Capítulo 70 - Nos despedindo

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POV Luiza Campos

Entramos no Uber e meu celular começa a vibrar.

Whatsapp..

Enquanto estava respondendo a Valentina estava orientando o motorista do Uber sobre nosso destino. E ela me olha e seu olhar está lindo como sempre, mas seu semblante é de quem quer aprontar. Ela já chegou assim no teatro e confesso que estou achando essa carinha dela bem engraçada.

(L) – O que está acontecendo com você?

(V) – Estou apenas feliz. Quer dizer, feliz não. Muito feliz!

(L) – Nossa... mas num era pra você estar triste, afinal seus momentos ao meu lado estão por um fio.

(V) – Luuu eu q..

(L) – Linda, eu estou brincando! Acho que não sou tão boa quanto você pra fazer piadinhas, né? Sempre acaba soando fora do tom quando faço isso...rs

(V) – Te respondendo...óbvio que essa não é a situação mais confortável do mundo. Eu tenho somente mais duas noites e um dia ao seu lado e isso me deixa com frio na barriga absurdo e nem sei te descrever mais por que são muitas emoções misturadas aqui – Ela aponta o coração. Mas, ao mesmo tempo, eu tenho mais duas noites e um dia para te fazer feliz e isso me deixa feliz.

(L) – Lindaaaa, lindaaaaa, lindaaaaaa. – Dou um selinho nela demorado.

(V) – A gente não combinou de viver o presente? É isso que estou fazendo agora.

(L) – E posso saber o que você está aprontando? Porque estou sentindo movimentos estranhos e uma carinha sapeca demais.

(V) – Você prefere essa cara? – Ela me olha e devora os meus lábios com o olhar e em seguida puxa meu lábio com muita vontade.

(L) – Você me deixa completamente fora de órbita com esse olhar, sabia?

Ela chega com a sua boca pertinho do meu ouvido ...

(V) – E você me deixa completamente molhada...sempre, sabia? – Ela chupa meu pescoço me fazendo arrepiar inteira.

(L) – Você não perde a oportunidade né Valentina?

(V) – Com você? Nuncaaaa!

Com um pouco mais de dez minutos nós chegamos ao destino. Eu fiquei tão entretida com as nossas provocações no carro que nem a perguntei onde me levaria. Chegamos e estamos na esquina da Augusta com a Alameda Tietê que é um endereço num bairro que possui inúmeras opções cafés, bares e restaurantes, e muitos deles de alta gastronomia. E esse aqui me agrada logo de cara por combinar perfeitamente com a alma boemia que essa cidade tem, de fora parece bar, mas a Valentina me fala assim que descemos do carro que escolheu aqui por seu um restaurante de comida italiana e que fica aberto até cinco da manhã.

(L) – Cinco da manhã? E estamos entrando na madrugada de domingo pra segunda. SP é foda, né?

(V) – É! Essa cidade não dorme.

Entramos e o restaurante tem um jeitão bastante descolado e ambiente aconchegante com as mesas iluminadas por velas e gostei bastante do lugar. São Paulo é assim, uma cidade que te proporciona sempre maravilhosas opções gastronômicas a qualquer dia e horário da semana e eu que quase nada gosto de comer, amo! Um garçom nos informa que precisaremos esperar alguma mesa vagas e ficamos no balcão. Fico com uma sensação de dejavu porque eu me sento enquanto a Valentina fica de pé de frente pra mim, exatamente como aconteceu na noite que nos reencontramos aqui no Brasil no dia do aniversário do irmão dela e é impressionante como o tempo passou rápido porque já vai fazer um mês que isso aconteceu. Meus pensamentos por um instante vão pra longe e a Valentina aperta a minha cintura me puxando pro presente.

Será amor? (VALU)Onde histórias criam vida. Descubra agora