Cap.25

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Dois dias depois, Poncho acordou com o telefone tocando.

Poncho: Alô! - disse sonolento e olhando para a janela, ainda estava escuro.

Any: Oi.. - disse com a voz serena.

Poncho: Tá tudo bem? - perguntou despertando.

Any: É que hoje aconteceu uma coisa, com o Bento, estou com medo, mas não quero preocupar minha mãe, nem o Ucker. - disse com a voz baixa.

Poncho: Você está no hospital ? - perguntou se levantando.

Any: Sim, eles ainda não me deram alta, por conta do risco que tenho de sangrar - disse.

Poncho: Me espera aí, eu jajá chego aí, daí conversamos.

Any: Mas está de madrugada! - disse desesperada por ele ir lá.

Poncho: Ta tudo bem, logo eu chego - disse e desligou o celular.

Any estava deitada olhando para o teto pensativa.

Toc toc..

Poncho: Posso entrar? - disse já entrando.

Any: Sim, pode sim. - sorriu.

Poncho: O que houve? - olhou ela.

Any: Bento começou a mamar, só que durante a mamada, ele ficou cansado, como se tivesse corrido uma maratona, e foi mudando de cor, meio roxo. - disse lembrando. - A enfermeira pegou ele, chamou um médico, e daí logo me pediram para esperar do lado de fora. - disse olhando Poncho com lágrimas nos olhos.

Poncho: E aí vieram falar com você? - olhou ela.

Any: Bom depois um doutor veio, e explicou que ele pode ter só engasgado, mas que se eu autorizava eles fazerem alguns exames nele, eu disse que sim, daí eles falaram para eu ficar aqui no quarto, que qualquer coisa viriam aqui - olhou ele.

Poncho: Ah Little Mother - abraçou ela e beijou a cabeça dela. - Não vai ser nada, e se for estaremos juntos tá - abriu a mão e ela colocou a dela encima da dele.

Any: Obrigada por estar aqui - se aconchegou nele.

Poncho: Sempre vou estar. - beijou a cabeça dela, e logo Any dormiu, Poncho não conseguiu dormir, tinha medo de Ucker passar pela porta, ele nunca falou ao amigo sobre seus sentimentos por Any.

Na manhã seguinte, Any saia do banheiro, quando uma equipe médica entrou no quarto.

Raul: Senhorita Portilla? - olhou ela.

Any: Oi sim sou eu - disse tirando a toalha da cabeça.

Raul: Bom sou o Dr° Raul, chefe da equipe, teremos uma reunião às 11hrs, peço que traga algum outro parente - olhou Poncho.

Any: Ele não dá? - olhou para Poncho.

Raul: Além dos pais do menino, eu preciso de mais familiares. - Disse olhando os dois. - As 11 hrs vou pedir para algum dos meus residentes vim buscá-los.

Poncho: Ok! Obrigado. - disse firme, quando a equipe saiu do quarto, Poncho se aproximou de Any. - Eiiiiii..  olha para mim, estou aqui, nada vai acontecer, vamos ouvir o que ele tem para falar. - falou segurando o rosto de Any.

Any: Eu sei, mas é meu bebê. - olhou ele nos olhos.

Poncho: Eu não disse que não é, lembra! Você tem que ser forte por ele, para ele. - ele deu um selinho, depois outro e se afastou. - Liga para sua mãe, e para o Ucker.

Any: Tá bem. - disse indo até a cama e pegando o celular, ligando e conversando com eles.

Any estava ansiosa olhava o relógio a todo tempo, mas era tranquilizada por Poncho, que vez ou outra acariciava o braço de Any e lhe beijava a cabeça.

Poncho: Eu nem pude falar com Barbara, aliás eu pude, mas não queria estragar o dia dela, ela trabalhou tanto para esse dia que... - foi interrompido.

Any: Poncho eu não pedi para você largar tudo, eu entendo o seu posicionamento, mas assim.. eu gosto de ter você por perto, mas as coisas não são assim. - olhou para ele .

Poncho: Você não quer mais? Talvez nós dois daremos certo ou talvez podemos tentar. -- olhou ela nos olhos.

Any: Não Poncho, eu não quero um talvez! Eu quero a certeza, só que eu não posso ter de você! - acariciou o rosto dele. - Eu gosto muito de você, mas também não sei o que realmente é tudo isso.. eu tenho medo de tentar não dar certo e perder você de vez - olhou para a cama depois olhou para ele. - Você é um homem incrível, eu já não tenho tanta certeza de mim…

Poncho: Any! - ele fechou os olhos com a aproximação dela, que apenas encostou as testas.

Ucker: O que está acontecendo aqui?! - disse entrando com tudo no quarto.

Talvez..  AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora