Vinte e oito

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Atlas 🎓

📍 Paraisópolis — São Paulo.

A pior coisa na vida é ser culpado por algo que não foi feito por você, eles poderiam não serem meus pais e mesmo com defeito amava os dois, tanto que abri mão de diversas coisas para ver a felicidade de ambos.

Após o ocorrido noite tranquila eu não tinha e estava ficando aqui na casa do Benício mais logo que melhorar irei alugar minha própria casa, só não decidi aonde.

Além da insulina, remédio para dor, para dormir e a troca de curativos na mão, com o uso da muleta.

Meu trabalho estou fazendo em casa mesmo, inclusive o outro caso de advocacia estava sendo, e a moça não reclamou pelo contrário até me incentivou a continuar fazendo por aqui mesmo.

O Beni tava fazendo de tudo pra me deixar a vontade, ele era meu irmão mesmo, minha mãe vinha me ver todo dia, trazia comida, lanches naturais e sucos, era estranho o Leandro ainda não tinha conversado comigo.

Hoje o Beni tava de folga, tinha pago uma moça para limpar a casa que tava limpa e organizada, diferente do que realmente é.

Benício: Quer comer alguma coisa? — ele se jogou no sofá.

— Estou sem fome. — olho o notebook mais uma vez, terminando de digitalizar o processo, envio para a moça, abaixando a tela dele.

Benício: Ou a matadora me perguntou de você — ele falou em tom de zoação — beijo matador o teu em.

Coço a nuca, vendo ele arquear a sobrancelha.

— É que não foi só beijo né. — eu odiava mentira então já mandava mesmo.

Ele me olhou com cara de curioso.

Benício: Caralho parceiro você transou com a matadora — ele deu risada, negando — você não falou que não ia pegar ela mais, mudou a rota foi.

— Igual você, com a interesseira lá. — faço careta. — Preciso ir andar, vamos, orientação da médica.

Benício: Como você sabe que peguei a doida lá? — ele levantou colocando a camisa, me estendendo a mão

— Conheço o amigo que eu tenho e a forma escandalosa e marcadora de território dela. — gesticulo para camisa dele, seguro sua mão me levantando com a ajuda dele pego a muleta, arrumando no meu braço.

Ele deu risada, negando.

Benício: Maluco isso aqui tá claro ainda, doidona demais, ontem ela quis vim aqui, sorte minha que tu tava aqui — ele falou saindo na frente, devagar — Desenrola esse bagulho teu e a doidona lá.

— Foi quando ela me levou em casa. — falo, andando devagar com ele. — Só isso.

Benício: Ela foi todos os dias na Upa saber de você — ele cumprimentava geral — Ela é sem sentimento se preocupa com ninguém.

— Descobri esse lado dela, esses dias. — paro para descansar, respirando fundo.

Benício: Encosta na sombra um pouco, vou pegar uma cadeira pra você ali, no bar do seu Raimundo — ele atravessou a rua rapidão.

Balanço a cabeça, indo devagar para parte com sombra, encostando na parede.

Olho o Leandro se aproximar e fico quieto, respirando com um pouco de dificuldade puxar o ar desse jeito doía.

LD: Tá feliz moleque? — ele falou com o cigarro na boca.

— Por conta de que? — me apoio na parede.

Ligados Pelo Destino [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora