Capítulo 47 - A lua está linda

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POV Valentina Albuquerque

Eu e a Luiza acabamos de nos beijar e eu tentei controlar a minha saudade e os meus instintos porque a minha vontade era de ficar beijando-a por horas. Nem sequer perguntei como foi que ela veio parar aqui no aniversário do meu irmão – Será que a Duda avisou que eu estava aqui? Acho que não, porque ela pareceu surpresa demais quando me viu descendo da minha moto. No exato momento em que me virei e dei conta de que era a Luiza ali, linda como sempre, o meu coração bateu descompassado, todos os pelos do meu corpo se arrepiaram e senti um frio surreal na barriga. Eu já me apaixonei outras vezes, mas tudo que vem acontecendo comigo e com a Luiza, é bizarro. Sinto sempre uma avalanche de emoções com ela, como se as nossas energias se buscassem para ficarem em eterna comunhão e foi assim desde a primeira vez que trocamos olhares. Será que isso tudo que estou sentindo, ela também sente? Será que a nossa sintonia é a mesma, mesmo tendo ficado tantos dias distantes? Todas essas perguntas vieram na minha cabeça em fração de segundos enquanto eu caminhava para cumprimentá-la. Agora, estamos aqui frente a frente, e parece que sim, que tudo é recíproco. Eu não consigo parar de sorrir com mais essa surpresa que os Deuses do destino aprontaram pra nós. Não sei se eu fiz por merecer tê-la em meus braços em tão poucas horas depois da minha chegada ao Brasil, mas só sei que quero muito provar que sim.

(V) – Você é tão linda Lu – Falo assim que afastamos as nossas bocas desse beijo maravilhoso e ela retribui com o sorriso mais lindo da face da terra.

(L) – Você também – Ela responde com a voz num tom mais baixo que o meu com uma cara envergonhada tão linda que me dá vontade de mordê-la.

(V) – Lu?

(L) – Oi?

(V) – Eu ainda não estou acreditando que você esteja aqui na minha frente tão linda, tão maravilhosa, tão gostosa... – Eu falo num tom para que só ela escute como se a gente estivesse dentro de uma bolha e só existisse a gente naquele bar.

E eu continuo falando...

(V) – Desejei e torci tanto para que isso acontecesse quando eu voltasse! Eu...selinho...estava...selinho...morrendo...selinho...de saudades.

(L) – Estava mesmo Valentina? – De repente o olhar dela fica firme e a fisionomia muda para uma cara séria que eu não reconheci.

(V) – Você duvida?

(L) – Num sei Valentina. Eu estou completamente perdida sem saber o que pensar nesse momento.

(V) – Então não pensa! – Eu avanço para dar mais um beijo nela, mas dessa vez ela recua. E acho que foi a primeira vez que a Luiza recusa um beijo com essa fisionomia séria, desde que nos conhecemos.

(L) – Valen, seus pais estão aqui. Eu não os conheço o suficiente, aliás eu não conheço ninguém que esteja aqui, nem o aniversariante. Nem era para eu estar aqui nessa comemoração.

(V) – Para Lu! Claro que você conhece, pouco, mas conhece. Não precisa ficar com vergonha dos meus pais, os dois já são seus fãs. – Na hora que eu falo isso ela sorri sem graça.

(V) – E por que você está falando que não era para você estar aqui?

(L) – Porqu... – Na hora que a Luiza ia falar alguma coisa que parecia importante sinto uma mão no meu ombro me puxando para virar.

(J) - Então quer dizer que senhorita Valentina Albuquerque resolveu dar as caras no Brasil?

(V) Júliaaaaaaa? – Eu me viro e dou um abraço apertado nela.

Será amor? (VALU)Onde histórias criam vida. Descubra agora