Alberto e Cecília estavam no carro, a caminho da casa de Lucas, irmão de Cecília. Ele era casado com Isis e tinham uma filhinha chamada Laura. Elisa também fora convidada.
- Alguma recomendação antes que encontremos os seus familiares? - perguntou Alberto.
- Pode ser que meu irmão seja mais duro com você. Ele acha que tem que fazer as vezes de pai, já que meus pais já são falecidos.
- Ele está certo. Eu faria o mesmo. Você é uma mulher muito bonita. Tem que botar os caras pra correr sim - diz Alberto.
Ela fica vermelha. Não diz nada. Ele percebe que ela ficou sem graça.
- Você sabe que é uma mulher linda, não sabe? - ele torna a fazer o elogio. - Por que ficou assim?
- Não sei dizer...
- Tenho certeza que eu não sou o único a te dizer isso.
- Não... Não é... - responde ela.
- Então? - insiste ele.
- Não sei... Achei que nunca ouviria isso vindo de você...
- E por que não?
- Você não é o tipo de homem que me notaria - responde Cecília.
- Difícil é um homem não notar você, Cecília... - diz Alberto.
Eles ficam em silêncio por uns instantes.
- Portanto, acho correto seu irmão ter esse papel protetor a seu respeito - diz ele, quebrando o silêncio. - Ainda mais pelo fato de você ter desenvolvido esse desconforto com relação aos homens.
- Alberto... Se você tiver filhos, vai ser um pai linha-dura? - pergunta Cecília.
- Não sei se terei filhos...
- Mas... Se tiver... Vai ser? - insiste Cecília.
- Creio que sim. Tive uma criação rígida. Minha mãe era professora, meu pai também era advogado. Talvez eu seja menos linha-dura do que eles foram. Mas, como te disse, filhos não estão nos meus planos.
- E quando você era casado? Tinha planos de ser pai? Você tem muito jeito com as crianças. Vi você com seus sobrinhos.
Ele fica em silêncio. Ela entende o silêncio dele.
- Me desculpa, tá... Não foi minha intenção te deixar desconfortável...
- Tá desculpada.
- Vamos mudar de assunto... Que tal?
- Naquela época, sim, eu quis ter filhos - ele resolve responder a pergunta de Cecília. - Mas as coisas mudam, não é...
- Sim... As coisas sempre mudam... - concorda ela.
Eles chegam à casa de Lucas. Era um bairro também de classe média, como o de Cecília. A casa era simples, de apenas um pavimento, mas era bonita e bem cuidada. A menina Laura está no portão e vê quando Cecília sai do carro acompanhada de Alberto. Ele estende a mão e ela dá a mão a ele. Os dois entram de mãos dadas.
- Tia Cecília! Tia Cecília! - chama a menina.
Cecília entra acompanhada de Alberto e pega a menina no colo, beijando-a.
- Laurinha! Que saudade de você, princesinha da tia!
- Esse é o seu namorado? - pergunta a menina, olhando para Alberto.
- Sim, esse é o meu namorado - responde Cecília.
- Você é um príncipe? - pergunta Laura para Alberto.
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Casal Por Contrato
ParanormalCecília Petri, uma doce e amável professora do ensino fundamental, se vê repentinamente em apuros financeiros. Ela contrata Alberto Callegari, um conhecido e competente advogado para lhe ajudar a encontrar uma solução. Ele a surpreende com um inusit...