Capítulo 10 - Deuses do destino

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POV Valentina Albuquerque

Meu despertador toca e na mesma hora já me arrependo de ter combinado tão cedo com a Giovana ontem. Acordar cedo não é de Deus. Mas no caso de hoje, vou ter que cumprir mais uma vez essa missão, pois combinamos de fazer as compras do nosso café/almoço no Campo de Fiori e depois irmos pra alguma praça ali por perto para sentarmos na grama e comermos. Confesso que fazer pequenice é algo que amo desde criança. Meus pais que trabalham com paisagismo, sempre fizeram questão de levar a mim e ao Igor curtir esse contato com a natureza e desfrutar em família de momentos simples, porém inesquecíveis. Então, quando a Giovana sugeriu, prontamente concordei apesar da preguiça de acordar cedo. São 8h da matina, crio coragem de levantar-me da cama para tomar um banho rápido e me trocar. A Giovana vem as 9h me buscar, então estou com tempo.

Giovana liga no meu celular pedindo para eu descer. Depois do banho parece que minha alma voltou pro corpo e estou disposta a ter mais um dia incrível com a minha amiga aqui em Roma. Tenho somente mais dois dias aqui, antes de embarcar rumo a Milão. Cada minuto é importante, porque Roma tem uma infinidade de coisas pra fazer e conhecer. De Uber o percurso até o Campo de Fiori é super-rápido, chegamos e fico até meio perdida pela quantidade de pessoas e barracas. Não imaginei que estaria assim já tão cedo, mas é sábado e deve ser por isso.  As barracas nos oferecem alguns produtos para experimentar, o que é perfeito, pois não tomamos café da manhã. Paramos de barraca em barraca e degustamos tudo que vemos pela frente, como se a gente nunca tivesse comido na vida. Não sei o que acontece aqui na Itália, mas parece que não conseguimos ficar sem comer muito, isso é algo que todo mundo fala, vemos isso nos filmes, mas só estando aqui para entender.

Enquanto a gente passeia pelas barracas, a Giovana me pergunta como foi a troca de mensagens com a Luiza, se depois daquela primeira que tivemos, houve algum avanço. Coloco ela a par de tudo, e que infelizmente ela está em Firenze. Faloo que perguntei se ela está sozinha lá e vai retornar pra Roma daqui uns dia porque o voo de volta pro Brasil sai daqui, Comento que essa troca de mensagens traz um sentimento de naturalidade e familiaridade entre a gente, mas que acho isso esquisito para duas pessoas que não se conhecem. O papo com a Giovana segue e ela me conta sobre o resto da noite de anteontem, que passou a noite com a Dayane e transaram loucamente. Disse que não se falaram mais, porque ela teve que acordar cedo para fazer o ensaio fotográfico ontem. Ela diz que a conexão sexual das duas é ótima, mas não pensa em ir além com a amga. Foi só mais uma noite de curtição, sem cobranças ou intenções.

Acabamos nossas compras e partimos para uma praça ali próxima que tem um gramado bem amplo. Não sei nem por onde começar a comer, acho que exageramos demais nas compras...tem comida para um batalhão. Foquei tanto em falar sobre a Luiza enquanto a gente estava fazendo as compras e acabei não mencionando sobre o encontro com a Antonella. Conto que ela ficou me encarando por um momento enquanto eu ainda estava numa mesa sozinha e me chamou para sentar-me com ela e os amigos. Como naquele dia do jantar, a gente não ficou perto dela, aproveito pra perguntar a Giovana mais sobre ela. Minha amiga diz que a Antonella é solteira e uma mulher extremamente interessante. Que é dona de em uma galeria de arte aqui em Roma e outra em Milão. Ela fala que ela é  bastante influente, bem relacionada e que se ela se ofereceu para me assessorar em Milão, eu devo considerar isso muito incrível. Ela completa que Antonella costuma ser discreta, então provavelmente deve ter gostado de mim. Fico feliz em saber isso, porque é sempre muito bom ter amigos nativos para nos orientar e dar dicas. O papo entre eu e a Giovana segue até que resolvo pegar a minha máquina para tirar algumas fotos da praça. Aproveito pra fazer fotos do meu celular também e envio algumas para o meu grupo da família. Meus pais são apaixonados por parques, praças, afinal eles trabalham com paisagismo e simplesmente amam esses refúgios verdes dentro das cidades grandes.

Será amor? (VALU)Onde histórias criam vida. Descubra agora