CAPÍTULO 50 - Mário e Milena

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- E então, quem é melhor de cama? Eu ou meu primo? - Mário questiona, sem saber que Milena, na verdade, jamais fora para cama com Alberto. Eles estão despidos, deitados em um quarto de um hotel de luxo. Tomam vinho enquanto conversam.

- Não sei... Preciso de mais uma rodada pra te responder... - diz Milena.

- Seu desejo é uma ordem! - retruca Mário.

O telefone de Milena de repente toca. Ela vê o número e corre para atender.

- É sério que você vai atender o telefone agora?

- Me dá um tempo. É importante - diz Milena, atendendo ao celular. - Oi, alguma informação? - pergunta ela, com curiosidade. - O quê? Cirurgia? Como assim? E o que ele tem? - pergunta ela à pessoa do outro lado da linha. - E aonde ele está internado? Sim, sei onde fica. Qualquer notícia, me avisa - diz Milena, desligando o aparelho.

- Que foi? Quem morreu? - pergunta Mário.

- Que morreu o quê! Vira essa boca pra lá!

- Xi... Com essa sua reação... Já sei que é o meu primo. O que ele tem?

- Teve que fazer uma cirurgia de emergência - responde Milena.

- Falando em Alberto, acho que você vai querer saber o que eu descobri sobre a mulherzinha dele.

- E o que você descobriu, Mário?

- Essa informação não vai ser de graça... - diz ele. - Só depois do terceiro round.

- Não vem com gracinha pra mim, não! Vamos, desembucha!

- Ah, não... Sem uma recompensa, não falo...

- Depois a gente resolve isso. Agora me diz, Mário, anda! - reclama Milena.

- Tudo bem. Parece que o ex-marido dela está preso, mas daqui a pouco vai estar na rua.

- Preso? Só podia mesmo! É bem a laia daquela desqualificada da Cecília! E o que ele fez pra ir parar no xilindró?

- Está preso por tentativa de homicídio.

- Nossa! Que fofo! A história só melhora! Vou dar um jeito de falar com esse fulano.

- Você tá louca, Milena? Será que o Alberto vale o risco de ter que lidar com gente desse nível?

- Pelo Alberto vale até matar e morrer - retruca Milena. - Pensei que você estivesse interessado em acabar com o casamento do seu primo.

- Isso é verdade. Agora, matar ou morrer está fora de cogitação. Eu não sou louco. Quero levar a grana, mas não estou disposto a acabar na cadeia. Deixo essa parte pra você - alfineta Mário.

- Minha informante disse que eles mal se tocam quando estão em casa - afirma Milena.

- Sua informante? Essa aí que te ligou?

- A própria. Ela já me fez favores anteriores. Estou dando uma grana pra ela ficar de olho nos dois e me dizer o que acontece lá dentro. Se você me ajudar a pagar mais, garanto que ela vai se esforçar ainda mais pra separar os pombinhos.

- Bom, dar dinheiro pode ser. Se ela conseguir separar os dois antes de um ano, pago a ela uma vultuosa quantia até.

- Vou falar com ela que tem mais gente interessada em pagar por um bom serviço - diz Milena. - Mas aí também vou querer levar uma parte.

- Se você conseguir separar os dois, tá fechado, te dou cinco por cento da herança - concorda Mário. - E olha que cinco por cento desse valor é uma quantia considerável. Mas, me conta, de onde vem essa sua obcessão pelo Alberto?

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