No ano seguinte Any havia aceito o convite do amigo da faculdade, foi ao cinema e eles se beijaram, Any ficou com vergonha, e contou para Alfonso, mas algum tempo depois.
Any: Oiiii como está aí? - disse batendo na cabeça dele. - Ponchito precisamos conversar! - Disse pegando a mão dele. - Eu aceitei o pedido do Thiago de namoro! - disse olhando ele. - Sabe ele me faz bem, trata o Bento bem, e sem te conhecer ele gosta de você, e compreende o fato de eu ter que vim aqui, por nós, e sabe tudo que você significa para mim. - sorriu com lágrima nos olhos. - Eu te amo! Não sei se eu serei capaz de amar ele um dia, e isso fica confuso na minha cabeça - disse limpando uma lágrima, Any ficou mais um pouco e logo foi embora.
Logo as datas comemorativas chegaram, logo depois do aniversário do Bento:
Any: Oiii Ponchito, como vai? - disse beijando a bochecha dele.
Bento: Papaiiiiii - disse correndo e subiu na cama com a ajuda da mãe, e o abraçou.
Any: Hoje eu trouxe o Thiago para você conhecer! - ela disse fazendo um sinal para o Thiago entrar.
Thiago: É como eu faço isso? - olhou ela.
Any: É só dizer Oi, você vai falar normal, só não vai ter respostas - sorriu.
Thiago: Oi, como vai? - disse abraçando a Any de lado.
Bento: Eu te amo papai! - abraçou Poncho.
Any: O que você disse Bento? - olhou o filho.
Bento: Amo o papai. - olhou a mãe.
Any: Eiiii.. - disse limpando o rosto de Poncho, que escorria lágrimas.
Bento: Porque o papai está chorando? - olhou a mãe.
Any: Porque ele gosta de você filho - sorriu emocionada, Thiago se afastou e ficou olhando os três de longe. - Ah queria te contar que o buraquinho do Bento não fechou por completo, e vai ter que fazer um cateterismo, estou com medo, mas acho que deve ser melhor do que, cirurgia né. - olhou Poncho que ainda "chorava", e ao final do horário de visitas, Bento fez um escândalo, não queria ir embora sem o pai.
Na madrugada depois daquele dia, Any estava dormindo, quando acordou com o telefone tocando, e se assustou quando viu o nome do Dr° Gustavo na tela.
Any: O que houve com o Poncho? - disse já abrindo o guarda-roupa.
Gustavo: Ele acordou! - falou.
Any: Que? - disse vestindo uma calça.
Gustavo: Calma, ele está bem, só chamou pelo Bento, ele não tem muita noção de tempo e espaço, vamos fazer exames.... foi interrompido.
Any: Que mané exames!! Eu estou indo para ai, eu quero vê-lo.
Gustavo: Any, é melhor não, deixe ele descansar! - disse cauteloso.
Any: Eu estarei aí no primeiro horário Gustavo! - disse desligando o telefone, e foi para a cozinha, preparou um café e ficou pensativa, não conseguiria dormir, era nítido, no primeiro horário Any estava no hospital.
Gustavo: Any! Vamos lá? - se aproximou dela, que estava olhando para o nada. - ANYYYY - disse um pouco mais alto, estalando os dedos.
Any: Oi! - disse levantando.
Gustavo: Vamos lá? - olhou ela.
Any: Sim! - a cada passo dado, eram batidas no peito como marteladas, já na porta, Gustavo girou a maçaneta, e abriu a porta, Poncho olhava para o lado da janela com o rosto virado.
Gustavo: Vai com calma tá bem! Eu vou ficar aqui na porta - deu passagem para ela, que deu alguns passos para dentro do quarto, e começou a chorar.
Poncho: Oi - disse rouco e baixo, ao virar o rosto e olhar Any, que olhou para cima, e limpou algumas lágrimas.
Any: Você sabe o tanto que eu pedia para ouvir tua voz outra vez? - disse olhando ele.
Poncho: Imagino - disse baixo e a chamou com a mão, Any se aproximou, ficou trêmula, e esticou a mão e segurou a dele, e depois se debruçou sobre ele e começou a soluçar de tanto chorar.
Any: O que você está sentindo? - olhou ele e se sentou na beira da cama.
Poncho: Perdido! - sorriu e acariciou o rosto dela.
Any: Óbvio! - sorriu - Eu imaginei! - ela levantou, deu a volta na cama e abriu a gaveta de uma cômoda do quarto, e pegou um grande livro, e se sentou ao lado de Poncho, a capa do livro estava escrito: "Enquanto Poncho dormia" .. ela foi abrindo e mostrando todas as fotos, e explicando cada uma.
Poncho: Você esteve aqui! - disse devagar e bem baixo.
Any: Sim, nunca te deixei, na verdade ninguém nunca te deixou, só que eu te prometi ser forte, e eu fui! - sorriu olhando ele. - Eu pedi tanto, para ter você aqui, ouvir sua voz outra vez! - acariciou ele. - Você me fez tanta falta sabia nesses dois anos? - olhou ele.
Poncho: Dois anos? - disse enrolando as palavras.
Any: Sim, dois anos. - olhou ele.
Poncho: E o buraquinho? - disse baixinho, mas Any ouviu e sorriu.
Any: Ele vai fazer um cateterismo para fechar, ficou um buraquinho bem pequeno - sorriu.
Poncho: Eu te perdi? - disse, e quando iria falar algo a porta se abriu.
Laura: Meu filhooo - disse chorando e correndo até a cama e o abraçando, Any foi se afastando, se abraçou e Poncho notou o anel de compromisso na mão direita de Any, ele sorriu e fechou os olhos abracando a mãe.
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Talvez.. AyA
Hayran KurguTalvez seja amor! Talvez seja paixão! Talvez seja um Adeus! Talvez seja Ela e Ele! Talvez seja para sempre AyA!