciono o carro, a procurando com os olhos, não a vendo ali.
Travei o carro começando a andar por ali, perto da maioria dos trailers.
Akira: Estava me procurando advogado? — a voz dela apareceu atrás de mim.
— Estava, fugitiva da polícia. — dou risada, guardando a chave do bolso, enquanto desligo o celular.
Akira: Te vi chegar mas queria mesmo vê você olhar os trailers — ela falou segurando o riso.
— O que é isso? — pergunto, olhando ao redor.
Ela cruzou os braços me olhando.
Akira: Trailer de tudo que não presta, churros, lanche, podrão — ela riu — Tá tirando com minha cara que nunca comeu?
Coço a nuca, com vergonha.
— Única coisa diferente que já comi foi o bolo da mãe do Benício. — falo pensando. — Nada dessas coisas.
Akira: Você moscou demais, mas tudo bem eu te ensino, nem hot dog ? — ela riu.
Nego com a cabeça.
— Qual que é bom? — olho pra ela, que está me olhando estranho.
Akira: Vou montar um top pra você, confia em mim — ela parou na frente de um trailer — Tia Rô dois completos com bastante mostarda e pro dele barbecue que ele tem cara que gosta — a senhora sorrio consentindo.
Me sento na cadeira dali, esperando ficar pronto vendo ela conversando com o senhor dali.
Ela voltou com dois hotdog e uma coca cola com dois copos descartáveis.
Akira: Só morde — ela sentou do meu lado.
— Desse jeito, cheio de coisa? — olho assustado pra ela.
Ela deu risada, negando.
Akira: Morde assim ó — ela mordeu o hot dog com vontade — vai play — ela riu com a mão na boca.
Olho o jeito que ela mordia, pegando o hot dog como ela falou na forma que dava, vendo começar a cair o recheio dele.
Paro a mão na minha frente, levando a boca até ele.
Akira: Você é muito playboyzinho deixa eu te ajudar — ela colocou o lanche na mesa, segurando meu lanche — morde aqui, e a graça é ficar com a boca suja — ela falou rindo.
Olho ela segurar pra mim e mordo, da forma que deu sentindo minha boca toda suja, pego o guardanapo, limpando.
— Isso aqui é muito bom. — mordo mais um pedaço. — É estranho de ver mais é gostoso.
Akira: Eu te falei e ainda botei um bônus no seu que foi barbecue, jeitinho de fresco — ela abriu a coca servindo a gente.
— Você come isso sempre? — pergunto curioso.
Akira: Meu lugar predileto a uns 10 anos, gostou né? — ela limpou a boca, reparei como ela não usava maquiagem nenhuma no rosto.
— É bom e diferente. — mordo mais um pedaço, vendo a forma que ela segurava, tentando fazer igual. — Você trabalha de que?
Akira: Secretaria de um cara — ela terminou de comer o lanche dela, me olhando comer — você é tudo né?
— Tudo o que? — pergunto sem entender.
Akira: Advogado empresário namoradinho da ruiva lá — ela deu risada.
— Advocacia eu sempre quis. — gesticulo pra ela. — Como tive que usar roupa social desde criança, me via como advogado. — dou risada. — Empresário foi exigido do meu pai, tanto que ele me colocou pra estudar com 5 anos.
Ela olhou nos meus olhos.
Akira: 5 anos ? — ela negou — você era uma criança tá doido, você tinha que brincar, mas pelo menos você se tornou um profissional foda né?
— É, pelo menos isso né. — volto a comer meu lanche.
Já que perdi várias coisas na infância, algo eu teria que ter né?
Akira: Ai cara eu vou tirar foto disso por que eu nunca vi alguém comer tão desengonçado assim — ela tirou foto minha rindo — O paulista mais gringo que eu vi.
Faço careta negando.
— Não está certo?
Akira: Essa é a graça do podrão é não ter regra — ela passou o polegar na minha bochecha — agora tá comendo certo, tá se sujando.
— Comer se sujando é novo pra mim. — dou risada, negando.
Akira: Tá bonitinho até, e olha que eu não acho nada bonito — ela falou toda séria.
— Vou levar como um elogio. — dou risada da cara séria dela.
Akira: Eu não elogio ninguém é sério — ela olhou nos meus olhos — Não sei elogiar nem receber elogio — ela olhou minha boca.
— Você é bonita, diferente, é isso te diferencia das outras. — olho nos olhos dela.
Ela desviou o olhar com as bochechas coradas.
Akira: Eu não sei receber elogio Atlas, eu só fui elogiada por uma única pessoa nessa vida — ela olhou minha boca.
Desço o olhar pra boca dela, subindo pros seus olhos, aproximando nossos lábios um do outro.
Akira: Me beija playba — ela sussurrou perto da minha boca.
Dou risada de lado, levando a mão na cintura dela, puxando mais pra perto de mim, deixo um selinho nos seus lábios, pedindo passagem com a língua em seguida.
Ela deu a passagem pra língua, ela tinha um negócio engraçado de querer levar o beijo a situação, mas depois ela cedeu deixando eu levar.
Ela puxou meu lábio pra ela lentamente, as mãos dela ficaram apoiadas na minhas pernas.
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Ligados Pelo Destino [M]
Фанфик+16 | São Paulo, Paraisópolis. O meu destino nunca foi traçado em nenhum aspecto, mal eu sabia que era traçado do aspecto mais maluco dessa vida, traçado pelo aspecto do amor, aquele que eu só conheci uma vez.