- E então, quem é melhor de cama? Eu ou meu primo? - Mário questiona, sem saber que Milena, na verdade, jamais fora para cama com Alberto. Eles estão despidos, deitados em um quarto de um hotel de luxo. Tomam vinho enquanto conversam.
- Não sei... Preciso de mais uma rodada pra te responder... - diz Milena.
- Seu desejo é uma ordem! - retruca Mário.
O telefone de Milena de repente toca. Ela vê o número e corre para atender.
- É sério que você vai atender o telefone agora?
- Me dá um tempo. É importante - diz Milena, atendendo ao celular. - Oi, alguma informação? - pergunta ela, com curiosidade. - O quê? Cirurgia? Como assim? E o que ele tem? - pergunta ela à pessoa do outro lado da linha. - E aonde ele está internado? Sim, sei onde fica. Qualquer notícia, me avisa - diz Milena, desligando o aparelho.
- Que foi? Quem morreu? - pergunta Mário.
- Que morreu o quê! Vira essa boca pra lá!
- Xi... Com essa sua reação... Já sei que é o meu primo. O que ele tem?
- Teve que fazer uma cirurgia de emergência - responde Milena.
- Falando em Alberto, acho que você vai querer saber o que eu descobri sobre a mulherzinha dele.
- E o que você descobriu, Mário?
- Essa informação não vai ser de graça... - diz ele. - Só depois do terceiro round.
- Não vem com gracinha pra mim, não! Vamos, desembucha!
- Ah, não... Sem uma recompensa, não falo...
- Depois a gente resolve isso. Agora me diz, Mário, anda! - reclama Milena.
- Tudo bem. Parece que o ex-marido dela está preso, mas daqui a pouco vai estar na rua.
- Preso? Só podia mesmo! É bem a laia daquela desqualificada da Cecília! E o que ele fez pra ir parar no xilindró?
- Está preso por tentativa de homicídio.
- Nossa! Que fofo! A história só melhora! Vou dar um jeito de falar com esse fulano.
- Você tá louca, Milena? Será que o Alberto vale o risco de ter que lidar com gente desse nível?
- Pelo Alberto vale até matar e morrer - retruca Milena. - Pensei que você estivesse interessado em acabar com o casamento do seu primo.
- Isso é verdade. Agora, matar ou morrer está fora de cogitação. Eu não sou louco. Quero levar a grana, mas não estou disposto a acabar na cadeia. Deixo essa parte pra você - alfineta Mário.
- Minha informante disse que eles mal se tocam quando estão em casa - afirma Milena.
- Sua informante? Essa aí que te ligou?
- A própria. Ela já me fez favores anteriores. Estou dando uma grana pra ela ficar de olho nos dois e me dizer o que acontece lá dentro. Se você me ajudar a pagar mais, garanto que ela vai se esforçar ainda mais pra separar os pombinhos.
- Bom, dar dinheiro pode ser. Se ela conseguir separar os dois antes de um ano, pago a ela uma vultuosa quantia até.
- Vou falar com ela que tem mais gente interessada em pagar por um bom serviço - diz Milena. - Mas aí também vou querer levar uma parte.
- Se você conseguir separar os dois, tá fechado, te dou cinco por cento da herança - concorda Mário. - E olha que cinco por cento desse valor é uma quantia considerável. Mas, me conta, de onde vem essa sua obcessão pelo Alberto?
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Casal Por Contrato
ParanormalCecília Petri, uma doce e amável professora do ensino fundamental, se vê repentinamente em apuros financeiros. Ela contrata Alberto Callegari, um conhecido e competente advogado para lhe ajudar a encontrar uma solução. Ele a surpreende com um inusit...