Marjorie 💎Ao mesmo tempo que a dor me dilacerava a tristeza também fazia o mesmo na mesma proporção, era desesperador.
Laurinha estava nascendo e meu filho não estava aqui para a ver nascer, não teve nenhum vínculo com a irmã durante os meses de gravidez e nem no nascimento.
Eu tenho que aprender que ele já é um homem adulto e dono das suas próprias escolhas, já que será pai, nem mesmo isso ele nos notificou.
Solto um gemido alto, sentindo a dor mais forte, já deitada na maca com a Akira segurando minha mão.
— Cadê o Benício que não chega logo. — falo ofegante.
Akira: Tia ele tá tentando, eu tô aqui — ela falou angustiada segurando minha mão.
— Não vou conseguir segurar pra ele ver nascer. — Grito alto, sentindo a barriga bem baixa.
Eu não imaginava que passaria por isso novamente, e mais uma vez sem o pai ali presente, mas a Akira está fazendo tudo pra me deixar bem.
Akira: Vai tia nossa Laurinha quer nascer — ela falou com carinho.
— Eu não consigo. — Murmuro baixo, fazendo o máximo de força possível.
Médica: Vai mãezinha, você consegue. — ela sorriu pra mim. — Usa tudo que está sentindo e põe pra fora em forma de força.
Eu queria meu filho aqui comigo e com minha Laurinha, isso me fez fazer uma força absurda, me fazendo ouvindo o chorinho dela.
Soltei um sorriso entre lágrimas, era a sensação de felicidade e tristeza ao mesmo tempo.
Médica: Que choro forte. — ela aproximou a Laurinha pro meu colo, chamando a Akira pra ver.
Akira: Tia ela é perfeita demais, como pode ser tão lindinha — ela falou fungando.
Solto o choro que estava segurando, vendo ela parecidissima com o Atlas.
— Você é a cara do seu irmão. — soluço, passando a mão no cabelinho ralo dela.
Benício: Cheguei. — ele falou todo afobado com a roupa cirúrgica. — Filha não esperou o pai. — Ele olhou ela se aproximando.
A Akira saiu da sala deixando eu com a Laurinha e o Benício.
— Olha seu papai princesa — falei vendo ela com o rostinho no meu peito.
Benício: Que pressa filha. — ele olhou sorrindo todo bobo pra ela e me deu um selinho. — Desculpa mô, estava trânsito teve acidente. — ele passou o dedo no cabelinho dela.
Ela chupava o dedo igual o Atlas fazia, ela tava com a touquinha do hospital chupando o dedinho.
— Sou apressadinha papai, quis vim logo — os olhinhos dela era escurinho igual do Benício mas a boquinha e o nariz do atlas todo.
Benicio: Mais bonita do que imaginei. — Ele sorriu com os olhos brilhando pra mim. — Laurinha apressada.
— Quer pegar mor? — olhei pra ele com cara de choro.
Ele balançou a cabeça em sim, pegando com cuidado do meu colo.
Benício: Que menina mais linda do pai. — ele sorriu pra mim. — Vai me dar trabalho em filha...
Ele de um menino se tornou um homem, o homem da minha vida, me deu uma filha que sempre sonhei, e a felicidade só faltava ele meu primogênito.
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Ligados Pelo Destino [M]
Fanfiction+16 | São Paulo, Paraisópolis. O meu destino nunca foi traçado em nenhum aspecto, mal eu sabia que era traçado do aspecto mais maluco dessa vida, traçado pelo aspecto do amor, aquele que eu só conheci uma vez.