𝑪𝒂𝒑𝒊𝒕𝒖𝒍𝒐 𝟐𝟒

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Aonung controlava Akira rapidamente pelo recife, e Ma'Reyna em suas costas, estava mais do que encantada.

A visão que ambos tinham daquele momento, era de que estavam em um paraíso.
A vida marinha passava por eles e Rey sempre que podia os tocava, o oceano os acolheu com seu azul clarinho e o clima fresco.

A garota apesar de tudo, em nenhum momento desgrudou seus braços do dorso do maior à sua frente, os dois realizados.

Um paraíso.

Chegando ao destino, Aonung chama a atenção da garota relando sua mão na coxa na mesma, apontando para uma caverna meio submersa no mar.

Saindo do Ilu, os Na'vis seguiram caminho nadando até a boca do grande monumento, enquanto o garoto mostrava o caminho.
Já não havia mais água, então se levantaram e ficaram frente a frente.

-Por que me trouxe aqui? -estava confusa, não tinha nada demais naquela grande caverna escura e fria.

-Ainda não chegamos na melhor parte garota da floresta. Vem. -pegou em sua mão e começou a guiá-la.

Caminhando por entre as rochas que ali haviam, a Na'vi pode enxergar algumas bioluminescências sob a caverna. Algas, seres, não sabia o que era, porém brilhava como estrelas no céu naquela escuridão.

Encantada com tal fenômeno, soltou sua mão da de Aonung e começou a desbravar o local.
Suas paredes eram lindas e agora ali, havia luz, ainda não sabia o que provocava tal ação, mas era maravilhoso.

-É tão lindo. -seus olhos brilhavam, olhava para o teto da caverna, onde parecia recheada de estrelas.

-Eu sabia que iria gostar. -deu de ombros- Não faz muito tempo que achei e como estávamos sozinhos hoje, achei que seria legal vir aqui. -coçou a nuca em um gesto envergonhado.

-Foi legal, muito legal. -tirou sua atenção de todo aquele brilho para desviar um sorriso à Aonung.

Tal sorriso que o mesmo juro que desmaiaria naquele momento, como Ma'Reyna podia ser tão bonita?

Tentando se recompor, foi até uma grande pedra à fim de se deitar lá para apreciar o fenômeno, e Rey notando o que o mesmo faria, não tardou em segui-lo.

-Eu posso te fazer uma pergunta pessoal? -o garoto virou seu rosto à Reyna que olhava atentamente o teto luminescente.

-Claro. -sussurrou.

-Como você pode me escutar? -desde a conversa que tiverem na noite anterior, não saía de sua cabeça o fato de que em alguns momentos a garota podia escuta-los. Mas como?

-No começo, quando chegamos aqui, todos nós concordamos em não falarmos nada à Tonowari e Ronal sobre minhas condições, tínhamos medo de nos recusarem. Quer dizer, quase não nos aceitaram pelo lance do sangue de demônio, cinco dedos, então ter um fardo como eu na equipe não ajudaria. Mas lá na floresta, depois da última batalha com o povo do céu, sobraram alguns cientistas, amigos do meu pai e eles durante o meu crescimento fizeram um dispositivo, com o objetivo de me ajudar. Não sabíamos de sua existência até o meu acidente, quando eu fiquei totalmente surda, Norm, o cientista responsável pelo aparelho o deu à meu pai, que decidiu guardar, já que não havia sido testado ainda, então eu seria a cobaia. -suspirou.

Contar aquilo era difícil, era realmente difícil.

Poxa, era uma grande parte de sua história, uma parte de quem ela era, mas estava se abrindo para garoto que seu coração dizia ser o certo.

-Mas chegando aqui, tínhamos que nos adaptar o mais rápido possível, tínhamos quer ser flexíveis, fortes, guerreiros. Então meu pai decidiu correr o risco em me dar os dispositivos e deu certo. -sorriu- Algumas vezes ele dói minha orelha, por isso que ando sem ele por aí e às vezes as pessoas me pegam meio incomunicável, ou quando Jake briga comigo por esquecer de tirá-los ao dormir, é realmente complicado. Saber quando colocar ou quando tirar, ter o cuidado para não perder ou deixar cair, não posso fazer tudo e ainda não batalhei aparelhada, são muitas questões e muita gente no meu pé por conta disso.

Aonung estava paralisado.

Olhava para Ma'Reyna com um misto de sentimentos que nem ele entendia.
Como aquela menina podia ser tão forte ao ponto de aguentar tudo isso?

Ele sentia que se tivesse que passar por tudo aquilo não aguentaria nem um terço.
Já havia a pressão diária de seus pais por ser o sucessor do Olo'eyktan, mas ter que suportar mais aquilo? Era demais.

Rey era filha de Toruk Makto, guerreira por natureza, batalhou por seu povo incontáveis vezes, apesar de sempre estar apenas na vigia.
Neta de uma Tsahik, então logicamente aprendeu várias coisas sobre cura conforme cresceu, tem uma mente e corpo estratégicos por conta de suas condições, por ter se preparado desde o começo para aquele fim, além de ter suportado o baque de ter sido tão de repente.

Caralho sua garota era foda!

-Ei, eu sei que seus pais são totalmente contra aos aparelhos do povo do céu, nós também os odiamos, não quer dizer que temos amor eterno à eles, apesar de termos praticamente agregado um a nossa família, mas não fique estranho comigo só porque eu carrego comigo algo dos demônios, porque se você for parar pra pensar, no meu sangue já corre naturalmente a genética deles então... -Ma'Reyna falava sem parar, estava totalmente nervosa vendo a cara de idiota que Aonung fazia.

-Eu acho que é você que está sendo uma completa skxawng agora, falando e falando e falando. -o garoto zombou, vendo um vinco se formar na testa da menor- Eu não me importo para esse dispositivo ou para o seu sangue. Foda-se tudo isso, contanto que você possa me escutar enquanto eu fico atazanando a sua vida e dando em cima de você. -deu de ombros sorrindo ladino.

-Você é realmente um babaca. -se sentou sorrindo brilhante, vendo Aonung se sentar de frente à ela também.

-Eu nunca disse que não era Ma'Rey, mas por você eu faço um esforcinho. -tocou o nariz da mesma.

-Não faça isso! Neteyam tem essa mania e eu odeio. -revirou os olhos emburrada, se lembrando que ainda não sabia o porquê de seu irmão estar tão estranho.

E o Na'vi percebendo isso, logo se prontificou à fazer algo. -Então farei você gostar, somos pessoas diferentes e eu gostei do seu nariz, é bonitinho.

-Cala a boca Aonung, não tem nada demais com o meu nariz, é igual à todos os outros. -virou o rosto.

Colocando uma das mãos na face da mesma, a obrigando-a a olhá-lo, não tardou em aproximar seus corpos. Ele tinha a plena clareza de que ainda não era permitido a beija-lá, ainda não.

Então sob os olhos atentos da Na'vi azul escura, ele aproximou seus rostos à uma distância consideravelmente curta.
O Metkayina amava estudar cada detalhe daquela garota.

Merda como era linda.

Assim, um simples selo foi deixado na ponta do nariz da menor, que apenas fechou os olhos apreciando o ato, onde ambos os corações batiam apressadamente.

Apaixonados.

-Eu continuo odiando. -sussurrou ainda de olhos fechados e cabeça baixa, enquanto Aonung ainda tinha seus quatro dedos em sua face e suas testas coladas.

-Odeia nada. -sorriu.













Gente eu que escrevo e eu fico surtandoKKKKKKKEspero que estejam gostandoooAmo um slow burn então sofram até um beijo desse casal💋💋Beijinhooos

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Gente eu que escrevo e eu fico surtandoKKKKKKK
Espero que estejam gostandooo
Amo um slow burn então sofram até um beijo desse casal💋💋
Beijinhooos

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