Será amor? (VALU)

Capítulo 43 - A vida segue

POV Luiza Campos

Ligação de voz...

(A)- Oi filha! Chegamos em casa e sua mãe está reclamando muito de dor nas costas. Estou dando uma força aqui no jantar e queria saber se você pode passar na farmácia para comprar algum analgésico, dei uma olhada na nossa caixinha e acabou. Você já está chegando? Porque se for demorar, o papai compra pelo aplicativo.

(L) – Tô chegando em casa em cinco, pode deixar que eu paro na farmácia e compro o remédio para ela.

(A)- Tá bom filha, obrigada!

(L)- Beijo pai. Te amo!

(A)- Eu também.

Chego em casa e vejo a Dona Sonia deitada no sofá e isso me causa estranheza porque ela está quase sempre na cozinha a essa hora e carinha dela não é das melhores.

(S) – Oi meu amor! – Dou beijo na minha mãe que está deitada no sofá.

(L) – Posso saber o que a senhora andou aprontando para estar com essa dor nas costas?

(S) – Num sei, acho que dormi de mal jeito essa noite. Fiquei o dia todo com uma dorzinha chata, mas agora no final do dia piorou.

(L) – Fica aí quietinha que vou pegar uma água pra você tomar esse remédio que eu trouxe pra dor. Já volto!

(S) – Obrigada meu amor!

Dou o remédio para a minha mãe e sigo para o meu quarto. Hoje a última aula foi cancelada porque faltou energia na escola, então consegui chegar bem mais cedo. Deixo as minhas coisas no meu quarto e antes de tomar meu banho para relaxar passo no quarto da Sarinha e ela está lá com fone de ouvido e concentrada lendo aquele mesmo livro e concluo que ela realmente gostou do tema.

(L)- Oi pequena, tudo bem? – Ela tira os fones para falar comigo.

(Sa)- Oi mana, tudo.

(L) - Você viu que a mamãe tá deitada com dor nas costas lá na sala? Por que não vai lá pra cozinha ver se o papai tá precisando de ajuda?

(Sa) - Sério? O que rolou com ela?

(L) - Tá com dor nas costas. Você mora aqui mesmo ou está em Nárnia? – As vezes eu perco a paciência com a Sarinha, ela fica nesse quarto dela abduzida do mundo e nem se toca do que está acontecendo na casa.

(Sa) - Ai Lu, eu só tava aqui no quarto e não ouvi o papai e a mamãe chegarem porque estou de fone. Não tá vendo?

(L) - Tô vendo. Então por favor, agora que você já sabe o que está acontecendo, vai lá na cozinha ajudar o papai e dá uma atenção para a Dona Sonia. É muito esquisito ver a mamãe deitada, eu não a achei com a cara muito boa não. Eu vou tomar banho rapidinho porque como sempre suei demais e já estou indo pra lá. E a Carol? Ela vai dormir aqui, você sabe?

(Sa) - Não sei. Essa pergunta é de milhões. Ela não tem mais qualquer compromisso com a gente... só quer saber do Roger.

(L) – Tá! Mas, não é hora de ficar reclamando da Carol, vai lá logo ver se nossos pais estão precisando de alguma coisa.

(Sa) – Tá bommmmmmmmmm. Tô indo.

Chego na sala e pergunto para a minha mãe se a dor já aliviou um pouco, ela diz que sim mas a cara dela continua a mesma. A Sara está colocando a mesa pro jantar e eu vou pra cozinha ver se meu pai está precisando de alguma ajuda, mas não porque o Senhor Augusto já fez a sua especialidade que é macarronada ao molho bolonhesa e eu pego na geladeira uma travessa que tem algumas folhas verdes e tomates já cortados para uma salada. Chamo a minha mãe que se senta conosco. A macarronado do meu pai estava uma delícia, mas percebo que minha mãe nem toca na comida...