Cap. 35

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Todos os dias, Any ia ao hospital, ficava o tempo que tinha conversando com Poncho, sobre como Bento estava crescendo, sobre as aulas. Já era final de novembro.

Alma: Any você vai se atrasar! - disse da porta do quarto de Alfonso, não era o horário de visitas de Any, como havia determinado com a família dele, mas ela pediu para trocar pois queria passar lá antes, de ir fazer a prova da faculdade.

Any: Preciso ir, mas eu sei que você estará torcendo para mim. - sorriu, e o abraçou. - Obrigada, eu sei que vou conseguir - sorriu imaginando o que ele teria lhe falado, e saiu com a mãe.

Era meio de dezembro, Any entrou no quarto de Poncho e se sentou na beira da cama.

Any: Oii Ponchito, e aí, como está aí? - disse colocando a mão dele no colo dela. - Hoje é um dia tenso para mim, estou esperando o e-mail, com a minha carta de aprovação para a universidade, estou nervosa, não sei se deu certo, tenho medo de falhar com você, mas se der certo, talvez seja necessário ficar alguns dias da semana sem vim te ver, é eu sei vai ser difícil, mas eu preciso seguir os estudos não é!? - disse olhando o rosto dele. - Uauuuuuu fizeram a sua barba e eu nem notei! - ela deitou ao lado dele, como vinha fazendo. - Estou com tanta saudade da sua voz! - disse olhando para o rosto dele e ficou um tempo em silêncio, quando sentiu o celular vibrar, ela pegou e abriu o e-mail. - Eu não acredito! Poncho! Poncho! - abraçou ele e deu um selinho. - Eu passei na universidade! Eu vou fazer direito igual minha mãe - disse se levantando. - Senhor Alfonso Herrera, o senhor é culpado! Pelo que? Oras tu roubastes o coração da jovem Anahi! Ora meritíssima, meu cliente é inocente! - ela fez vários tons de voz, e foi parando de dizer e seu semblante alegre, foi ficando triste. - Você é a pessoa mais inocente nessa história toda! - disse pegando a mão dele e ficando em silêncio por um tempo.

Gustavo: Tenho uma pergunta para você? - disse parado na porta e Any levou um susto. - Porque toda vez que você sai daqui, você não olha para trás? Tipo para dar mais uma olhada, como todos fazem - olhou Any que olhou Poncho.

Any: Porque eu não sei o que pode acontecer com ele, então prefiro lembrar dele, como da última vez que eu o vi, aqui deitado e com um semblante bom - acariciou o rosto de Poncho.

Gustavo: Você gosta bastante dele não é? Você sabe que talvez ele fique assim para sempre? - perguntou encarando ela.

Any: Talvez é uma palavra que não devemos acreditar! Não existe meio termo nas coisas, ou é ou não é! E meu coração grita dizendo que ele não vai ficar assim para sempre, ele só está descansando! - disse segurando a mão de Poncho.

Gustavo: Mas você sabe que pode... - foi interrompido.

Any: Eu não sei, Doutor! Eu não sei o dia de amanhã, eu não sei de nada, assim como o senhor não sabe se ele vai voltar, mas a única coisa que eu sei, é que quando isso acontecer eu vou está aqui! Eu sempre estarei! Porque eu prometi a ele que eu seria a peça mais forte dessa história toda! E estou sendo! Por ele, para o Bento, e para mim! - disse olhando a porta.

Gustavo: Me desculpa! - disse saindo, Any deitou no ombro de Poncho e derramou algumas lágrimas.

Any: Promete voltar um dia? Por favor! - beijou a mão dele.

Mais alguns dias se passaram Any, Ucker, Alma e Dul passaram o natal juntos com Poncho, no Ano Novo Alma foi para o sítio da cunhada Tetê, Ucker e Dul passaram com a família de Jorge, era meia noite quando Any assistia os fogos pela TV, estava deitada ao lado de Poncho, e com o Bento entre os dois.

Any: Feliz Ano Novo meu amor! - acariciou o rosto do filho que dormia. - Feliz Ano Novo, meu anjo - olhou Poncho. - Que esse ano seja de vitórias para nós! - ela passou o braco pela cintura de Poncho e fechou os olhos, e logo pegou no sono.

Talvez..  AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora