Capítulo 58 - Toalete

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POV Valentina Albuquerque

(La)- Valentina? – Eu escuto a Luiza me chamando, mas peço para ela esperar porque a Lauren Pugliese toca no meu braço me impedindo de andar e chama uma mulher loira para vir até a gente. Penso que deve ser a tal responsável pelo teatro.

(La) - Valentina, essa aqui é a Ester. Ela quem vai te mostrar amanhã todos os espaços dos quais você terá permissão para fotografar o espetáculo. Eu já adiantei para ela sobre o que conversamos.

(La) – Foi bom que agora você pode combinar diretamente com ela as coisas, ok? O pessoal da Cia também já está avisado de que teremos você como fotógrafa. Encontrei com a diretora da Cia no saguão e avisei.

(V) – Boa noite Ester, tudo bem? – Eu estico o braço para cumprimentar a loira. E Lauren... agradeço demais essa confiança em mim, sem nem me conhecer. Obrigada de verdade!

(La) – Imagina! Eu gosto de gente com atitude. E você se mostrou genuinamente interessada no espetáculo.

(V) – Sim. Foi o espetáculo de dança mais lindo que já vi em toda a minha vida.

(V) – Ester, que horas eu posso chegar amanhã para fazer uns testes? Vi que temos alguns vãos dos dois lados do palco, os corredores e um espaço bacana perto da mesa de som, isso na parte de baixo. Na parte de cima, eu também posso acessar?

(E) – Pode sim Valentina. E amanhã se você conseguir chegar umas duas horas antes do espetáculo, está ótimo porque nós abrimos o acesso a plateia somente uma hora antes. Nesse tempo, acredito que você consiga fazer as fotos testes que precisa, certo?

(V) – Sim, consigo. Obrigada!

Flashback on ...logo depois que o espetáculo termina.

(V) – Lauren? – Olho para ela através do espelho  do toalete enquanto ela lava as mãos e eu também. Ela me olha de volta sem entender por que a estou chamando.

(La) – Você sabe quem eu sou?

(V) – Sei sim. Você é a patrocinadora do evento, não é?

(La) – Sim, exatamente.

(V) – Prazer, Valentina Albuquerque! Eu estava lá no saguão junto com a família da dançarina Luiza que faz parte da Cia, você conversou rapidamente com a mãe dela antes do espetáculo começar.

(La) – Ah, me desculpe. Acho que não prestei atenção direito.

(V) – Tá tudo bem.

Terminamos de lavar as mãos, pego um papel para secá-las e ela também e saímos da toalete. Paramos no corredor...

(La) – Posso te ajudar em alguma coisa?

(V) – Desculpa te abordar assim do nada aqui, mas acho que foi um sinal porque no primeiro intervalo do espetáculo eu quis ir até a sua fileira, mas achei que não era pertinente.

(La) – E no que eu posso te ajudar?

(V) – Eu sou fotógrafa profissional. Eu gostaria muito de pedir sua autorização para fotografar o espetáculo. Me perdoa a indiscrição, mas percebi que foram realizadas algumas fotos no início somente e pelo que vi apenas de fotógrafos de imprensa. Não sei se como patrocinadora você consegue essa liberação pra mim.

(La) – Observou bem. Tivemos um problema com isso hoje, mas será resolvido amanhã. Já temos um profissional contratado pra isso.

(V) – Tudo bem, então não está mais aqui quem falou.

Será amor? (VALU)Onde histórias criam vida. Descubra agora