Atlas Ferraz 🎓
📍 Alphaville, São Paulo.
Meu primeiro caso como advogado acho que consegui hoje e a Marjorie é uma mulher incrível, educada, carinhosa.
E com todo prazer do mundo eu pegaria o caso dela, que só para falar acho que conseguirei ganhar fácil.
Olhar para ela dá uma paz e sensação de conhecê-la, mesmo não tendo tido nenhum contato.
Respiro fundo, ouvindo minha mãe gritar comigo por telefone e a Guimarães dando corda para ela no fundo.
Ligação — Andréia Ferraz.
Andreia: Atlas Ferraz por que você mandou sua recepcionista embora e o segurança? — ela falou brava
— Porque são racistas mãe, na minha parte da empresa não aceito.
Andreia: Racismo é moda Atlas eles eram competentes, foram indicações.
Você tá errando muito ultimamente.
— Você está prestando atenção no que está falando? RACISMO é CRIME! Contratei pessoas mais competentes para os respectivos cargos.
Andreia: Atlas Ferraz você fale direito comigo, abaixe seu tom e eu não sou você eu sou senhora.
Outra coisa que história é essa de você ter relações com uma menina favelada que fala gíria?
Eu não te criei para isso.
— VOCÊ NEM ME CRIOU! — Falo alto com raiva. — ME DEIXOU SOZINHO, ME FAZENDO LER LIVRO QUE NEM ERA PRA MIM! Me fez escrever o livro todo de geografia em um caderno porque tirei nota baixa nele, ia viajar e me deixava sem comida em casa, me criou?
Andreia: ATLAS ABAIXA O TOM AGORA — ela gritou.
Eu fiz isso pelo seu futuro queria o que ser um favelado igual aquele seu amigo? Nunca.
— NÃO FALA DELE. — falo alto.
Andreia : Então abaixa o tom por que seu amiguinho só não foi pro conselho tutelar por que eu não deixei você se lembra disso? E é assim que você me agradece?
— Lembro, desculpa mãe. — respiro fundo. — Estou no trabalho, depois te ligo.Desligo rápido, lembrando que havia cliente.
— Perdão pelo ocorrido, Marjorie. — sorrio fraco
Marjorie: Tá tudo bem meu querido, se acalma tá bom? Não deixa as loucuras do dia a dia tirar sua paz — ela sorrio angelical pra mim.
— Loucuras da minha vida inteira. — murmuro baixo.
Marjorie: Essas situações são acalantadas com uma coisa, não sei se você gosta mas os doces da padaria La Ville Elegance aqui perto — ela falou sorrindo — sempre me abraçou quando eu queria surtar.
— Doce? — olho estranho pra ela. — Se minha mãe descobrir que comi doce, ela vai me fazer comer só doce por um mês, isso que já tenho 22 anos.
Marjorie: Você não gosta de doces? — ela levantou segurando os papéis.
— Nunca comi. — olho no relógio vendo que meu horário aqui já havia acabado, levanto da mesa, ajeitando os papéis. — Só uma vez bem pequeno, com a tia Célia.
Marjorie: Célia mãe do Benício? — ela me olhou segurando a bolsa.
— Ela mesma, quando ela vendia os bolos. — saio andando da empresa com ela. — Quando minha mãe descobriu ela me fez comer o bolo da tia Célia por uma semana até enjoar de bolo.
Ela me olhou séria ouvindo minha fala negando.
Marjorie: Quando você quiser experimentar doces muito bons iguais o da querida Célia, vai nessa padaria que eu te indiquei — ela sorriu — posso te dar um abraço para me despedir ?
— Pode. — sinto ela me abraçar e a abraço de volta.
Marjorie: Você é um grande homem — ela falou com voz de choro — até a próxima meu querido Luan. — o vallet trouxe o carro dela, o olhar dela era estranho mas não ruim.
Aceno com a mão para ela, pegando os papéis e entro no meu carro indo pra empresa do meu pai.
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Ligados Pelo Destino [M]
Fanfiction+16 | São Paulo, Paraisópolis. O meu destino nunca foi traçado em nenhum aspecto, mal eu sabia que era traçado do aspecto mais maluco dessa vida, traçado pelo aspecto do amor, aquele que eu só conheci uma vez.