Quarenta e três

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Akira ♟️

📍 Alphaville — São Paulo.

A verdade era que a última semana foi extremamente difícil, discuti quase todos os dias com o Luan Jr e o LD achando bonito o filho achar que era bandido mas não conseguia segurar um fuzil.

Eu tinha decidido contar pro Atlas a forma que entrei na vida dele, e estava com muito medo da forma que ele ia aceitar, ele ainda estava sem falar com com a tia margô e com o BN.

Tomei banho deitando na cama dele esperando ele chegar do serviço, tinha comido algo que não tinha feito nada bem para mim, no primeiro vômito eu fiz o teste de gravidez mesmo sabendo que nunca havia feito nada sem com o Atlas, mas deu negativo.

O barulho do carro parando lá fora de fez presente e as vozes em uma discussão também, só que agora dava pra deduzir que era no andar de baixo.

Levantei sentindo meu estômago doer num nível absurdo e olha que eu era a rainha de comer bobagem, agora que estou comendo comida mesmo por conta do Atlas.

Desci vendo o Atlas reclamando algo pela primeira vez em um tom acima do normal.

— O que está acontecendo? — falei sentindo uma dor absurda.

Atlas&Benicio: Nada. — eles falaram juntos e o Atlas subiu as escadas na minha direção.

Atlas: Está bem? — ele me olhou. — Está fazendo cara de dor.

Neguei com a cabeça.

— Não franguinho tô ruim hoje — passei a mão na barriga.

Atlas: Quer ir ao médico? — ele segurou minha mão, me levando pro quarto.

Neguei deitando na cama me cobrindo.

— Só quero ficar deitada mesmo, já vomitei um monte, só comi um negócio na boca e assim tá me matando — me enrolei com o outro edredom.

Atlas: Vou pegar uma água de coco pra você. — ele beijou minha testa, ligando o ar e saiu do quarto.

Meu estômago estava doendo, era uma dor absurda, sentia que estava corroendo meu estômago.

Levantei indo pro banheiro novamente, forçando muito para vomitar.

Sinto a mão dele no meu cabelo, segurando.

Atlas: Vamos no hospital, você tá suando muito, tá branca igual papel. — ele me ajudou a levantar, me dando o coco.

— Atlas eu tô muito mal, não tenho mais força pra vomitar, me ajuda — falei sentindo fechar minha garganta — Estou começando a sentir falta de ar — sentei no chão do banheiro, tentando puxar o ar.

Ele mexeu em umas gavetas no banheiro tirando uma bombinha dali, colocando na minha mão enquanto me pegava no colo, saindo do quarto.

— Tá doendo demais — deitei a cabeça no ombro dele, fechando meus olhos lentamente.

Eu o ouvia mais não conseguia manter meus olhos aberto não.

Atlas: Não fecha o olho. —  Ele falou alto, me fazendo sentir o banco do carro e o cinto em volta de mim, começando a se mover rápido.

Tentar abrir os olhos e não conseguir era uma das piores sensações entrando no meu ranking de momentos ruins.

Comecei a sentir minha boca espumar algo ruim.

Ligados Pelo Destino [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora