Capítulo 48 - Apaixonadas

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POV Luiza Campos

A Valentina sai acelerando a moto e eu só consigo pensar em como essa mulher consegue me dobrar facilmente. Andar na garupa de uma moto até que não é nada ruim, para uma primeira vez, sinto um vento fresco, um frio na barriga e uma sensação de liberdade gostosa mesmo que não seja eu a pilotar. Durante o caminho, vou admirando a linda orla do Rio de Janeiro que hoje particularmente está ainda mais encantadora por conta da lua cheia que faz a água do mar se acender ao refletir a luz do luar. Ela me perguntou se estava sonhando quando me viu e parece mesmo algo muito surreal, que uma simples troca de olhares, nos trouxesse até esse momento. E agora, segurando forte na sua barriga, enquanto ela pilota esse treco preto, eu me sinto completamente rendida e nessas poucas horas desde que nos reencontramos tudo parece ter mais cor, mais graça, mais emoção. A forma como nosso beijo se encaixa e como a gente se entrega uma a outra desde a nossa primeira vez na Itália, é perfeita. Os trinta minutos que ela falou que demoraria para o tal Joãozinho já se passaram pelo visto, porque percebo que ela diminui aos poucos a marcha e para esse trambolho preto em frente ao portão de uma pousada. Eu estava tão desatenta em meio aos meus pensamentos durante o caminho, que não reparei em que praia estamos, mas sei que passamos por todo o Recreio dos Bandeiras e me parece que essa aqui é a do Pontal. Acertei! A Placa aponta Pousada Pontal RJ.

Não ficamos nem um minuto paradas quando o portão se abre sem que a Valentina sequer tenha acionado o interfone. A Valentina entra com a moto e fico pensando o que se passa na cabeça dela de me trazer a uma pousada sendo que só temos as nossas roupas do corpo. Eu não tenho ideia do que se passou, mas confesso que esse cheirinho de brisa do mar me faz um bem enorme e a pousada me parece bastante aconchegante. E a verdade é que tudo que fizemos juntas até agora sempre tem um gosto a mais de aventura, e ela me pediu para confiar, então apenas relaxo meus pensamentos e entrego nas mãos dela essa noite que promete ser maravilhosa ao lado da mulher por quem estou completamente apaixonada. Estou tranquila porque consegui falar com a Sara e avisar que não dormiria em casa essa noite, agora é só aproveitar.

Ela tira o capacete, balança aqueles lindos cabelos cumpridos a minha frente, se vira...

(V) - Lu, pode descer primeiro linda. – Eu seguro na moto, desço, tiro o meu capacete.

(V) – E aí, gostou?

(L) – Valentina você sabe que só estamos com as nossas roupas do corpo, né?

(V) – E você precisa de mais alguma coisa? – Ela fala e me olha de um jeito sedutor que seus olhos verdes parecem saltar.

(V) – Não se preocupe com isso porque não vai precisar de mais nada, inclusive eu vou arrancar cada pecinha que está nesse seu corpo gostoso logo logo e te fazer minha já já. – Ela fala isso com um sorriso tão malicioso que aperto as minhas pernas uma na outra para conter o tesão que sinto na hora.

A Valentina desperta meu lado mais safado, disso também já não tenho quaisquer dúvidas. Todas as minhas experiências anteriores ficaram pra trás no quesito: se excitar rapidamente. É impressionante como meu corpo reagi na velocidade da luz a qualquer tipo de estímulo que venha por parte dela, seja através de uma única frase, de um simples toque nos lábios, um beijo, um abraço ou até um aperto na minha bunda que ela diz gostar tanto.

(V) – Lu, vamos entrar linda?

(L) – Vamos!

Ela estica o braço, cruzamos as nossas mãos e entramos na pousada. Um homem na casa dos 60 anos está na recepção e nos cumprimenta.

(J) – Boa noite meninas, tudo bom?

(V) – Joãozinho, você é meu herói, sabia? – A Valentina descruza as nossas mãos para dar a volta por trás do balcão e abraçar o tal Joãozinho.

Será amor? (VALU)Onde histórias criam vida. Descubra agora