Cap.36

69 8 0
                                    

Alguns meses depois Any estava se sentindo exausta, ela se dividia em três, estudava, era mãe, e visitava Poncho no hospital, as vistas ficaram menores, Any ia três vezes na semana, mas tinha semana que só conseguia ir duas vezes, e em todas as datas comemorativas ela fazia algo com ele, Bento já estava engatinhando e já falava algumas palavras, além de ser muito carismático.

Any: Oi enfermeiras. - disse no balcão da enfermagem.

Beca: Oi Any.. - disse olhando para ela. - Ah mãe dele e a Barbara estão aí. - olhou Any com uma careta.

Any: Tudo bem! - Respirou fundo.

Bento: Titi - Disse tirando a chupeta da boca.

Beca: Ah fofurinha - disse beijando a bochecha dele.

Any: Ele ama vocês - riu. - Vamos lá filho? - beijou a cabeça dele, e foi em direção ao quarto, bateu na porta, pediu licença e entrou. - Boa tarde - disse para Laura e Babi. - Oiiii.. como está aí? Adivinha quem veio ver você? - deu um beijo no rosto de Poncho. - Isso mesmo euzinha, e o Bê também né filho? - disse aproximando o filho de Poncho.

Bento: Papai - disse mandando beijo.

Any: Ah é assim que você quer chamar o titio Poncho filho? - beijou o filho.

Laura: Vamos Barbara, não temos um minuto de paz! - disse se levantando.

Any: Laura, esse horário é meu! Vocês decidiram assim! Então a paz que vocês querem é a partir das 19 hrs - disse olhando ela por cima do ombro, Laura saiu e bateu a porta.

Any: Aiii Ponchito!  Você não vai acreditar, no tanto que Bento está terrível! - disse colocando o filho sentado do lado de Poncho. - Ele mordeu um amiguinho no parque, acho que doeu muito, pois o menino chorou muito. - sorriu e se sentou na poltrona ao lado da cama, pegou um livro e começou a ler, enquanto o filho ficava brincando com alguns brinquedos ao lado de Poncho.

Bento: Papa, Papa, papaiiiiii - bateu palminhas, Any sorriu. - Papaiiiiiiiiiiiiiiiiiiii.. - disse batendo em algo, Any levantou ao perceber que o filho batia no rosto de Alfonso. - EHHHHHHHH - bateu palmas, ao ver Any começou se emocionar, Poncho estava com os olhos abertos.

Any: Poncho!? - Disse lhe chamando e pegando o filho no colo. - Poncho! - disse outra vez.

Beca: Aconteceu alguma coisa? Ouvi você chamar ele alto - entrou no quarto.

Any: Ele abriu os olhos - olhou ela.

Beca: São estímulos.. ele vai fazer exames neurológicos amanhã pela manhã, ontem ele bocejou. - olhou Any. - Acredito que a mãe dele não te falou né.

Any: Não! Sabe que é tão difícil tudo isso - olhou ela.

Beca: Eu imagino, bom, qualquer coisa me chama. - sorriu e saiu.

Any: Como assim você não me disse que tem feito gestos? - sorriu olhando Poncho e acariciando sua cabeça, ela ficou até o último minuto e logo foi embora, tinha visto os olhos verdes outra vez, mas eles estavam escuros, faltava muito brilho ali, mas ela os viu e isso é o que mais importava.

Maio

Any: Eiiiii adivinha quem está de aniversário hoje? - Disse parando enfrente onde Poncho olhava. - Isso mesmo euzinhaaaaaaaaaa, dezoito anos você acredita? - olhou ele, se aproximou e deu um selinho nele. - E adivinha só? Isso mesmooooooo eu ganhei minha carta de habilitação! - disse empolgada. - Ah só tem algo triste, o Bento não pode vim, está meio gripado, achei melhor não trazer ele. - disse sorrindo. - Ah eu nem te contei, eu conheci um menino na faculdade, ele é bem legal, se chama Thiago, ele tem vinte anos, e é bem legal, ele me chamou para ir ao cinema, mas não sei se quero ir, eu tenho! - disse sentada na cama e balançando as pernas.

Beca: Oii boa tarde, está na hora do banho do senhor Alfonso. - olhou ela.

Any: Ah sério! - Disse fazendo bico. - Tá legal, eu volto depois, Poncho! - beijou a bochecha dele e saiu.

No corredor do lado de fora da UTI.

Dul: E aí como foi? - disse olhando Any.

Any: Dul eu não sei.. - disse chorando e abraçando a cunhada.

Dul: Ah Any, isso poderia acontecer, você é nova, precisa seguir sua vida, Alfonso quando acordar vai ficar feliz, e pelo que você diz Thiago gosta de você, te trata bem - abraçou ela.

Any: É tão difícil - disse encostando na parede.

Dul: Eu imagino. - olhou ela.

....No quarto....

Beca: Rose! - falou para outra enfermeira. - Chame o médico, o paciente está com lágrimas pelo rosto! - e naquele dia, os médicos suspenderam as visitas, iriam fazer exames para ver se Alfonso poderia estar voltando do coma, uma vez que as lágrimas poderia ser algo relacionado ao emocional.

Talvez..  AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora