𝑪𝒂𝒑𝒊𝒕𝒖𝒍𝒐 𝟐𝟔

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-Puta merda! Eu chorando que nem uma louca descontrolada e você curtindo horrores com seu amigo Tulkun. Que foda. -ambos sorriram.

Lo'ak e Ma'Reyna estavam em uma parte da vila onde haviam algumas redes suspensas para o oceano.
Então, de cabeça para baixo, os irmãos tinham seus cabelos quase tocando a água, enquanto conversavam sobre a grande aventura que Lo'ak viveu, ao ser deixado no recife noites atrás.

Parece que o mesmo encontrou um grande Tulkun que perambulava sozinho por fora do recife, o qual protegeu Lo'ak de ser o jantar de algum animal faminto.

-Você tinha que ver Rey, ele era enorme, tão legal! Mas não tinha uma nadadeira, ele é um guerreiro, como a gente. -sorria abobalhado olhando para o horizonte.

-Realmente, depois eu quero vê-lo, preciso agradecer ao grande peixe que salvou meu irmãozinho do perigo. -se sentou- Bom, preciso ir agora, vou dar uma volta por aí. Vai continuar por aqui ou quer vir?

-Não... Acho que vou continuar por um tempinho, te vejo mais tarde.

[...]

Andando sem rumo pelo clã, Ma'Reyna admirava seu novo lar.
Nunca pensou que após algumas semanas passaria a chamar aquele local de lar, mas onde sua família estivesse, seria sua casa, não é?

Procurando algo de útil a se fazer, avistou algumas mulheres Metkayinas tecendo alguns cestos, e dentre elas, estava Kalya.

Rey ainda não tinha uma opinião formada sobre a garota, mas a mesma parecia ser alguém legal, apesar de bem tímida. As duas eram opostos.

Literalmente.

Percebendo que havia parado sua caminhada para ficar encarando sua futura cunhada, decidiu continuar seu caminho. Porém foi interrompida abruptamente por um azul ciano agitado.

-"Pode me ouvir garota da floresta?" -gestuou para a Na'vi que agora revirava os olhos.

-"Infelizmente garoto do recife". -então, com seu habitual sorrisinho ladino, o mesmo não tardou em se aproximar mais da garota.

-E o que vamos fazer hoje Ma'Rey? -botando as mãos para trás, aproximava cada vez mais seu rosto da menor, vendo que a mesma se perdia nas íris de seus olhos.

Mas vendo que o mesmo queria provocá-la, logo empurrou a face do garoto para o lado à fim de se recompor. -Você eu não sei, mas eu vou dar uma volta por aí.

-E eu posso te fazer companhia? -seguia fielmente os passos da Omatikaya sem tirar o sorriso dos lábios.

-Se eu disser "não" você vai me deixar em paz?

-Não. -deu de ombros.

-Então aproveitando que vai me seguir, deixa eu te perguntar, você conhece uma garota chamada Kalya? -olhou para Aonung ainda sem parar de andar.

-Conheço. Não sou muito próximo dela, mas sei quem é. Por que a pergunta? -cruzou os braços.

-Não é nada. Mas, você sabe se ela é uma boa menina? Tipo, ela já tentou trair o clã, ou algo assim? -agora o perguntava sem coragem de olha-lo nos olhos. Já que seu irmão gostava dela, pelo menos que fosse uma boa pessoa.

-Por que quer tanto saber? Por acaso quer que eu apresente vocês duas? Olha eu posso falar com Tsireya, ela é melhor nessas coisas do que eu e...-não entendia aquela curiosidade repentina da Omatikaya pela garota.

É claro que ele sabia das condições de Kalya, e acreditava que Ma'Reyna poderia estar querendo se aproximar para fazer amizades com pessoas que poderiam a entender melhor. Ou não? Vai saber.

𝐻𝑒𝒶𝓇𝓉 𝓉𝑜 𝐻𝑒𝒶𝓇𝓉Onde histórias criam vida. Descubra agora